terça-feira, 6 de agosto de 2013

PÁSSAROS SILVESTRES





Nos subúrbios de tudo
mesmo junto aos meus olhos
desenham garatujas
no ar que se respira

em desassossego
num clamor de marés
voam de boca em boca
sem destinos

alimentam-se em pleno voo
de pequenos nadas
essenciais
para continuarem a ser pássaros

Estou a vê-los
aqui tão perto
que nem lhes posso tocar

de tão silvestres

 

25 comentários:

  1. A vida
    no instante
    Sem ensaio
    Imensurável

    Só depois
    se reflete
    (...Se tempo houver!)

    Beijo, poeta!

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  2. Depois do poema todos os gestos são permitidos. E necessários. Toca-lhes

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  3. Pássaros do mar, pássaros do ar, pássaros da vida. Ondas do céu em espuma de sons.
    Lindo.
    Bj.

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  4. Há fosfenos assim, tãoo perto dos olhos, tão dentro dos olhos que a dimensão é imensa, um universo amplo de constelações... ou apenas garatujas que se movem, por vontade quase própria, não fosse a vontade involuntária do mesmo olhar!...


    Abraço

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  5. "Alimentam-se ... de pequenos nadas para continuarem a ser pássaros"

    Está aí tudo.

    Abraço,

    mário

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  6. É com os olhos que os tocas, levemente, como se espuma fosses.

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  7. É preciso continuar a "cantar"os pássaros e não deixar que lhes cortem as asas.

    Abraço

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  8. A essência dos pássaros:

    Um delicado Ballet de sonhos...

    Assim, a delicadeza do nosso

    olhar sobre eles...

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  9. Nos olhos, a suavidade do mundo...

    Um beijo, Eufrázio.

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  10. de pássaros nos olhos. bravios...

    abraço, meu caro Poeta.

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  11. Bonito poema,

    a solidão,os olhos e a liberdade; liberdade que nunca nasce para ser tranquila todo o tempo,
    nem sem ânsia, às vezes, e,
    nunca sem o essencial.
    E no final das contas,
    sempre "pássaros silvestres"!

    Continuação de bons escritos e
    bons dias de sol.

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  12. De tão silvestres...nisso residirá a sua liberdade (e a nossa).

    Abraço

    Olinda

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  13. Poema tão doce como o voo dos pássaros silvestres...Beijos!

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  14. Nos subúrbios de tudo eu vejo é muita, mas muita solidão!
    Se há pássaros, eles são invisíveis para aqueles que ainda conseguem rir e sonhar...os outros, de olhar fixo no nada, perseguem a visão do infinito, imaginando ver o que não existe: Pássaros silvestres, nascidos espontaneamente na sua distante memória.
    Os dias são de fogo e as noites são o mar. No fundo, bem no fundo, todos somos os arautos do caos...

    Desculpe, Eufrázio, deixei-me levar na divagação da hora tardia e pela fotografia.

    Um beijo.

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  15. Hoje li-te em voz alta.

    Gostei de ouvir-me-te...

    :))

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  16. Pior é ver e nada se poder fazer. Vale o poema como grito.
    Abraço. :)

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  17. "Pequenos nadas", que desenham nos voos a sua infinita poesia!

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  18. "ver" pode significar "sentir"
    sentir
    sentir quem "desenha", quem "voa de boca em boca"
    sentir "os pequenos nadas"
    que nos alimentam
    sentir o indizível, "tão silvestre"
    tão puro
    sentir, sentir simplesmente

    princesa

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  19. Adorei seu poema!Eu adoro pássaros porque eles são livres.
    Beijinhos.

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