domingo, 26 de abril de 2015

NÃO HÁ PÁSSARO QUE ATIRE UMA PEDRA







Na sombra das varandas
engalanadas
pelas ruas estreitas
desfilam ânforas
à vista dos barcos

relâmpagos contidos
na voragem do tempo

sempre que te ouvem
resgatam um cravo
inscrevem o teu nome
no mais íntimo da pele

mas não há pássaro
que atire uma pedra
contra o vento

 Eufrázio Filipe

15 comentários:

Maria Eu disse...

Lindo, MA!

Beijos. :)

Teresa Durães disse...

Um belo poema!

Suzete Brainer disse...

Os ventos de abril trazem
a memória da luta pela liberdade
viva no cravo vermelho...
Muito belo, poeta!
Bj.

Majo disse...

~~
~ Pássaros, avancemos firmemente contra
os destruidores ventos dominantes!

~~~~ Abraço, Poeta da Liberdade. ~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Andrea Liette disse...

Porque o chão é o ocaso das pedras.
Beijo.

Manuel Veiga disse...

um abraço, Poeta!

os pássaros voam de encontro ao vento!

Graça Pires disse...

"sempre que te ouvem
resgatam um cravo
inscrevem o teu nome
no mais íntimo da pele"
É assim com o Zeca. Tenho saudades dele...
Um beijo, amigo.

SOL da Esteva disse...

Poesia muito significativa.


Abraços


SOL

ana disse...

Nem sempre é fácil atirar uma pedra.
Boa noite. :))

Lilá(s) disse...

Lindo o poema, e linda a imagem do Zeca.
Bjs

Armando Sena disse...

Nas asas do vento voa sempre um sopro de liberdade.

vida entre margens disse...

Eu creio que só o voo de um pássaro gigante, poderá rasgar ventos contrários...
Quanto ao seu poema, simplesmente brilhante!

Abraço e bom feriado

Odete Ferreira disse...

As almas de pássaros são livres por natureza e viajam no sopro do vento...
Mais um belo, profundo e criativo poema.
Bjo, Mar :)

Lídia Borges disse...


Resgatar um cravo através de uma voz
é privilégio de poucos. Desses não se escapa o vento.

Bj.

Agostinho disse...

Cantei, parece que foi ontem,
tantos amanhãs a desbravar
e tu poeta não pares de lutar.