Nada é absoluto
nem este sítio
onde dulcíssimos cães
lambem os céus
sonâmbulos pássaros
mentem na desmemória
das árvores
nem os gestos
aparentemente inúteis
a viverem de olhos fixos
em bando
acordados à sombra dos relâmpagos
nada é exacto
a não ser uma certa luz
vertebrada
que se consome
ao entrar pelas frinchas
da escarpa
Eufrázio Filipe
"Presos a um sopro de vento"
a luz é como a água,
ResponderEliminartoma-nos a forma
um abraço
(muito belo, isto!)
ResponderEliminarOs yogues dizem que o instante de pausa entre a inspiração e a exalação é absoluto. Beijo.
ResponderEliminarLindo!!!
ResponderEliminarBjbj Lisette
Este Poeta espanta!
ResponderEliminarEspantam-se largos e recantos da Cidade:
o Poeta respira grandeza:
as palavras vertebradas,
iluminadas e dignas, pousadas
na verticalidade da ombreira
de cada poema.
Pois se é a luz que forma
e informa na abstração dos dias...
Eu fiquei, Eufrázio.
A luz encontra sempre forma de entrar...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
arrebatadora a luz que teima - e faz caminho por entre a estreiteza do Mundo.
ResponderEliminarpoema a raiar a perfeição.
gostei deveras!
abraço, meu caro Poeta
UMA ESCOLHA PRIMOROSA, VERSOS LINDOS.
ResponderEliminarABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/-
Maravilhoso!
ResponderEliminarQualquer feixe de luz que se infiltra traz a esperança...
ResponderEliminarNada é absoluto, sim.
ResponderEliminarNada é exato, sim.
Agora, um grande poema assim,
ocupa um espaço ímpar, mas
de beleza absoluta e de uma
excelência exata.
Bjs.
e que a escarpa consiga ter sempre essa luz
ResponderEliminarmesmo que ela entre
por meio das frinchas
muito belo!
beijinho
:)
ResponderEliminarGrandes verdades nos transmite neste poema, caro Mar. Nada é absoluto. Nada é exacto. Assim sendo, aprender a relativizar as coisas da vida seria um grande passo para o nosso crescimento.
Abraço.
Olinda
Que haja sempre uma luz a iluminar o nosso caminho.
ResponderEliminarbelíssimo poema.
Um abraço
Maria
Tudo é efemero.
ResponderEliminarbelo poema
Beijo
A beleza está precisamente na relativização das coisas...
ResponderEliminarOlá, Filipe.
ResponderEliminarNão, nada é exacto, nada é absoluto: tudo é o que percepcionamos.
abç amg
"Nada é absoluto"
ResponderEliminar"nada é exacto"
Exatamente por isso é que o voo dos poetas é luz a abrir caminhos polissémicos.
Sempre a ler-te com respeito!
Bjo, amigo :)