NA ESCURIDADE DAS MARÉS VIVAS
No entardecer da praia-mar
desprendidos barcos
invadiram a rota das águas
hastearam-se em coro
num sonho navegável
Povoadas as margens
quando de novo
as palavras sangraram
na escuridade das marés vivas
um pássaro poisou
nas tuas mãos
para o levares aos lábios
muito bonito!
ResponderEliminargosto muito da palavra 'escuridade' mais do que escuridão vou passar a usar. A escuridão tratada assim é menos negativa e aterradora ...
"hastearam-se em coro
ResponderEliminarnum sonho navegável"
Eu sei. Eu vi...
"As palavras sangraram",como ondas revoltas.
ResponderEliminarAbraço,
mário
ResponderEliminarNa escuridade, um " sonho navegável" é ainda possível... como o poisar de um pássaro.
Beijo
Laura
mãos (e lábios) como bálsamo. no percurso das marés vivas...
ResponderEliminarassim os barcos prossigam indomáveis.
abraço, Poeta.
E foi quando as palavras ganharam asas.
ResponderEliminarAbraço
...se um pássaro poisou, então ainda há vida e nas águas outros barcos irão navegar...
ResponderEliminar_:)
As marés vivas podem ser preságio de morte, mas são, sem dúvida prenúncio de mudança.
ResponderEliminarQue voem os pássaros!
Abraço
Porque às vezes é preciso remar contra a maré...
ResponderEliminarÉ belíssima a imagem dos barcos chegando ao entardecer, e mãos a oferecerem beijos e pássaros...
ResponderEliminarBeijo!