domingo, 26 de abril de 2015

NÃO HÁ PÁSSARO QUE ATIRE UMA PEDRA







Na sombra das varandas
engalanadas
pelas ruas estreitas
desfilam ânforas
à vista dos barcos

relâmpagos contidos
na voragem do tempo

sempre que te ouvem
resgatam um cravo
inscrevem o teu nome
no mais íntimo da pele

mas não há pássaro
que atire uma pedra
contra o vento

 Eufrázio Filipe

15 comentários:

  1. Os ventos de abril trazem
    a memória da luta pela liberdade
    viva no cravo vermelho...
    Muito belo, poeta!
    Bj.

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  2. ~~
    ~ Pássaros, avancemos firmemente contra
    os destruidores ventos dominantes!

    ~~~~ Abraço, Poeta da Liberdade. ~~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  3. um abraço, Poeta!

    os pássaros voam de encontro ao vento!

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  4. "sempre que te ouvem
    resgatam um cravo
    inscrevem o teu nome
    no mais íntimo da pele"
    É assim com o Zeca. Tenho saudades dele...
    Um beijo, amigo.

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  5. Nem sempre é fácil atirar uma pedra.
    Boa noite. :))

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  6. Nas asas do vento voa sempre um sopro de liberdade.

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  7. Eu creio que só o voo de um pássaro gigante, poderá rasgar ventos contrários...
    Quanto ao seu poema, simplesmente brilhante!

    Abraço e bom feriado

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  8. As almas de pássaros são livres por natureza e viajam no sopro do vento...
    Mais um belo, profundo e criativo poema.
    Bjo, Mar :)

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  9. Resgatar um cravo através de uma voz
    é privilégio de poucos. Desses não se escapa o vento.

    Bj.

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  10. Cantei, parece que foi ontem,
    tantos amanhãs a desbravar
    e tu poeta não pares de lutar.

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