sexta-feira, 20 de abril de 2007

TODOS OS DIAS ESTE AZUL








Todos os dias canto este mar

de sons com violinos subterrâneos

que sinto respirarem

no interior das palavras



todos os dias estilhaços de asas

sublimam-se nas rochas quentes

e nós construímo-nos

de partículas no interior do corpo



todos os dias canto este mar

de bruma

florido de punhais e algas



todos os dias este azul

até à espinha do horizonte

infinito que trago nos olhos



todos os dias a vida na noite positiva e doce

arco-íris em campânula

perfume de pássaros públicos



todos os dias esta festa

de colocar um beijo no mastro mais alto da vida

e partir

6 comentários:

Papoila disse...

A cada um o seu mar azul... azul... verde... cinza... todos os dias este sal...
Abraço

Anónimo disse...

Todos os dias de azul, de cinzento, de negro, às vezes de púrpura, mas todos os dias.

un dress disse...

todos os dias és belo.

dentro das tuas


...



pai.sa.gens.



bOm.dia.abraçO :)

Maria disse...

Todos os dias o mar
Todos os dias o amor
Todos os dias...
... a Festa!

Páginas Soltas disse...

Cada poema...cada prasa..é um encatar sem limites.

Abraço da

Maria

Alexandre disse...

Não canto mas todos os dias vejo o mar... ou o rio... que está lindo agora com as - penso eu - marés vivas, que fazem subir as águas em maré cheia mesmo quase até à marginal... marginal que percorro quase todos os dias misturado na multidão que perdeu a inibição e os maldizeres dos vizinhos, e veio para a rua usufruir da paisagem, das gaivotas, da água, das casas...