quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DÉDALO DE BRUMAS

óleo de OLBINSKI

Só queríamos um espaço

rasgado

onde fosse possível voar

sem olhar os pássaros


um silêncio de pavio

a preto e branco

um qualquer infinito

onde cruzássemos outros timbres

e fossemos a última folha

do outono

em pleno voo


Só queríamos afagar a nudez

em todos os póros

e foi tão pouco

que ainda hoje te procuro

neste dédalo de brumas

precisamente

no lado incerto do espelho

onde me dispo

34 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

brumas????????????


de todo!


claridades!!!!!!



dédalo de luz!!!!!!!!!!!!!!!!!

Maria disse...

Só queríamos um espaço
onde pudessemos
respirar
e descansar...

Beijos

jrd disse...

Uma nova espera de Ariadne, nua e inteira.
Magnífico!

Anónimo disse...

tudo se esfuma coma as asas de cera...

abç

mnemosyne disse...

Afagar a nudez....e os dedos cobrem-se com penas de ave...as aves são como uvas

Beijo

Teresa Durães disse...

queríamos o espaço do encontro

maré disse...

um fósforo

como incêndio

a última transpiração.

______

ao sabor da maré, um beijo

Anónimo disse...

Tudo neste silêncio a preto e branco!

Lindo demais, amigo!

Beijo

maria josé quintela disse...

romper a bruma



pode ser também



um acto de querer!


beijo.

Bandida disse...

é sempre tão pouco o que tanto pode ser.



beijo

Maria P. disse...

Belíssimo.

Sensualidades disse...

lindissimo

Jokas

Paula

Caçadora de Emoções disse...

Mar Arável,
Mais um poema que mexeu com as minhas emoções...
Também a a imagem que escolheu é magnífica.
Um excelente fim-de-semana.

Abraços e um sorriso :)

Justine disse...

E a vida - e o amor - é mesmo esse caminhar no arame esticado por cima do precipício...
Empolgante!

hora tardia disse...

e o "meu" livro?????????

onde compro?



beijos.


bom fim de semana.

Gabriela Rocha Martins disse...

se as tuas palavras não bastassem
para nos despir por dentro.....

um outro poema de bem saber



.
um beijo ,antes de sair

Licínia Quitério disse...

Tão pouco e tanto.
Gostei muito.

Fragmentos Betty Martins disse...

.olá:)________Filipe




muito obrigada.



volte sempre_______um






.sorriso









___________recebelo-á







__________...





encontrada





.a metáfora




junto.da.boca

como_______uma leve





brisa______na bruma






murmurando





.a___cor.da.carícia______...





lindo poema:)








beijO

L e n a disse...

a foto retrata bém o poema !

beijos

esequiel lino disse...

...entre a dor... e a alegria

...entre a subrevivencia... e a luta pelo futuro...

Mateso disse...

Preciosas palavras num belo poema!
Bj

LuzdeLua disse...

Passo a querer também apenas um espaço...
Para voar mesmo que seja entre os pássaros.
Lindo demais.

"Quem foi que assim nos fascinou para que tivéssemos um ar de despedida em tudo que fazemos?"

Amigo, passando para te deixar um abraço e dizer que vou ali e já volto. Algo dói aqui dentro e preciso ver o que será de perto.
Peço apenas que não esqueça meu cantinho, para que me ajude a fazer do retorno uma festa.
Deixo um beijo com carinho e a certeza de que fazes parte da minha vida.
Até a volta em breve
Beijos

São disse...

Só queríamos um espaço. sim, opnde a respiração seja livre de solta!
Boa semana.

Graça Pires disse...

Um labirinto de asas e de luz...
Um abraço.

mariam [Maria Martins] disse...

Eufrásio,
lindo!sensibilidade extrema.

deixo-lhe,

Pássaros de fogo garças brancas negros corvos
Meus dedos voam na brancura do liso papel
Deixam caídas penas azuis e asas soltas
Pontas tímidas de pontes por atravessar
Dançam pássaros na alma dos meus olhos

boa semana
um grande sorriso :)
mariam

hfm disse...

Belíssimo! assim como o comentário na Cabotagem.

Natália Nunes disse...

que imagem MARAVILHOSA!

é sonho, utopia, alcançável porém, talvez...

e o título desse texto é um texto em si.

:)

Elipse disse...

vês como as palavras são focos de luz! e flores!

isabel mendes ferreira disse...

BOM DIA!!!!







(e o meu livro das flores?)


ke koisa....:)


beijoooooo.

Monte Cristo disse...

O amor - tal como o sonho - acompanha-nos do berço à tumba. Um e outro fazem-nos nuvens, perenes e eternas, na busca incessante da plenitude. Inalcansável, felizmente. Pata que não paremos de amar e de sonhar.

Um abraço.

Mel de Carvalho disse...

voltar aqui é vestir a convicção de que existe um mar arável de palavras verdadeiramente belas. sempre.

grata
Mel

Donagata disse...

Passei, li, adorei, mas já tudo foi dito.
Um beijo

ruth ministro disse...

Que maravilha de poema...

Adorei.

BeatriceMar disse...

olá
levei este poema por emprétimo, se não concordar, será imediatamente retirado.
obrigada!
Beatrice