publicado no "Chão de Claridades"
No tempo em que crescíamos
a noite bramava tão parda
que nem parecia noite
de súbito um frémito de luz
pestanejou nos mastros do cais
o mar restolhou
e eu vi claramente
os teus olhos remoçados
alumiarem as águas
Após tantos relâmpagos vividos
julgavas estar preparada
para voar
mas os pássaros ainda aprendiam
a ter asas
Se os olhos alumiavam as águas decerto estaria preparada para voar.
ResponderEliminarxx
a escolha dos vocábulos, o ritmo, a beleza, sempre presentes, nesta poesia que é privilégio e dádiva. Bem hajas, Camarada Poeta!
ResponderEliminarNem o brilho dos relampagos vividos, conseguiram iluminar meus caminhos...
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ResponderEliminarImaturidades líricas para descidas rasantes sobre o mais que imperfeito voo.
Um beijo
Quando ensinares os pássaros a voar, a tua musa há-de apontar-lhes o horizonte onde tem os olhos.
ResponderEliminarAbraço Irmão Poeta
Por muito que pensemos estar preparados nem sempre conseguimos levantar voo.
ResponderEliminarBelissimo poema.
Beijinhos
Maria
Poema tão belo e acompanhado
ResponderEliminarpor uma imagem perfeita!
Bjs
As dores do crescimento por vezes são enganadoras e quando pensamos que já podemos voar, algo nos diz que ainda não é chegada a hora, apesar de termos atravessado inúmeras intempéries.
ResponderEliminarSó se remoça o olhar quando ele não é mais moço.
Gosto de descodificar os seus poemas, ainda que fique sempre na dúvida.
É assim como um repto, que me dá muito prazer.
Chegar aqui e dizer-lhe é bonito, gostei, seria mais fácil e cómodo, mas deixar-me-ia insatisfeita. Desta forma, fico na dúvida se a insatisfação ficará consigo.
É um risco que corro.
Um abraço.
não paramos de crescer, é uma espécie de restolho
ResponderEliminaruma aprendizagem de voos
Há sempre um momento certo para tudo!!
ResponderEliminarEscusado será dizer, que amei o poema!!!
Beijinho!!!
que os relâmpagos explodam - e a asas se façam voo...
ResponderEliminarbelíssimo, meu caro Poeta.
forte abraço
O tempo(as esperas) menos
ResponderEliminarimporta na jornada do voo,
o voo em si é sempre uma
beleza libertadora,
a pousar no "chão de
claridades"...
Bj.
Mesmo que os olhos já alumiem as águas, tudo tem um tempo certo...
ResponderEliminarÉ sempre um prazer lê-lo.
Beijo
Admirável poema! Um voo no olhar...
ResponderEliminarBeijos.
Vamos aprendendo, a vida toda...e às vezes conseguimos levantar voo!
ResponderEliminarApenas um fogacho, mas o suficiente para queimar as frágeis asas.
ResponderEliminarAbraço.
E crescemos a cada emoção de um toque ou a cada mergulho,
ResponderEliminar_um _levantar de asas é esperança de um possível voo.Ou um salto no escuro!
abraço Eufrázio
Estamos sempre a aprender a voar...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
ResponderEliminarNem "todos os relâmpagos vividos" nos preparam para um novo voo... talvez porque estes sejam sempre diferentes e nos acompanhem mesmo que queiramos ter/viver os "olhos remoçados".
Beijinho
Será que agora aprendem?
ResponderEliminarEles bem tentam cortar as asas...
Estamos toda a vida a aprender a voar.
ResponderEliminarBelíssimo este seu poema.
beijinho
Seremos sempre pássaros, julgando estar preparados? Esquecemos de aprender a ter asas? Abraços.
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ResponderEliminarAqui, neste 'Chão de Claridades', tudo tem vida, tudo se anima, num relampejo, num pestanejo de olhos. E, assim também, as asas crescerão.
Abraço
seria apenas,
ResponderEliminarum voo anunciado,
que mesmo as asas dos pássaros,
precisam de crescer
:)
Nem sempre estamos preparados para voar... Às vezes, temos que fechar os olhos e iluminar de fora para dentro, antes de o fazer de dentro para fora.
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, MA! :)
Belíssimo! Apesar da luz voos imaturos outrora improváveis. Bj Ailime
ResponderEliminarImenso.
ResponderEliminarBeijo.
Poeta
ResponderEliminarNem sempre as asas estão preparadas para voar.
Como sempre...sem palavras para comentar o BELO.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Só invejo uma coisa neste mundo: as asas dos pássaros que podem voar....
ResponderEliminarDe uma grande beleza!
ResponderEliminarbjs
No teu poema os olhos ficam remoçados ao serem atingidos por raios inusitados.
ResponderEliminarQue bem!
Há sempre um lampejo que renasce do cansaço, dos anos e da memória!... Haja luz nos nossos olhos para ver essa Luz nos "teus" olhos!...
ResponderEliminarQuase se atinge a imperfeição quando não sabemos ser nem imperfeitos nem perfeitos!... Perfeita é a natureza e a nossa também, apesar de todos os nossos irreconhecíveis defeitos à altura dos nossos olhos; todos juntos, cada qual com suas virtudes, pese embora uma ou outra pecha natural, somos partículas da Natureza perfeita!... Haja que nos aspire ;)
Abraço
Há um tempo para tudo...Até para voar nas asas da bela poesia!
ResponderEliminarGostei de te ler. Uma poesia com um cunho de originalidade.
Bjo :)