segunda-feira, 13 de abril de 2020

SUSSURROS






As águas do rio
da minha aldeia
transportam memórias
sussurros
e amanhãs

têm sempre um caminho
até o mar as receber
num abraço de limos

os pássaros desprendidos
soltarem os barcos

e as pontes se vergarem
para não as magoar


eufrázio filipe

10 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Adorei! :)
-
Existe um raio de sol que todos desejam
-
Votos de uma excelente semana! "Protejam-se"

" R y k @ r d o " disse...

Poeticamente maravilhoso Que bom é ler poesia de tão bela qualidade. Amei a foto
.
Cumprimentos

José Carlos Sant Anna disse...

"As pontes se vergarem para não magoar"
e por saberem nada da sua trajetória!
Um abraço,

Ailime disse...

Um poema belíssimo.
Os rios e as memórias que nos marcam para sempre.
Beijinhos,
Ailime

Marta Vinhais disse...

As águas encontram sempre o caminho...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Agostinho disse...

Um poema belíssimo
só o Eufrázio o sabe armar
Felizmente todas nascem
numa aldeia
A felicidade delas
das águas
é as pontes vergarem
no pico da cheia
(e nossa)

Abraço.

Ana Tapadas disse...

Felizmente sempre as águas encontrarão o seu caminho...

Bj

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


as águas são como as memórias
há sempre a foz para desaguar

bom final de semana.

beijinhos

:)

teresa dias disse...

"As águas do rio
da minha aldeia
transportam memórias
sussurros
e amanhãs"
Não corre um rio na minha aldeia, e dela eu não tenho memórias, nem sussuros...
O pensamento voa.
Gostei!
Beijo.

bettips disse...

Curioso que ainda um dia destes me lembrei da placidez dos Nenúfares de Monet. Fez ele mais de 200 pinturas deles.
Não tinha pensado na poesia "das pontes se vergarem para não os magoar"!
Belo. Como os Cravos de Abril-Sempre.
Abç