publicado no "Presos a um sopro de vento"
POÉTICA EDIÇÕES
Quando chegaste
sangravas de uma asa
menina dos meus olhos
pátria efémera
a rasgar palavras
despida de tudo
regressaste ao concerto
dos meus silêncios preferidos
vestiste a cal de branco
num véu de noiva
e escreveste uma frase
trinada nas paredes da casa
que ainda hoje conservo
no coração das pedras
há pássaros em riste
~
ResponderEliminar~ ~ ~ B e l í s s i m o ! ~ ~ ~
Já o Manoel dizia
ResponderEliminar"Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."
E, neste teu poema,
a importância
é tanta
ResponderEliminarA sangrar de uma asa e despida de tudo.
Expressões que nos fazem pensar de imediato num ser frágil sujeito a sofrimento. Talvez assim nos sintamos às vezes, neste mundo entregue a poderosos. O poema traz a cadência metafórica a que já nos habituou e que tanto aprecio.
Obrigada, caro Mar.
Olinda
ResponderEliminarTristes os que têm pedras no lugar do coração...
Muito, muito bonito. :)
ResponderEliminarBom fim-de-semana.
Bj
Um concerto de trinados sedutores!
ResponderEliminarsempre uma poética irrepreensível, uma leveza de palavras e uma grandiosidade de mensagem.
ResponderEliminarFraterno abraço
São belos versos!
ResponderEliminar"poetas são os que escrevem poemas..."
Bjs
poema fulgurante, como um pássaro em riste...
ResponderEliminarbelíssimo
forte abraço meu irmão, Poeta maior
Poema luminoso, claro,
ResponderEliminarclaro como a cal
derramada nas feridas,
saradas na esperança,
de crescer a pátria.
Um belíssimo poema. Com asas e muita luz. Com palavras e silêncios...
ResponderEliminarUm beijo.
ResponderEliminarUma chegada em fragilidade....Quem não tem momentos destes?
Belo poema....Dá que pensar.
Bom domingo
Bjgrande do Lago
Algumas coisas vem pra nós de presente... Pena que sejamos tão ingratos que não valorizamos qdo elas acontecem... bjs
ResponderEliminarE espera porque sabe bem que os teus pássaros, feitos poemas, vão continuar a cantar para ela.
ResponderEliminarAbraço fraterno Poeta
Chegar ao coração das pedras não é para qualquer um...
ResponderEliminarSua poesia é simplesmente maravilhosa, Mar.
Gosto das pedras com coração, pois, como arma de arremesso.
ResponderEliminarAbraço,
mário
Bem bom, este poema!
ResponderEliminarSaudações poéticas!
Belíssimo!
ResponderEliminarBelo poema, com pássaros dentro, capaz de nos levar nesta travessia!
ResponderEliminarBeijo
Um poema magnifico que dá que pensar, muito!
ResponderEliminarBeijinhos,
Ailime
Boa tarde, por morrer uma andorinha não acaba a primavera, é o mesmo. ao sangrar de uma asa a vida não para, obrigado pela partilha.
ResponderEliminarAG
Pássaros ou armas - às vezes é o mesmo!
ResponderEliminarParece que todos temos algo a sangrar...
ResponderEliminarSempre me encantam as tuas metáforas. Este poema não é exceção.
Belo!
Bjo, Mar :)
Apesar de tudo, continua a haver lastro. É o que nos move.
ResponderEliminarAbraço
eu acho mas posso estar enganada(tenho quase a certeza) que já tinha lido este poema.
ResponderEliminarmas é sempre bom re-ler poesia desta qualidade.
muito bom
:)