Os cães choravam em silêncio
e eu não sabia porquê
pensei no pobre limoeiro a afundar-se
lá onde nidificam toupeiras
ao entardecer
na estrela persistente
que viceja à noite no portão
nos olhos claros de um certo azul
que ilumina a casa
no desfolhar ensombrecido
das roseiras
vasculhei tudo
invadi searas proibidas
até ao mais íntimo da pele
pó sombras sonhos
perguntei
quando desaguas?
e tu desaguaste à janela
a marejar entristecida
e eu não sabia porquê
Foi quando os cães se levantaram
para soltar os pássaros
eufrázio filipe
8 comentários:
Bonito poema:))
Bjos
Votos de uma óptima Noite.
Eis por que os cães são os fiéis amigos do Homem!
Sim, é importante saber quando desagua alguém e onde. E tenho pena que esse tu mareje, entristecido.
Acho uma pena haver searas proibidas...
Bjo
Boa semana
Pássaros querem-se livres.
Lindo poema!
Beijinhos
E viva a liberdade dos pássaros.
Magnífico poema.
Caro amigo, continuação de boa semana.
Abraço.
Podias pensar em tudo o que quisesses para achar a tristeza que rodeava tudo.
Mas foram os cães que souberam que era preciso soltar os pássaros para que voltasse a luz ao teu olhar.
Um poema muito belo, meu Amigo.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
Os pássaros e a liberdade de ser.
Beijinhos,
Ailime
Com os pássaros soltos
até os limões se mostram
ao parapeito
perfumados de amarelo
Com razão alguém disse:
- o melhor amigo...
To o dizes e eu o digo
A poesia, aqui, sempre à mão.
Abraço
Há um sentido que foi dado aos animais e os humanos não possuem.
Beijos.
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