magritte
Celebro no mais íntimo da pele
a exuberância aprumada
da árvore ao fundo
quando acorda a cantar
e adormece com os pássaros
no outro lado do cais
quando desperta no deserto
esculpe grãos de areia com rosto
e se levanta nas dunas
contra o vento
celebro os contornos da luz
as esquinas e os becos
no rasgo lúcido de um traço
quando se desnudam na tela
espaços em branco
mãos vertebradas por todo o corpo
frutos silvestres
folhas persistentes
a vasta sede
eufrázio filipe
Celebração da vida!
ResponderEliminarGosto imenso da imagem que acompanha (e muito bem) o belo poema.
Um abraço
Celebrar a vida a despontar da Natureza.
ResponderEliminarUm grande abraço
Realmente, a sede é vasta e por mais que o poeta a tente mitigar, não o abandona quase nunca, mesmo quando não faz versos.
ResponderEliminarE como ele anseia beber!
Saudações da Lua Azul
A sede que só a boa poesia consegue saciar.
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Poema belíssimo, meu amigo!
ResponderEliminarCelebra o poeta e celebro eu - a vida e a poesia!
Beijo e bom domingo.
"A vasta sede". Procura-se uma árvore ou uma fonte, ou o brilho aguado de um incêndio… O teu poema é lindíssimo!
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.
Celebração da vida!
ResponderEliminarCaro Eufrázio, um poema singular, do qual gostei muito.
ResponderEliminarUma boa semana.
Grande abraço
Pedro
No "rasgo lúcido do traço" emerge a incessante sede. Tão belo!
ResponderEliminarBeijo.
E que bela, esta celebração!
ResponderEliminarBeijinhos, MA
O Poeta diz celebro.
ResponderEliminarBastou o verbo e o tempo para que tronco e folhas a corressem para que a poética se reconhecesse.
O desafio e a festa, porque é "vasta a sede".
Abraço.
celebração luminosa!
ResponderEliminarum abraço