sábado, 7 de junho de 2014

À MÍNGUA DE RELÂMPAGOS








Efémera crisálida
despontou silvestre
na mesa do alpendre
onde nidificam os sonhos
quando um passageiro arfar
se desnudou
à vista dos aloendros
flor vertebrada
no mais alto mastro
das marés
soletrou afagos no jardim
à míngua de relâmpagos

e eu só podia fazer o que fiz

inscrever-te para sempre
numa folha de papel

 

33 comentários:

  1. Mas para ser eficaz, a inscrição, há que estar inscrita, primeiro, no coração.

    Beijinhos Marianos, MA!

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  2. Esse acto de escrita não é para todos...só para eleitos!

    Abraço

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  3. ~
    ~ ~ Um sonho vibrante registado num belo canto. ~ ~

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  4. Que bela inscrição, que não ficará certamente à míngua dos apaixonados. :)
    Bom fim de semana!

    Kiss

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  5. Guardada à espera dos relâmpagos.

    Abraço,

    mário

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  6. Só aqueles que tem o dom da escrita conseguem com as palavras fazer belas inscrições . Parabéns . Beijos

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  7. A tua poesia conhece os caminhos do papel e sabe como iluminá-los.

    Abraço poeta

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  8. Andamos à míngua de tanta coisa que o melhor é despojarmo-nos de tudo e ficarmos nus, à espera que raios e coriscos façam acontecer a metamorfose tão desejada.

    Abençoada inspiração!

    Um beijo!

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  9. como uma tatuagem - inscrita no esplendor dos relâmpagos.

    abraço, Poeta maior - meu amigo e meu irmão.

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  10. e eu só podia fazer o que fiz

    inscrever-te para sempre
    numa folha de papel

    Um momento efêmero belamente inscrito que ficará para sempre...

    Maravilhoso!

    Beijo.

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  11. E sentir os sonhos....na pele...
    Lindo....
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  12. Envolvente! Só podias era mesmo 'inscrevê-la numa folha de papel'.

    Obrigada pela visita sempre amigável.

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  13. E esse "para sempre" é bem poético. Uma folha de papel faz milagres. Nela se escrevem os sonhos e, também, se inscrevem intenções.

    Bom domingo.

    Abraço

    Olinda

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  14. não se podem ingerir as flores do aloendro

    mas cabe tanto numa folha de papel


    um abraço

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  15. Que o veneno dos aloendros
    afastem os maus...
    na caminhada dos relâmpagos.

    Um abraço

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  16. E fez uma inscrição de deixar os amantes de poesia deliciados, e os amantes de outras coisas também, rsrs.
    Um abraço e uma boa semana

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  17. Mas é assim que nao se apaga... permanece... quando fica guardado e documentado no papel...

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  18. Boa tarde,
    Numa folha de papel, num quadro ou na areia, seu modo de escrever é exímio.
    Abraço
    ag

    http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

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  19. A beleza é esta capacidade de juntar duas palavras que antes se estranhavam...como aqui:
    «flor vertebrada
    no mais alto mastro
    das marés»


    Beijo

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  20. Uma efémera crisálida à vista dos aloendros ganha fulgor em qualquer jardim.
    Muito bom.

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  21. E aí ficará para sempre, sem perder nunca a frescura e a beleza...

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  22. Uma belíssima inscrição...

    A poesia com o poder de

    eternizar o sentir (belo)...

    Bj

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  23. Escrever o amor com palavras inscritas no coração...
    Beijo, amigo.

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  24. E a poesia, iluminada pela serenidade dos versos, de rascunho passou a livro.


    Bom fim de semana, Mar Arável.

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  25. Nunca será efémera a tua beleza poética, assim como a sua originalidade.
    Luminoso poema!
    Bjo, Mar

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