Na tremulina deste mar
que não se consente agrilhoado
mesmo que seja breve o azul
no perfume das águas
mesmo que o cíclico pássaro
de plenas asas
adocique o bando
não te vejo a abandonar a luz
clara silvestre dos relâmpagos
o ar que respiras
pelas narinas do vento
continua a movimentar-se
agita as dunas
grita nas falésias
contra a absolvição dos destinos
submerso no chão das maresias
um dia virás à tona tanger um hino
à ternura das tempestades
o brilho dos teus olhos
de tão órfãos
ainda terão uma pedra
para atirar às estrelas
Eufrázio Filipe
"CHÃO DE CLARIDADES"
E como magia nascerá nas ondas a melodia de um pássaro que trará nas asas a pedra a ser lançada às estrelas...
ResponderEliminarQue lindo! Que nunca nos falte o brilho no olhar.
ResponderEliminarBeijo.
"Eu ontem passei o dia
ResponderEliminarOuvindo o que o mar dizia..."
António Botto
Este poema é um hino. Tão bom :)
Muito belo!
ResponderEliminarA esperança, sempre!
Beijinhos,
Ailime
Eu já não passo os meus dias
ResponderEliminara ouvir cantar o mar,
que tanto amei
Não sei quantos morrem nesse mar!
Maria Luísa
"os7degraus"
"o brilho dos teus olhos
ResponderEliminarde tão órfãos
ainda terão uma pedra
para atirar às estrelas"
Na dimensão desta beleza poética,
somente o silêncio contemplativo...
Bravo!!
Bjs.
~ ~ ~
ResponderEliminar~~~ «Submersos no chão das maresias...»
~ São muitos, infelizmente! Mas mais ternas
são as tempestades, do que alguns humanos...
~~~ Pertinente, este belíssimo poema. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~ Beijo, Poeta amigo. ~~
~ ~ ~ ~
Grande o teu arado nesse Mar!
ResponderEliminarBeijo
talvez no brilho do olhar
ResponderEliminarfloresça uma flor por entre as pedras
e só a flor
será atirada às estrelas
no cimo da escarpa
:)
A beleza da imagem reduzirá os submersos.
ResponderEliminarE quem não atirou pedras
às vidracas?
É às tantas da matina que se bebe
o néctar da vida.
"o brilho dos teus olhos
ResponderEliminarde tão órfãos
ainda terão uma pedra
para atirar às estrelas"
Tão belo!
Um beijo, meu Amigo.
Estende o teu braço ao Mar,
ResponderEliminarPara acalmar a tormenta.
Que, mansa, há-de ficar
No leito que acalenta.
Abraços
SOL
Lindíssimo, gostei imenso.
ResponderEliminarbjs e bom fim de semana
E tudo um dia baqueará sob o poder da liberdade.
ResponderEliminarEspero que esse dia surja!!!
ResponderEliminarDesejo muito que surja!!!
Abraço amigo.
Irene Alves
Passando, relendo, e deixando um beijo nos votos de uma linda noite de sonhos realizáveis e um domingo de alegrias e paz.
ResponderEliminarCom carinho,
Helena
Espero que não atire pedras às estrelas... :))
ResponderEliminarBj.
Só o vento poderá inverter o destino das pedras....
ResponderEliminarBelo pois!
Deixo um abraço
Eu espero que o azul seja eterno.
ResponderEliminarAbç
ResponderEliminarEsse Chão de Claridades leva-nos pela mão numa viagem em busca da luz.
Haja sempre pedras para atirar e desentorpecer as mentes.
Abraço
Olinda
Gostei.
ResponderEliminar"(...)o brilho dos teus olhos
de tão órfãos
ainda terão uma pedra
para atirar às estrelas"
Um poema que homenageia cabalmente o teu "mar arável".
ResponderEliminar:) :)