Sitiada por um deserto de sílabas
lá onde a escrita nos esconde
dormes por cima do olhar
no outro lado das videiras
És o meu castelo
a hastear todos os dias
uma nuvem contra o tempo
um cristal que se alimenta
do próprio brilho
Risco um fósforo
ateio as mãos
para desvendar silêncios pendentes
Subo às ameias do teu corpo
para recuperar as minhas pedras
sopro o vento
para te ver dardejar
por sobre as areias
beber do teu vinho
16 comentários:
arrisco dizer que o risco do fósforo subiu às ameias da beleza.
__________________.
beijo. "florido".
Viagem pelas ameias do corpo. Beleza nas palavras que desvendam caminhos. **
Delicioso poema :-D
Bjs
Um sopro de vento a atear os sentidos...
Um abraço.
Que bonito...
...
Logo hoje, que andei a ler pedaços à solta d' O Trabalho Amoroso (de Max Pagès) e Fragmentos de um Discurso Amoroso (de Roland Barthes) chego aqui e vejo estas linhas em harmonia com o que só me atrevo vislumbrar...
Que bonito!
desvendar silêncios pendentes é o mote de todas estas palavras escritas travestidas em belo poema.
não tive oportunidade de estar no lançamento do livro, mas até Dezembro ele estará nas minhas mãos.
um enorme abraço, Grande Poeta....
imagem lindissima para um texto magnifico
Jokas
Paula
... nos silencios estão"tantas vezes" os nossos "gritos" ..-
Belo poema !!!
Um abraço a cheirar a NATAL|
Quelino!
sopro o vento
e nos trilhos
que espreitam as janelas
desvendo os silêncios desde as águas...
sopro o vento
um vento de mar
______
um beijo
alcançar o topo onde se toca no céu
Lindo!
Palavras bonitas que o vento não deixará de recolher para guardar.
~CC~
Um sopro de belas palavras
:))
as palavras podem conjugar-se... mas,quando se alinham com os sentimentos desenham um contorno feliz
abraço
Lá...onde as ameias avistam
a festa dos sentidos...!
Adorei!!!
Um beijo
Eufrázio,
especialíssimo poema! este.
"...e fossemos a última folha do outono em pleno voo..." que imagem mais poética...
Fantástico!
bom fim-de-semana
um abraço e um sorriso :)
mariam
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