Neste tempo de vindimas
decepadas as videiras
temos por hábito desenhar
lábios nos lábios
um mar arável
No chão da escarpa
pisamos uvas
provamos o sangue derramado
de asas abertas
uma vida quase inteira
e assim acordamos
a fazer versos
ou quase nada
anoitecidos a madrugar
timbres de outros mares
Eufrázio Filipe
UI!!! Lindo de mais!!!! Quase se vêem as imagens!!!! Lindo!
ResponderEliminarBelo, o tempo das vindimas, assim contado!
ResponderEliminarBeijinhos, MA. :)
quase nada ou quase tudo.
ResponderEliminaressa escarpa é muito rica.
e Setembro é tempo de vindimas.
beijo
:)
São outros mares
ResponderEliminaros das uvas douradas
das uvas tintas
onde
se faz poesia
e nascem
mares de vinho.
Um abraço!
ResponderEliminar"e assim acordamos
a fazer versos
ou quase nada"
Ainda que "anoitecidos", faça-se o vinho, os versos...
Um beijo
(muito belo, isto!)
ResponderEliminarUm quase nada que é um quase tudo. Muito bonito :)
ResponderEliminarUm Mar lavrado com o arado de palavras únicas!
ResponderEliminarQuem sabe seja um Mar nunca dantes navegado?
Que Setembro seja uma vindima farta de boas navegações.
Janita
ResponderEliminarDeixaste-me ébrio.
Que néctar veio hoje à mesa pela mão certeira do Poeta!
Tu sabes que é no vale, junto ao rio, que as uvas estão mais perfumadas.
Belo.
ResponderEliminarO mar arável como a terra das uvas...
ResponderEliminarUm beijo, amigo.
Quanto vinho se bebeu,
ResponderEliminarNesta colheita de Mar;
E o peito se acendeu
Sem o Amor derramar.
Abraços
SOL
eu diria, uma vida inteira
ResponderEliminarum abraço
"mar arável" com muitos timbres, mar adentro...
ResponderEliminarbelo, meu amigo
abraço fraterno
Tempo de vindimar!
ResponderEliminarBeijinhos:)
A consumação!
ResponderEliminar
ResponderEliminarE, então, a vindima transforma-se em milagre.
Abraço.
ResponderEliminarUm mar arável convida sempre a desenhar caminhos e a extrair o suco benfazejo da vida.
Abraço
Olinda
De um mar que também é meu , te leio e saúdo.
ResponderEliminar:)
Mar
ResponderEliminarEu não te culpo!
Mas és um lugar
onde os mortos vão ficar!
Mª. Luísa
"os7degraus"
Vi os socalcos do Douro.. Um mar arável por gentes de outros tempos
ResponderEliminarSempre excelente a tua poética!
Bjo, Filipe :)
Isso poeta, outros mares, outras marés, outros ventos....
ResponderEliminarE depois das vindimas o néctar será mais doce...