Foto de AUGUSTO CABRITA - Seixal
Entram devagar na Ponta dos Corvos
por janelas escancaradas
respiram fundo nos mouchões
nidificam com as aves
por instantes quedam-se
para os barcos escutarem timbres
no brilho florido das varandas
com sardinheiras
que se despem ao espelho
no remanso
quando a gaivota mais antiga
expressa sinais silvestres
respiram lentas
afagam margens
mostram o chão
que já foi de areias
e apanhadores de seixos
na bruma das pedras
plangentes moinhos de maré
registam os ciclos vertebrados
das águas doces
Lindo poema. Um abraço daqui do sul do Brasil.
ResponderEliminarQuando as fontes da poesia desaguam no mar. É assim!
ResponderEliminarAbraço
"Mostram o chão que já foi de areias e apanhadores de seixos".
ResponderEliminarAbraço,
mário
Não sei
ResponderEliminarNão sei se com os versos
Se com as asas
Voei
Muito bonito.
ResponderEliminar(Ontem, veio ter comigo a sua poesia em livro.)
moinhos de marés
ResponderEliminarainda os há
para os lados do seixal
um poema a combinar muito bem com a foto...
beijo de marés doces
:)
A sua poesia é uma constante na
ResponderEliminarvida...sempre muito boa...
Bj.
Irene Alves
Lindo poema onde o mar é a paixão das marés,em asas de gaivota.
ResponderEliminarBeijos
Muito bonito, muita serenidade nestas águas doces.
ResponderEliminarAbraço
o teu "universo poético" em todo o seu esplendor...
ResponderEliminarbelíssimo.
abraço, meu caro Poeta
Belíssimo planar em barcos de bruma onde também as telhas são margens.
ResponderEliminarBeijo
Olá Eufrázio,
ResponderEliminarO voo da gaivota
plainando sobre a realidade
pousando nos espelhos das águas
em doce poesia libertária...
Poema muito belo!!
Gostei do meu voo aqui...
Boa noite, foi um prazer ler o seu poema.
ResponderEliminarDesta vez venho desejar Boas Férias.
Também estive e estarei ao pé do mar. :))
Poética das águas e dos voos...moinhos de versos levam aos ventos os sentimentos dos rios e dos pássaros...
ResponderEliminarBelo casamento entre imagem e palavras.
Beijos,
Genny
ResponderEliminarÁguas doces...
que adoçam a vida e servem de pretexto a esta bela poética.
Abraço
Olinda
A ancestralidade das pedras margeando as tantas águas doces das marés...
ResponderEliminarBelo, muito belo.
ResponderEliminarBeijo.
Este belo poema
ResponderEliminartransporta-me
para uma terra que amo
amo
seus cantos e recantos
vertebrados e invertebrados
a sua história
(re)contada e cantada...
amo
aquela terra
que também tu
poeta
amas de verdade
princesa
voei!
ResponderEliminarbelo!
Boa semana!
Parabéns pelo post, um dos mais belos que nos ofereceste!
ResponderEliminarAbraço grande
Mais uma vez consegui sentir o cheiro deste poema.
ResponderEliminarA doçura da água em versos.
ResponderEliminarGostei.
Um bj
O teu poema levantou voo e tornou-se brisa...
ResponderEliminarAgua dulce que todo lo limpía, que todo lo sana, las heridas del cuerpo y las heridas del alma.
ResponderEliminarMuy bello.
Cariños.
mar
Belo poema, com certeza!
ResponderEliminarAbçs
Muito bonito e belo esse teu poema,gostei bastante. Desejo tudo de bom para ti. http://pontodecruzdamafalda.blogspot.pt
ResponderEliminarOlá Mar!
ResponderEliminarLogo para começar a foto é um abrir de cortina para essa bela neblina que paira no ar e se desvenda pelas janelas escancaradas...
O poema todo ele se desdobra em magníficas e subtis imagem de espelhos de água...de gaivotas dolentes...de moinhos plangentes...
Um abraço.
M. Emília
Muito bonito! A sedução das águas, sempre! Muito bonito!
ResponderEliminarBeijinho.
quisera asas para voar
ResponderEliminar"por janelas escancaradas ... com sardinheiras...e apanhadores de seixos ... das águas doces"
Isso é lindo Eufrázio
_ onde e o que te inspiras?
lindo! que mais posso dizer...
ResponderEliminarQuando uma gaivota mais antiga vive coloridamente nos nos olhos do mar o sol não antevê a ruga acolhida na testa e queda-se na constância do ar ou dum qualquer lugar, assim mais adiante, quase sem barulho, ou até talvez , com um sinal silvestre à mistura afagando calorosamente seixos d’água doce..
ResponderEliminar"na bruma das pedras
ResponderEliminarplangentes moinhos de maré
registam os ciclos vertebrados
das águas doces"
Gosto de "mar arável"