sábado, 1 de março de 2014

OLHOS REMOÇADOS



                                                    publicado no "Chão de Claridades"
                                                



No tempo em que crescíamos
a noite bramava tão parda
que nem parecia noite

de súbito um frémito de luz
pestanejou nos mastros do cais

o mar restolhou

e eu vi claramente
os teus olhos remoçados
alumiarem as águas

Após tantos relâmpagos vividos
julgavas estar preparada
para voar

mas os pássaros ainda aprendiam
a ter asas



 

33 comentários:

  1. Se os olhos alumiavam as águas decerto estaria preparada para voar.
    xx

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  2. a escolha dos vocábulos, o ritmo, a beleza, sempre presentes, nesta poesia que é privilégio e dádiva. Bem hajas, Camarada Poeta!

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  3. Nem o brilho dos relampagos vividos, conseguiram iluminar meus caminhos...

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  4. Imaturidades líricas para descidas rasantes sobre o mais que imperfeito voo.

    Um beijo

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  5. Quando ensinares os pássaros a voar, a tua musa há-de apontar-lhes o horizonte onde tem os olhos.

    Abraço Irmão Poeta

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  6. Por muito que pensemos estar preparados nem sempre conseguimos levantar voo.
    Belissimo poema.
    Beijinhos
    Maria

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  7. Poema tão belo e acompanhado
    por uma imagem perfeita!
    Bjs

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  8. As dores do crescimento por vezes são enganadoras e quando pensamos que já podemos voar, algo nos diz que ainda não é chegada a hora, apesar de termos atravessado inúmeras intempéries.
    Só se remoça o olhar quando ele não é mais moço.
    Gosto de descodificar os seus poemas, ainda que fique sempre na dúvida.
    É assim como um repto, que me dá muito prazer.
    Chegar aqui e dizer-lhe é bonito, gostei, seria mais fácil e cómodo, mas deixar-me-ia insatisfeita. Desta forma, fico na dúvida se a insatisfação ficará consigo.
    É um risco que corro.

    Um abraço.

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  9. não paramos de crescer, é uma espécie de restolho

    uma aprendizagem de voos

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  10. Há sempre um momento certo para tudo!!
    Escusado será dizer, que amei o poema!!!

    Beijinho!!!

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  11. que os relâmpagos explodam - e a asas se façam voo...

    belíssimo, meu caro Poeta.

    forte abraço

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  12. O tempo(as esperas) menos

    importa na jornada do voo,

    o voo em si é sempre uma

    beleza libertadora,

    a pousar no "chão de

    claridades"...

    Bj.

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  13. Mesmo que os olhos já alumiem as águas, tudo tem um tempo certo...

    É sempre um prazer lê-lo.
    Beijo

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  14. Vamos aprendendo, a vida toda...e às vezes conseguimos levantar voo!

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  15. Apenas um fogacho, mas o suficiente para queimar as frágeis asas.

    Abraço.

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  16. E crescemos a cada emoção de um toque ou a cada mergulho,
    _um _levantar de asas é esperança de um possível voo.Ou um salto no escuro!
    abraço Eufrázio

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  17. Estamos sempre a aprender a voar...
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  18. Nem "todos os relâmpagos vividos" nos preparam para um novo voo... talvez porque estes sejam sempre diferentes e nos acompanhem mesmo que queiramos ter/viver os "olhos remoçados".

    Beijinho

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  19. Será que agora aprendem?
    Eles bem tentam cortar as asas...

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  20. Estamos toda a vida a aprender a voar.
    Belíssimo este seu poema.

    beijinho

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  21. Seremos sempre pássaros, julgando estar preparados? Esquecemos de aprender a ter asas? Abraços.

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  22. Aqui, neste 'Chão de Claridades', tudo tem vida, tudo se anima, num relampejo, num pestanejo de olhos. E, assim também, as asas crescerão.

    Abraço

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  23. seria apenas,
    um voo anunciado,
    que mesmo as asas dos pássaros,
    precisam de crescer

    :)

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  24. Nem sempre estamos preparados para voar... Às vezes, temos que fechar os olhos e iluminar de fora para dentro, antes de o fazer de dentro para fora.

    Beijinhos Marianos, MA! :)

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  25. Belíssimo! Apesar da luz voos imaturos outrora improváveis. Bj Ailime

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  26. Poeta

    Nem sempre as asas estão preparadas para voar.
    Como sempre...sem palavras para comentar o BELO.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  27. Só invejo uma coisa neste mundo: as asas dos pássaros que podem voar....

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  28. No teu poema os olhos ficam remoçados ao serem atingidos por raios inusitados.
    Que bem!

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  29. Há sempre um lampejo que renasce do cansaço, dos anos e da memória!... Haja luz nos nossos olhos para ver essa Luz nos "teus" olhos!...


    Quase se atinge a imperfeição quando não sabemos ser nem imperfeitos nem perfeitos!... Perfeita é a natureza e a nossa também, apesar de todos os nossos irreconhecíveis defeitos à altura dos nossos olhos; todos juntos, cada qual com suas virtudes, pese embora uma ou outra pecha natural, somos partículas da Natureza perfeita!... Haja que nos aspire ;)

    Abraço

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  30. Há um tempo para tudo...Até para voar nas asas da bela poesia!

    Gostei de te ler. Uma poesia com um cunho de originalidade.
    Bjo :)

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