O poder é uma coisa que não deve ser subestimada. O poder delegado transporta a responsabilidade de quem delega. Não é justo colocar a cabeça na areia.
Na verdade os partidos políticos são pilares do regime democrático - que não esgotam outras formas de participação cívica - muito menos devem constituir-se em caminhos estreitos - do unanimismo, das maiorias esmagadoras, muito menos devem ser a ditadura das chamadas " minorias esclarecidas " organizações em torno de mercados de influências.
Se verificarmos a composição dos órgãos dirigentes do p.s. - à semelhança de Cavaco no tempo de 1º ministro - Sócrates está a governamentalizar o partido socialista, a apostar no culto da personalidade, a coisificar os cidadãos.
Deste modo fica mais pobre a democracia, o debate das ideias e a sociedade. As pessoas são reduzidas a eleitores, instrumentos apáticos que votam em imagens virtuais e em programas incumpridos - e cada vez menos.
As sociedades estão a ser governamentalizadas por actores mediáticos - por tribos que juram cumplicidades entre si, geram falsas simpatias e estabilidades, alicerçadas na indiferença, na ignorância e no medo das pessoas.
Por vezes é assim - à mesa do café.
Até prova em contrário.