quinta-feira, 4 de outubro de 2018

CÍRIOS





Nas arestas da escarpa
aprendemos quase inocentes
a arredondar pedras
para não ferir o voo dos pássaros

caminhamos num abraço de limos 
ao som das marés
e descobrimos debaixo da pele
que nos abriga
tanta luz
por desbravar

resistimos nas areias movediças
desvendamos rotas conhecidas
atiçamos relâmpagos

círios
mastros
que se levantam


eufrázio filipe

11 comentários:

  1. Quantas dificuldades nesse caminho!
    E resiliência...

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  2. Que poderiam ser os círios se não mastros que se levantam?

    Abraço

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  3. Eis um poema que navega contra a corrente, em meio às adversidades!

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  4. No desvendar de novas rotas, acendemos círios às velas
    para um navegar sulcando areias movediças...

    Beijos, Poeta das escarpas

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  5. aprendemos

    caminhamos

    resistimos

    atiçamos

    (é sempre bom reconhecer palavras-semente
    nos poemas que semeias...)

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  6. Nas arestas da vida
    inventamos luzes
    que nos guiam

    BFS

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  7. Mais um belo poema que traz a doçura às pedras.
    Um grande abraço

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  8. "caminhamos num abraço de limos
    ao som das marés
    e descobrimos debaixo da pele
    que nos abriga
    tanta luz
    por desbravar"

    Gosto.
    Abraço e bom domingo.

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  9. Um poema para ler e reler.
    Resistamos sempre!
    Beijo e bom domingo.

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  10. A tua escarpa ensina-te tantas coisas… E é tão bom ler-te…
    Uma boa semana, meu Amigo.
    Um beijo.

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  11. Arredondar pedras...
    Caminhar num abraço...
    Descobrir luz...
    Resistir, desvendar, atiçar...
    Levantar círios e mastros...
    São deveres louváveis de
    pássaros nobres e altruístas.
    Gostei. Bj
    ~~~

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