Correm em bando os teus olhos
por cima das searas e dos ventos
porque é preciso transgredir
rasgar o véu que se demora em fascínios
encontrar no corpo interior
um sinal primitivo de nudez
uma pequena distração de flor
que agite o ambíguo coração das aves
e abra novos caminhos
por esse mundo onde todos os rios
deviam ser apenas água em movimento
provavelmente só os teus olhos sabem
que na obscuridade mais imperceptível
há um brilho indígena em gestação
Eis a nova ordem emergente
a gota de orvalho que fende a luz
o admirável grão de areia
que não repousa
Metáforas magníficas que edificam a essência de mistérios na mente do autor ...
ResponderEliminarEmbriagantes poetar.
Abraços-Cristal
Metafóricas palavras que muito dizem!
ResponderEliminarBjs
Admiravel é como esses pequeninos graos vao se juntando e formam escultura tao bela, como essa da imagem... admiraveis graos de areia...
ResponderEliminarOs meus olhos sabem e você sabe que eu sei, porque a sua escrita não tem para mim qualquer mistério.
ResponderEliminarAdmirável é dizer-me tudo com tão pouco!
É cedo para os rios serem apenas rios
ResponderEliminarHoje, sinto-me grão de areia
depois de ler-te
Quando forem muitos os -admiráveis- grãos de areia em movimento, os rios vão encontrar a praia.
ResponderEliminarAbraço poeta
São os pequenos grandes grãos de areia que fazem toda a diferença.
ResponderEliminarBelíssimo poema com imagens muito ricas.
xx
Seu poema é fabuloso.
ResponderEliminar[Pensei no livro Admirável Mundo Novo.]
Beijo.
Grão de areia...
ResponderEliminarTão belo!
Beijo
Como algo tão simples pode ser tão belo.
ResponderEliminarbeijinho e bom fim de semana
Estes grãos de areia repousam amorosamente enlaçados num areal feito de poesia e sonho.
ResponderEliminarHaja poesia, neste dia!:)
Um beijo.
Muito belo.
ResponderEliminarBjs
ResponderEliminar"Rasgar o véu que se demora em fascínios" enquanto a vida urge...
E um grão de areia revira-se tentando alterar a posição das dunas.
Um beijo
Um brilho indígena que abra novos caminhos.
ResponderEliminarAbraço,
mário
«porque é preciso transgredir»... Concordo, mau caro poeta das águas. Sempre detestei os «bons alunos» assumidos...
ResponderEliminarBeijinho
Poeta
ResponderEliminarDesses pequeninos grãos de areia podemos fazer a diferença.
Sempre profundo.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
["Lâmina de capim estremecendo ao vento,
ResponderEliminarQuebrando o rochedo,
Por dentro." Tae Yun Kim]
Não fossem os transgressores...
Abração, poeta!
Sim, o grão de areia incansável...mas também a "pequena distração de flor"!
ResponderEliminarAbraço do falcão
que expluda - o grão de areia.
ResponderEliminare seja início...
abraço, Poeta.
Que seria de nós sem esse "admirável grão de areia que não repousa"...
ResponderEliminarQuem me dera, toda a vida condensada num grão de areia, viver.
ResponderEliminarabraço
Um grão de areia que forma e transforma. Quanta força, quanta poética, quanta vida!
ResponderEliminarGostei deste grão de areia "que não repousa".
ResponderEliminar:))
Admirável tanta beleza poética...
ResponderEliminarUm poema que transcorre num
sentir,num olhar inscritos
numa profundidade que
transcende...
Mais que grão, luz. Caminho. Travessia.
ResponderEliminarBoa semana.
transgredir, grão a grão
ResponderEliminarcorrem em bando tantos olhos
E... sendo nós próprios um grão de areia...
ResponderEliminarBelo o poema!
Um abraço!
Boa dia,
ResponderEliminarnum curto espaço consegue definir a importância da simplicidade.
Abraço
ag
Cada verso abre um caminho novo que apetece desvendar.
ResponderEliminarAbraço.
:)
ResponderEliminarBeijinho.
Não repousa, cresce.
ResponderEliminarUm bj
Desvenda-se o caminho para a luz...
ResponderEliminarReencontra-se o sonho....
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
A transgressão a iluminar as areias onde os corpos se bastam...
ResponderEliminarBelo, o seu poema.
Abraço.
É nesse pequeno grão que os teus pássaros renascem e voam até às escarpas das madrugadas que sempre sonhas.
ResponderEliminarAbraço, Poeta.
De metáfora em metáfora, a construção de um magnífico poema.
ResponderEliminarAbraço poeta amigo.
Belíssimo! O grão de areia que se multiplica. Bj Ailime
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ResponderEliminarUm admirável grão de areia na engrenagem...seguindo o exemplo de uns certos pauzinhos, também eles interventivos. Depois respirarmos por guelras, quando os rios seguirem o seu curso, naturalmente, como manda a ordem natural das coisas.
Um poema admirável que nos mostra o caminho da esperança. Esperança na capacidade indígena de produzir réstias de luz.
Abraço
Olinda
Há grãos de areia assim...
ResponderEliminartão especiais como grandes mundos!!!