segunda-feira, 18 de junho de 2018

GUIADA PELO MEU CÃO






Quando o vento em torvelinho
se escancarou nas águas
abriram-se janelas de luz
neste chão de marés
para tu passares

pelos sinais
desobrigada sereníssima sem quebrantos

despertaste os barcos
numa carícia de tremulinas

Eras tu senhora
guiada pelo meu cão


Eufrázio Filipe
(reeditado)

13 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...



bendito guia
belos cães, os teus

Cidália Ferreira disse...

Tão bonito!
~
Beijo e um excelente dia!:)

Daniela disse...

Gostei muito!
=)

Olhares entre a beleza das flores.

Bjinhos

Ailime disse...

Um poema lindo, tão ao seu jeito.
Gostei bastante da forma como termina, assim como da bela fotografia.
Beijinhos,
Ailime

Eu disse...

Que bonito! Suave de amor.

Que bom continuar aqui!
Ando tão atrasada, a tentar recuperar o tempo perdido no facebook, que quando regresso aos blogues amigos, algumas publicações são antigas, outros desapareceram...Ainda bem que não é o caso. Beijinho


Graça Pires disse...

As "janelas de luz" abertas pelas tuas palavras para serem atravessadas por quem quiser…
Um beijo, meu Amigo.

Agostinho disse...

"Desobrigada sereníssima sem quebrantos" é a tua dama excelentíssima - a poesia. Não admira, pois, que a luz se escancare na noite mais negra. Até. Até que a translação se faça.

Abraço.

Thaís Livramento disse...

E os cães têm essência de fidelidade...

www.sinaisdemimtl.blogspot.com.br

Maré Viva disse...

Belas janelas de luz que nos mostram a beleza contidas nas palavras do poeta!
Um abraço.

Teresa Durães disse...

Um chão de marés que cai balouçando com o vento

Julia Tigeleiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
teresa dias disse...

Palavras poucas para tamanha beleza.
Parabéns poeta!
Abraço e bom fim-de-semana.

manuela baptista disse...

há cães com sorte

um abraço