domingo, 30 de junho de 2013

NA FOLHAGEM DAS OLIVEIRAS



                               "mulher pássaro" ósseo de Graça Morais



Há tantos anos
que te não via os olhos
de tão perto os conhecer

foi preciso um pássaro
ajudar-me a fazer lume

rasgar janelas
na direcção do vento

e com um fósforo
atear fogueiras
só para os ver

lá estavam
na folhagem das oliveiras



 

16 comentários:


  1. A primeira estrofe - crua como azeitona por curtir.
    As outras, todo o labor de acender candeias, de encontrar a luz.

    Um beijo

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  2. O olhar, muitas vezes o olhar. :)

    Bom resto de domingo.

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  3. por vezes, na vida, só quando nos afastamos, vislumbramos o que, desde sempre estivera na clarividência de um fósforo.

    estimado amigo, a sua poesia, é, como sempre lhe digo, belíssima.

    abraço fraterno
    Mel

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  4. Os olhos estão sempre na folhagem,ou nas asas das borboletas.

    Abraço,
    mário

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  5. Um dia (não perdi a esperança)
    ainda hei-de ser poeta
    acender fogueiras
    e conseguir ver
    através da folhagem das oliveiras

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  6. por vezes um pássaro é um relâmpago incandescente.

    e as oliveiras uma seara de fogo.

    abraço fraterno, meu caro Poeta

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  7. Um poeta sempre consegue acender fogueiras e tranformar os dias...

    Beijos
    Branca

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  8. A distância a que estamos das coisa influência a forma como as vemos.

    Boa semana

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  9. Belíssimo
    desde a "mulher pássaro"
    até às oliveiras.

    Gosto de abrir esta janela.

    Bj

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  10. Às vezes ficamos "cegos de tanto ver", e rasgar as janelas da cegueira é condição "sine qua non" para atiçar fogueiras.

    Beijo!

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  11. Muito bonito, Mar Arável.
    A folhagem por vezes esconde.
    :)

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  12. De tanto conhecer
    nem sempre enxerga

    Ah o pássaro!

    Beijo, poeta!

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  13. por vezes não reparamos naquilo que tão perto está de nós.
    achei o poema belíssimo.
    bjs

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  14. E a gente vai criando asas na companhia dos poetas
    _obrigada por conduzir-me ...
    um abraço

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