Óleo de Olbiski
Inclino-me
para te oferecer
a única flor púrpura
deste chão
e só depois recolher
a tua infinita nudez
Tens mais barcos
nos olhos
que todos os mares
e eu só posso
dar-te os meus
Acordei inesperadamente
a sombra dos corvos
clareei as sílabas
no timbre pautado das marés
Caminho por entre
os ponteiros do relógio
precisamente
no espaço livre do tempo
para regressar às pausas
intermitentes
Pausas intermitentes.. faço-as para
ResponderEliminarretomar a leitura de mais um poema mágnifico.
Bjs
Muito belo o poema! Na medida certa, certíssima, na qual oferecer primeiro a flor púrpura é de infinita grandeza!
ResponderEliminarBom fim-de-semana :)
Palavras sentidas, não são?
ResponderEliminarPor isso soam tão bem!
:))))
Quem não é muito de palavras (mais de imagens) tem dificuldade em expressar o que sente ao ler algo asssim...
ResponderEliminarBom fim-de-semana*
Mar Ar´vel, pena só o ter descoberto há pouco tempo, apesar de saber da sua existência... a oferta é enorme até nos definirmos pela procura diária de uma musica de palavras como a sua!
ResponderEliminarOs quadros , admiráveis... eu, uma picassiana... não conhecia!
Mais uma vez bom fim de semana!
Eufrázio,
ResponderEliminarfico sempre' derretida' quando 'o' leio . adoro voltar aqui. :)
passei para desejar que tenha um dia (que 'dizem' ser da Mulher!) muito Feliz! seguido de muitos outros não menos fantásticos!
deixo um abraço, o sorriso de sempre e saudades!
mariam
escrever na pauta das pausas.
ResponderEliminargostei imenso!
um enorme beijo
um poema perfeito e muito belo.
ResponderEliminaradorei.
bjs
São pautas escritas com palavras de música, por isso apetece ouvir ler.
ResponderEliminar~CC~
uma pausa intermitente
ResponderEliminarcom sabor a brisa do mar
As pausas também são música... Belíssimo poema. Um abraço.
ResponderEliminarque melhor caminhar para o Poeta (amorosamente rendido) que a intermitência dos segundos no intervalo dos barcos e das marés?!...
ResponderEliminar... mítico lugar esse onde a Mulher se faz timbre e silabas. indizíveis!
intemporal. teu Poema.
abraços
A música dos sons e dos silêncios nos teus versos, hoje delicados.
ResponderEliminarImagens perfeitas - todas elas!
belíssima a pauta!
ResponderEliminar________
Belíssimo o poema.
ResponderEliminarBelíssimos os olhos com barcos
e com peixes...
Beijos
Quatro pausas que constituem uma bela pauta.
ResponderEliminarUm abraço
Uma beleza de poema
ResponderEliminaracompanhado com lindas fotos
Gostei...reli...adorei
beijos
Pausas intermitentes fazem com exista uma ponte dos momentos vividos
ResponderEliminarCaro Amigo,
ResponderEliminarDepois de 2 meses privada de net, por ter mudado de residência, aqui estou de regresso, finalmente, e venho, numa primeira visita, deixar um abraço e a promessa de voltar para ler e comentar, como é devido.
Um abraço
Meg
Belissimas intermitencias!
ResponderEliminarbjo
bom poema lindas imagens
ResponderEliminarQuatro andamentos de um belíssimo silêncio.
ResponderEliminarBelíssimo o teu poema...
ResponderEliminar"caminho[...] no espaço livre do tempo"
[adorei!]
Beijo
As pausas são essenciais à música...
ResponderEliminarBonito post!
E depois de uma pausa profunda, eu digo: gostei.
ResponderEliminarSó as pausas são intermitências, entre cada poesia contínua.
ResponderEliminar"tens mais barcos
ResponderEliminarnos olhos
que todos os mares
e eu só posso dar-te os meus"- Destaco esta pausa. Gosto, porém, de todas.
... na verdade, eram demasiados os barcos que ela tinha nos olhos. Eles eram barcos pesqueiros, petroleiros, de cruzeiro, cacilheiros e muitos mais de diversos feitios e tamanhos mas sempre com a proa apontada ao amor e a ré deixando para trás desfeita em espuma, a última paixão de mais um estio.
ResponderEliminarPobre dele, que apenas possuia um barco em cada vista. Mas a infinita nudez dela alimentou-lhe a coragem «E se eu juntasse os meus barcos aos teus?» Ela sorriu-lhe - um sorriso que o trespassou de bombordo a estibordo «Primeiro regressa lá às pausas intermitentes que depois veremos... »
Mar Arável
ResponderEliminarSublime de imagens e de palavras nesta entrega sem retorno.
Abraço
Pausas envolventes de tão belas. Um poema para ocupar esse "espaço livre do tempo". **
ResponderEliminarO espaço livre em que se soltam as notas de uma melodia de palavras em modo ascendente de harmonia perfeita.
ResponderEliminarBj.
intermitentemente
ResponderEliminarnavego.te
.
de barcos
cheios
de moliço
e tempo
de marés
.
sou uma sílaba
a nudez de uma pauta
_____
beijo
aquático, sim.
Quisera eu saber pôr em palavras o sentido de pausas como estas.
ResponderEliminarUm poema gostoso de ler...
Um abraço
Para acompanhar a beleza das imagens visuais, belas imagens escritas.
ResponderEliminarAbraços.
E as palavras que brotam tão fáceis e se acomodam, precisas, nos espaços certos, acompanhando o timbre pautado das marés.
ResponderEliminarBeijos.
sem fôlego
ResponderEliminardeixo livre no tempo
.
um beijo
( um rasto de poetar )
Inclino-me
ResponderEliminarpara receber toda a beleza
de mais este conjunto
de palavras
tão bem encadeadas!
"Caminho por entre os ponteiros
do relógio..."
princesa