quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

CARA DE CU

Nos carnavais que pululam por aí,as pessoas parecem mais naturais.Abandonam as genuinas máscaras coladas á pele e substituem-nas por adornos descartáveis.Revelam em público o que de mais íntimo gostariam de ser todo o ano,tentam disfarçar com verdade o seu verdadeiro rosto ou tão simplesmente querem encontrar um modo de rir de si mesmo --- o que me parece saudável.
Neste carnaval só uma máscara me despertou particular curiosidade.Um homenzinho com cara de cu,em Belem,junto ao monumento das descobertas.
Um verdadeiro cromo.Anafado,sobrolhos carregados,olho de vidro,pigmentado nas faces,brincava com o povo no espelho de água,soprando as velas de um barquinho de papel.
Observado pelo Cristo Rei obviamente de braços abertos no outro lado do Tejo e por mim que entretanto me aproximei.O homenzinho olhava de quando em vez de soslaio,dava um trac,fazia gestos pacóvios,sorria com esgares anedóticos,vociferava contra os continentais e o povo aplaudia ---- mesmo os continentais.
Pelo odor e pelo comportamento constatei que se tratava de uma excrecencia democrática.
Delicadamente para que não considerasse a minha ousadia como provocação -- perguntei-lhe:
Vossa excelência não é o doutor . . .
Sou,sou -- o cara de cu

3 comentários:

Saude...Naturalmente... disse...

gostei do estilo sintético, claro e jucoso...

Saude...Naturalmente... disse...

gostei...Pela terceira vez...que comento e sou apagado!,....

Tonybrussel disse...

Não temos que temer de chamar "cão" a um cão, já lá dizia o saudoso Jacques Brel, então eu digo: Esse odor pestilento que vem do mar , so pode ter como origem algo de muito petrufacto que vem do largo; essa pestilência tem um nome, e eu digo-o não há que ter receio, essa pestilência chama-se Alberto João Jardim.
Animal que de humano tem pouco (peço desculpa, pois tenho muito respeito pelos animais), de democrata não tem nada e de mafioso tem tudo. A carneirada imbecil, amorfa, neutra, capada que lhe bate palmas quando ele arrota o cognac que não pagou, das duas uma, ou abre de uma vez por todas os olhos e deixa de votar num energúmeno que não respeita a lei da República, que só respeita a lei pérfida e tentacular das negociatas milionárias onde anda mergulhado há trinta anos ou então...
eu desertor do exército colonial português, alisto-me como voluntário para ir reconquistar a MADEIRA