quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ATÉ ÀS CINZAS







Na fluidez dos gestos mais simples
pode renascer um certo fulgor
no brilho silvestre dos relâmpagos

Na memória tatuada
onde pastamos com os animais
um rumor de plantas

as línguas mergulham na saliva
consomem-se em cânticos
até às cinzas



 

33 comentários:

  1. Há gestos simples que causam grandes tempestades dentro de nós. :)

    Gostei. Bom resto de semana.

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  2. O seu poema lembra-me uma fénix renascida das cinzas.

    Cantemos!

    beijinho

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  3. Pastamos muito até chegar a sabedoria dos gestos simples...

    Sempre belo, querido.

    Beijo.

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  4. Os gestos genuínos

    transcendem

    o tempo

    as esperas

    as palavras

    e renascem das cinzas...

    Poema tão belo e acompanhado

    por uma imagem perfeita!

    Bj.

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  5. Que a simplicidade dos gestos
    percorra os dias,
    até às cinzas.

    Belíssimo!

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  6. poema despojado. como o rumor das plantas no interior das escarpas...

    (ou mel silvestre nos lábios - depois do cântico)

    abraço, Poeta maior

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  7. Não fossem as línguas mergulharem na saliva e consumirem-se em cânticos de louvor; eu diria que na pastagem, já fazemos todos parte da mesma manada.
    Ordeira e conformadamente calada.
    Que venham raios e coriscos com relâmpagos a rasgar o céu!
    Talvez renasçam novos fulgores e fiquem em cinzas os desanimados torpores! Precisamos de novos cânticos...

    Um beijo com apreço!

    janita

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  8. As línguas consomem-se até às cinzas, ou seja, até que tudo arda.
    Belíssimo poema.
    xx

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  9. Muito bom e pleno de vida, como sempre.

    Beijos

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  10. O renascimento a partir das cinzas poderá mostrar a força do querer. Não precisando de grandes rasgos, mas sim de porfiados gestos que façam a diferença.

    A imagem é belíssima!

    Abraço

    Olinda

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  11. Os gestos mais simples, por vezes ignorados e desprezados...
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  12. A memória dos tempos perpassa por nós como vendaval que revolve as cinzas. Será que somos capazes de renascer?
    Um abraço e bom fim de semana

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  13. Vim agradecer as suas visitas e comentários no meu cantinho e, ao ler os seus poemas, decidi apontar a sua morada, para voltar cá mais vezes! :)
    Gostei deste mar!
    Um abraço

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  14. Belíssimo poema! É incrível como deixamos as nossas línguas ficarem em cinzas... Mas parece que elas nunca aprendem o quanto custa ficar queimado
    Obrigada por comentar o meu blog! Poucas pessoas o fazem e é sempre um incentivo para eu continuar a escrever!

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  15. Porque algo do amor permanece...

    Bom fim-de-semana!

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  16. O deserto da memória levar-nos-á à cegueira coletiva.

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  17. Reconheço-lhe essa grandeza...de dizer tanto, em poucas palavras...

    Grande poema!!!

    Abraço e bom Domingo!!

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  18. Como poderia ser de outro modo?

    Até às cinzas, os cânticos!


    Um beijo

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  19. A memória é criativa, nasce muita coisa na memória ...

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  20. Apascentemos
    o rumor da seiva
    até às cinzas

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  21. Está lá tudo: a fluidez, o fulgor e o brilho do verso!
    Beijo.

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  22. Incandescente a poesia solta-se e canta até ao fim.
    Abraço Irmão


    (Os meus comentários não entram)

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  23. Este poema foi lido no projecto InVersos! Poderão encontrar o vídeo em:

    http://inversos.pt.vu

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