Quando eras um rio
a rasgar caminhos vertiginosos
e as escarpas seguiam
imaculadas os teus olhos
os peixes ficavam encarnados
na tua boca
nidificavam entre margens
enleados
quando a sombra das pontes
nem sequer eram fronteiras
e eu disse que os rios viajam
do ventre até à foz
tu sabias que só o mar
os acolhe
quando eras um rio
eu dava os primeiros passos
na água
a desconstruir muros
silente o chão
se alevanta
Versos de água
ResponderEliminaronde nada se dilui
e tudo emerge
até o chão, meu irmão
até o chão
As fronteiras das sombras, impotentes para travar o rio das palavras...
ResponderEliminarTão belo, Eufrázio...
Bom fim de semana :)
O silêncio será quebrado por um grito que acordará o mundo.
ResponderEliminarAbraço,
mário
Sempre as metáfora "líquidas" para falar de amor - muito fecundas!
ResponderEliminarMeu querido Mar, o Arável, a rtua visita abençou o meu Mar à Vista com o 50 000 (enésimo) clique.
ResponderEliminarSabor de sal, sabor de mar, sabor a rio, sabor a vida.
Abracinho :)
... ah, quando o "silente chão se alevanta"! No mínimo, ecoam belos poemas assim!
ResponderEliminarAbraço
A eterna mistura das águas...
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, MA! :)
E foi num rio de metáforas que deste voz a um amor que não tem fronteiras e à beleza encantatória da amada...
ResponderEliminarBjo, Mar :)
Grande poema!
ResponderEliminarLiquido e límpido como um chão de água.
Abraço Irmão
~
ResponderEliminar~ ~ "Quando eras um rio..."
~ ~ ~ Eu, o MAR ARÁVEL...
~ ~ Refrescantes imagens e perturbadores sentidos e nuances...
~ ~ ~ ~ ~ B e l o! ~ ~ ~ ~
Este rio rasgado por suas palavras é de beleza indescritível . Obrigada por partilhar . Beijos
ResponderEliminarEste teu poema é de uma beleza
ResponderEliminaravassaladora...
Daqueles poemas que pousam
nos olhos a ficar (eternizar)...
Adorei!!
Bj
Ps:A imagem é perfeita (linda)
para o poema...
Apesar dos muros que teimam em erguer, apesar da areia de simulações ruidosas,as águas são um rio que avança.
ResponderEliminarE o rio jorra, escava, derruba. Liberta-se...das sombras...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
um Mar Arável onde a voz se levanta como chão líquido a rasgar caminhos - do ventre a foz...
ResponderEliminarabraço, Poeta, meu irmão
Poema muito bem casado com a tela. Foi esta que inspirou o poeta?
ResponderEliminarBoa noite. :))
Belíssimo
ResponderEliminaro misturar das águas.
Beijo
A sua poesia é um mar de caminhos navegáveis tão libertos que chego a ficar sem ar.
ResponderEliminarEncantador, como sempre.
Beijinho.
silentes são os peixes no céu da boca
ResponderEliminar"quando eras um rio
ResponderEliminareu dava os primeiros passos
na água"
So sei que achei isso lindo...
Este poema é lindíssimo, gostei imenso.
ResponderEliminarBjs
ResponderEliminarDe um tempo a liquidificar memórias para salvação das mãos.
Beijo
ResponderEliminarVersos líquidos, a correr pelas veredas dos rios que chegam ao mar...ou das veias que chegam ao coração...
Beijo, poeta.
Genny
Um rio tão límpido como a poesia que fazes...
ResponderEliminarBeijo.
Lindo! Os rios da vida!
ResponderEliminarUm beijinho,
Ailime
para voltar a construir, não muros, mas e apenas trilhos inundados de azul...
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarO mar, sempre tão generoso,receptáculo dos nossos sonhos, diluindo as nossas fronteiras.
Abraço
Olinda