Texto publicado em 2008
As árvores viajam
na sombra do verde
um sussurro de folhas
e tu foges dos ramos
amanheces tão distante
que nem os meus olhos
descobrem os teus gestos
As árvores viajam
onde acontece a cor do fruto
no chão
e os pássaros sem amos
deixam que a sombra
se rebente
Meu povo
que fizeste das nossas flores?
ResponderEliminarLindo! Ainda que das flores, restem poucas pétalas.
Um beijo
Excelente, amigo. As flores vão sendo regadas por alguns que acreditam que elas nunca morrerão...
ResponderEliminarUm beijo.
O povo deixou as bestas comerem as flores!
ResponderEliminarAbraço
O Povo não sabe das flores. Quando a Primavera tarda só desencanto floresce.
ResponderEliminarÉ preciso continuar a falar de flores.
Abraço
não sei
ResponderEliminartransfiguradas em poemas, talvez
"Meu povo" sê como os pássaros, "sem amos".
ResponderEliminarAbraço,
mário
É preciso voltar a semear
ResponderEliminar(flores e encanto, com bravura)
Bjs
Magnífico poema!
ResponderEliminar"Meu povo que fizeste das nossas flores"?!
Emocionei-me, porque as vi in loco e ao rubro e agora onde estão? Beijinhos, Ailime
Bravos pássaros que renegam a escravatura!
ResponderEliminarParece que já vai bem distante o tempo das flores, e muita gente continua a não querer seguir o exemplo dos pássaros. Continua a aceitar amos.
ResponderEliminarBelo poema!
xx
Meu povo, que te fizeram?
ResponderEliminarQuem te roubou o voo, o apaziguamento da árvore?
Quem te roubou o chão e o pão?
Meu povo quem te cobriu de falsas flores?
Meu povo, ai meu povo!
És o poeta das belas metáforas,
ResponderEliminarpor isso os teus poemas nos
levam a várias leituras.
A minha leitura percorreu pelo
alerta sobre ao zelar a
querida natureza em
tão bela harmonia...
E bela também a imagem escolhida.
Não sei, mas de certo mesmo é que 6 anos depois as perguntas continuam as mesmas.
ResponderEliminarBeijo.
eu ainda acredito que elas voltarão a desabrochar...
ResponderEliminar:)
Será que precisou de "as" comer? Belo, como sempre.
ResponderEliminarAbracinho :)
Recupera-las-emos! Um dia...
ResponderEliminarOnde estão as árvores e as flores? Espero que voltem a florir e deitar belos ramos.
ResponderEliminarAbraço
são de plástico as flores de hoje - as verdadeiras foram imoladas no altar do Espectáculo, que tudo devora...
ResponderEliminarangustiante e pertinente pergunta, meu irmão.
abraço, Poeta
Muito gostaria de lhe saber responder.
ResponderEliminarbeijinho
fiaram-se na chuva e não as regaram!
ResponderEliminarFaço a mesma pergunta. Beijinhos
ResponderEliminarMurcharam e não há como saber quando renascerão...
ResponderEliminarAs flores? Que é feito delas?
ResponderEliminarNão foi o povo quem as desfolhou, mas todos aqueles em quem ele até agora confiou!
O povo pode não ter que comer, mas espere chegar o 'Dia', que um dia foi de esperança, e elas - as flores - encherão a mesa da A.R. e todos irão repetir as velhas histórias, que fazem os pássaros levantar voo e desaparecer no horizonte. Cansados e desolados.
Um beijo amigo poeta, sonhador!
ResponderEliminarAs pétalas foram arrancadas...
Beijinho
ResponderEliminarMar Arável
Muito interessante este poema. Segue determinado caminho em que o verde parece a via mais indicada na senda do fruto e da voluntariedade dos nossos irmãos pássaros, residentes privilegiados deste sítio.
Depois, de chofre, surge a pergunta inquietante:
'Meu povo o que fizeste das nossas flores?'
Na verdade, é de inquietação mental que devem ser feitos os nossos dias. Procurar incessantemente as nossas flores e mimá-las, tratar do nosso jardim e alimentá-lo com o fertilizante da nossa vontade, deveria ser o nosso lema.
Abraço
Olinda
Lembro-me de ler este poema tão belo e inquietante e relê-lo é como se fosse a primeira vez.
ResponderEliminarHá textos que são pérolas de eternidade...e poetas que marcam os nossos dias.
Beijos
Meu povo porque permitiste
ResponderEliminarque elas fossem pisadas?
Meu povo porque não te ergueste?
Meu povo que calmaria é esta?
Desejo que o amigo esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Parabéns pela interrogação poética.
ResponderEliminarGostei.
:))
Sem flores o mundo fica descolorido. Sem árvores não há sombra e o deserto floresce.
ResponderEliminarE no deserto apenas se ouvem sussurros. As palavras ficam suplantadas na areia. Urgente restaurá-las...
Bom poema.
Bjo :)
A tua poesia é imperdível! Sabias?
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