quinta-feira, 18 de julho de 2013

QUANDO TE ACHEGAS





Na minha aldeia
os pássaros não poisam
porque não há sombras
nem migalhas

tudo se decide
a céu aberto

matamos a sede
a beber água do rio
às mãos cheias
desaguamos entre pedras
infinitos
no mar
que trago nos olhos

Na minha aldeia
não há sombras
quando te achegas

 

26 comentários:

  1. Gosto do ritmo e da ternura desabrida que transparece de cada palavra.
    «tudo se decide
    a céu aberto», coisa ainda possível também na minha aldeia...

    bjs

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  2. Os homens e suas aldeias.
    Guerreiros cansados,
    amantes insuperáveis.
    Homens e Aldeias.

    bj

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  3. Vou ler isto em voz alta
    é só o que me falta

    para sentir minha
    a tua aldeia


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  4. “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.”
    Léon Tolstoi

    As imagens da tua aldeia foram serenamente pintadas pelas mãos da tua poesia...quadro de pequenos detalhes, compondo a paisagem que, de olhos fechados, podemos sentir...pássaros, frescor de águas e rios, e essa clareza lírica que afugenta as sombras...

    Beijo.
    Genny

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  5. estimado amigo,

    o mundo começa mesmo na nossa aldeia, em cada um de nós, individualmente.

    um prazer renovado cada poema que nos deixa - obrigada.

    um bfs, caríssimo.
    abraço fraterno

    Mel

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  6. Vamos pôr o país a decidir,tudo,a céu aberto.

    Abraço,

    mário

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  7. eu também tenho uma aldeia com o céu aberto mas o rio vai seco - como posso fazer para desaguar?
    Um abraço sem estado de poesia

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  8. Assim é: as aldeias nem sempre são sombra. ;)

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  9. Olá!

    Belo poema,
    bela discrição,
    porque afinal,
    o amor é simples, invariavelmente,
    só tudo o resto é que pode não ser,
    e tantas vezes se trocam essas ideias. De qualquer modo,
    Bela é a aldeia, essa!

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  10. também ouvi os "sinos da minha aldeia" a ecoar no teu poema...

    abraço, Poeta amigo

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  11. Na minha aldeia o rio já secou...

    Beijinho com carinho

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  12. Volto a este mar onde sempre me sinto bem, precisamente porque "tudo se decide a céu aberto" e com muita arte.

    Um blog que nunca vou esquecer e um amigo que sempre ficará na releitura de uma poesia única.

    Beijos

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  13. Olá!
    Quando tudo se decide a céu aberto... é porque aí as gentes são de fibra!!!
    Onde é esse lugar?!
    Belo poema, sinceramente.

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  14. Olá belo poema,é sempre bom dá uma passadinha aqui!
    Um blog que transmite paz beijinhos.

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  15. Li de algum poeta que 'há pessoas que trazem o mar nos olhos, não pela cor
    Mas pela vastidão da alma...' e deve ser por aí 'onde se mata a sede'.
    ... e quando eles nos achegam?
    ah que delícia que é.
    Obrigada
    abraços

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  16. Não há sombras, na limpidez destes versos... É sempre tão bom passar por aqui...

    Deixo um beijo

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  17. Poeta

    É bom quando se decide tudo a céu aberto...fica tudo mais claro.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  18. Fiquei imaginando uma confraria no céu, e após, os pássaros chegando, devagar, um a um e entoarem cânticos amorosos...

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  19. Este poema iluminou, hoje, a aldeia triste e sombria em que sinto submerso o meu coração.

    A ausência de mais um bom Amigo, espero que breve, deixou-me alquebrada. É que quando ele se achega...também não há sombras.

    Obrigada pelas belas e animadoras palavras. Adoro tudo o que se decide a céu aberto!

    Um abraço.

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  20. uma aldeia com tanto sol
    e o poema cantante ao som dos sinos
    belo!

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  21. Muito bonito! Muito ritmo e muita doçura! Com um final romântico. Gostei muito.

    Beijinho

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