quinta-feira, 6 de março de 2014

TRANSUMANTE







Passo a passo com os cães
já fui à fala
até ao muro
decifrar garatujas

Ali fiquei
sentado numa pedra
na liturgia da luz
a confluir relâmpagos

Transumante
atravessei por um fio
rotas tresmalhadas

mas hoje
não sei porquê

apeteceu-me morrer
por um instante
nos teus braços


 

31 comentários:

  1. Há mortes que duram instantes
    que os relógios não marcam.

    Beijos

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  2. E não há nada melhor do que morrer nuns braços amantes!

    Beijinhos Marianos, MA! :)

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  3. Ninguém morre assim
    num momento de um apetecer
    mas há momentos
    em que nos apetece morrer

    e eu entendo esse

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  4. E haverá alguma coisa melhor que deixar-se "morrer" nos braços de quem se ama?
    Um abraço e bom fim de semana

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  5. Morrer nos braços de quem se ama é uma morte desejada não? mesmo que por instantes...
    Bjs

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  6. "Morre" muitas vezes e regressa sempre com um poema assim.

    Abraço Poeta

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  7. De tudo o que aqui foi escrito
    aquilo que mais gostei
    foi o que no fim foi dito...

    Bom fim de semana.

    Beijo.

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  8. E são essas as mortes apetecidas porque nos dão vida.
    xx

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  9. Boa noite. Cheguei até aqui através do blog da amiga Célia Lima. Fiquei encantada com as poesias, parabéns!
    Já faço parte desta família e voltarei mais vezes para comentar cada escrito lindo e intenso.
    Tudo de bom!
    Tenha um fim de semana de paz!
    Beijos na alma!

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  10. Morte onde se renasce... Afinal, a imortalidade do amor.

    Bom fds, Eufrázio.

    Beijo :)

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  11. A vida é misteriosa e bela,

    um morrer a cada instante

    bem vivido...

    E o poeta sempre a espelha

    muito bem,com encanto!

    Bj.

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  12. transumância dos corpos tresmalhados - na liturgia dos (a)braços.

    Abraço fraterno, meu caro Eufrázio.

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  13. De vez em quando é necessário descansar...

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  14. Depois da liturgia da palavra ficamos,naturalmente, preparados para uma morte santa e boa, como a que acabas de descrever!

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  15. A morte da razão interrompida (paixão) deixou hoje, aqui, um belo poema.

    Bjs

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  16. As vezes é preciso deixar as rotas tresmalhadas e as garatujas por um instante para morrer nos braços de alguém...É lindo.

    Beijinho.

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  17. ...e, todavia,
    há quem se mate
    para não morrer...

    Belo demais , como sempre!

    Deixo abraços!

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  18. Há um certo mistério nas rotas tresmalhadas e talvez seja nelas que o movimento acontece... sem data nem fios conduzidos!...
    Morrer por um instante, não faz mal a ninguém... por um instante e por algo em que se acredite Amar!... A liberdade, por exemplo, não é exactamente um trilho de carneiros à procura do melhor pasto!...


    Abraço!...

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  19. "Morrer por um instante" nos braços de alguém é realmente a "liturgia da luz". Belas palavras. Bela imagem.
    Beijo.

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  20. Belíssimo poema! Por "um instante" a doçura de morrer por amor. Bj. Ailime

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  21. Uma transumância digna de descanso merecido, no carinho e elevação da alma.

    Abraço.

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