Sem pátria conhecida nem fronteiras, aparentemente livres, migrantes até onde os olhos alcançam, sempre residimos nos apeadeiros da vida, a despontar do caos, silvestres conforme as estações e a noção do voo.
Foi assim que acordei a fazer versos ou quase nada, neste chão de rastos onde os sonhos sonhados se levantam nos mastros mais altos e a indignação é um acto de sabedoria contra a indiferença.
Foi assim que acordei.
Perguntei ao Dique - o meu velho cão de barro - se estava disponível para uma viagem - e ele disse que sim.
Peguei na caneta e numa folha de papel. Levei-o comigo. Fiz-me ao mar à caça de relâmpagos.
Partimos para lá da Taprobana contra o silêncio dos que vegetam destinos conhecidos, a carregar andores, a soletrar pelos dedos, a cantarolar em redor dos coretos.
Seguimos o trilho dos ventos, contra a corrente, rumo ao início dos sonhos.
Lá estavas - mais vermelha que os teus lábios.
Vermelha de paixão?
ResponderEliminar:)
A romã dá sorte por isso a viagem trará sorte. Tenho um cão com o mesmo nome mas, é de carne e osso. Beijinhos
ResponderEliminarRomã que tem as mesmas letras de amor...ao rubro! :)
ResponderEliminarAbraço
Sonhos que a indiferença mata.
ResponderEliminarNão há sabedoria, há egoísmo.
Neste espaço dos sonhos
ResponderEliminarde trilha libertária
a raiz da poesia
com asas
nos convida a voar...
Adorando este voo!
Romã, levemente rosada no exterior mas rubra de paixão no interior.
ResponderEliminar(Bonito texto)
Beijinhos Marianos! :)
"migrantes até onde os olhos alcançam".
ResponderEliminarEssa sou eu.
bj
Seguimos o trilho dos ventos, contra a corrente, rumo ao início dos sonhos.
ResponderEliminarEu preciso disso...
Que a tinta nunca se acabe,
ResponderEliminarpara encher essa folha,
contra a corrente...
Beijo
Lindíssimo, Amigo. Nada mais a dizer.
ResponderEliminarRomãs_ sempre presente nos jardins do rei Salomão _símbolo de fertilidade de todos e muitos simbolismos,
ResponderEliminarseus textos comprovam a paixão que exerce essa fruta excessiva em sementes vermelhas rosáceas e bela ,
Gostei muito Eufrázio
deixo abraços
Doce e vermelha lá estava ela à tua espera.
ResponderEliminarBonito o texto, bonita a romã. :)
ResponderEliminare até onde nos levam os sonhos...
ResponderEliminar:)
Bela prosa poética que nos leva muito para além da Taprobana, em busca de sonhos que quebrem silêncios, na esperança de os transpor para uma folha de papel.
ResponderEliminarE eis que ela surge...rubra e suculenta. Tão apetitosa, quanto os lábios daquele que a saborear!
Um beijo, de mar!:)
vermelho
ResponderEliminarfogo
fruta, doce
continuas a ladrar à lua, meu caro...
ResponderEliminarcarpe diem - bago a bago.
abraço, Poeta
Belíssimo texto, fez-me lembrar de um outro:
ResponderEliminar"a cigarra anuncia
o incêndio de uma rosa
vermelhíssima"
Abraços Rúbidos
Quem atravessa a Taprobana sonha mais alto pois ganhou um horizonte maior.
ResponderEliminarBj. :))
Adoro
ResponderEliminarromãs
Beijo, poeta!
ResponderEliminarE se os relâmpagos nos faltam, partamos à caça deles.De versos em punho mais altos que os sonhos sonhados, sulquemos os mares para lá do mundo conhecido,se a tanto nos ajudar o engenho e arte.
Abraço
Olinda
Como partindo da romã - símbolo de sorte, saúde - viajas na imaginação e fazes nascer um poema em prosa que me prendeu.
ResponderEliminarBom fim-de-semana !
ResponderEliminarSementes de tanto!
Houvesse solo arável...
Um beijo
Só sei que aprecio a sua prosa em tons vermelhos romã. Bj Ailime
ResponderEliminarGostei: é uma linda romã!
ResponderEliminarPOESIA vermelha, de amor ou raiva, ajuda!
ResponderEliminarAbç da bettips
(grata pela companhia!)