terça-feira, 18 de junho de 2013

PÁSSAROS LIVRES DARDEJAM NOS MASTROS





Num sopro de remos e passos
tento dar às palavras
a leveza das cinzas

silêncios expostos
derramados
na fissura das pedras
para agigantar em campânula
as paredes da casa

mas quando abro o portão
do cais
e solto os cães
para ouvir a escarpa
só os pássaros livres
não deixam de cantar

dardejam
nos mastros
para os barcos se moverem

 

25 comentários:


  1. Enquanto o fulgor de asas sobre os mastros se fizer sentir, os barcos prosseguirão, à procura do rumo do sonhado.

    Um beijo

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  2. Muito intimista este teu poema, que fala de silêncio e cinzas, mas não exclui o canto livre dos pássaros!
    Um abraço.

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  3. Os teus cães sabem bem como levar aos pássaros livres a voz da escarpa.

    Abraço Poeta

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  4. "Só os pássaros livres não deixam de cantar".

    Abraço,

    mário

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  5. Que haja sempre pássaros livres e

    que os barcos sempre se movam.

    Bj

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  6. Lindo! Que pelo menos os pássaros continuem a cantar. Bj Ailime

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  7. Que bom ainda haver pássaros livres. Que não lhes cortem as asas...
    Beijinhos

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  8. Há sempre pássaros que cantam contra a corrente, felizmente!
    Bj. :)

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  9. É obrigatório que a poesia voe em liberdade...

    ...talvez os barcos se movam...

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  10. e esperamos que os pássaros livres nunca deixem de cantar.
    mesmo que nem hajam mastros.
    mas está a ficar difícil.

    ;)

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  11. Obrigada pelo lindo poema ,
    que nos brinda a cada postagem.
    Obrigada por fazer parte dos meus seguidores.
    Um abraço carinhoso,Evanir.

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  12. só em liberdade, estimado amigo, o canto tem e dá sentido à vida.

    é um prazer lê-lo, sempre.

    fraterno abraço
    Mel

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  13. pássaros quebrando campânulas...

    em seu voo livre!

    abraço, Poeta

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  14. Há pássaros assim.
    Mas estão em risco de extinção...
    Excelente poema. Gostei imenso.
    Um abraço.

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  15. Não sei que retiraria daqui, se quisesse enfatizar alguma coisa, porque está muito belo, o poema...

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  16. As vezes é preciso soltar os cães para que os barcos se movam.

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  17. Palavras desenham versos que eternizam imagens...
    Atravessam oceanos pelos caminhos de vento...
    Chegam, assim, tontas de voos e pousam leves (e livres) noutros portos...

    (Assim teus versos me chegam)

    Genny

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  18. A poesia corre-te nas veias,
    leve e livre,
    como um sopro de espumas.

    Surpreendente e bela, sempre.

    Bom fim de semana :)

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