sábado, 12 de setembro de 2015

INGREME O CAMINHO DAS PEDRAS






Estavam no cais
os barcos de remelas
etéreos
quando partimos
por sobre as águas
sem fim à vista

foi assim

lá onde os olhos sem amparo
se consentem demorados
assistimos à passagem
de um sopro de vento

Neste leito de sussurros
a primitiva chama
navegava
todos os degraus da escarpa

foi assim 

tresmalhadas as pátrias
chegámos à fala
de mãos dadas
no íngreme caminho das pedras


Eufrázio Filipe

24 comentários:

  1. Sempre lá, as pedras.
    Mesmo que à espreita do pó.
    Em que um dia se vão tornar.

    Boa poesia!

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  2. De mãos dadas diz o poema
    Sairemos do deserto onde os barcos se movem parados por falta de remos

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  3. Seria culpa do vento?

    Parabéns Poeta, por mais um magnífico...

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  4. Muito bela e esperançosa mensagem nas dificuldades a ultrapassar!
    Um beijinho.
    Ailime

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  5. Ainda bem que conseguimos caminhar de mãos dadas ainda que tresmalhadas as pátrias. Já é um avanço mesmo que doam as pedras.

    Abraço
    Olinda

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  6. Mas às vezes é preciso subir as escarpas!

    Abraço

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  7. Nenhuma escalada é fácil. Caminhar sobre pedras para alcançar o planalto é trabalho árduo, mas não é missão impossível, Poeta!

    Avancemos, sem temor!

    Beijinhos

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  8. Hoje, os caminhos são outros.
    Melhores e piores...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Eufrázio, tenha uma boa semana.
    Saudações poéticas.

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  9. dulcificando as pedras - e o(s) caminho(s)...

    muito belo, Poeta.

    abraço fraterno

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  10. No íngreme caminho das pedras,
    mas de mãos dadas
    seguem as rotas dos sonhos,
    um sopro de vento eterno...

    E segue a tua poética sempre bela!
    Bjs.

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  11. Um poema de esperança, apesar das dificuldades.

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  12. Transporta-nos sobre o mar nesse percurso amorosamente poético.

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  13. Como Sísifo iremos...na fraterna palavra.

    Belo.

    Beijo

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  14. Importa manter as mãos dadas, bem unidas na força que alcançar o cume exige.
    Abraço

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  15. Quantas vezes teimamos partir sem fim à vista. Depois fica o nada. Apenas as palavras silenciosas que contam.

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  16. Na escalada temos sempre tantas pedras....Umas conseguem pontapear-se, outras terão mesmo que ser destruídas.

    Belo poemar

    Bjgrande do Lago

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  17. de mãos dadas
    talvez não seja tão íngreme o caminho
    sinal que não estamos sós

    :)

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  18. E enquanto "a primitiva chama navegava todos os degraus da escarpa" os sonhos pulverizavam as pedras do íngreme caminho...
    Abraço terno, meu poeta!

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  19. Há sempre alguém que não teme os obstáculos...
    Mais uma pérola poética!
    Bjo, Filipe :)

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