Neste chão de ressonâncias
marés vivas
marnotos
marinhas valentes
e outros relâmpagos
transportámos
um sol de mãos cheias
à cintura um mar de sargaços
Nus de tudo
soprámos o espinho
que nos sangrava as pétalas
descobrimos as mãos
e os lábios
ao entardecer
dulcíssimos
oferecemos ao rio
uma rosa de sal
Quando será que voltaremos a ser capazes de soprar os espinhos que nos sangram as pétalas?
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ResponderEliminarExcelente imagem as suas palavras nos transmite, Mar Arável. Tenhamos inspiração e força para nos erguermos dos espinhos e soltarmos as amarras.
Abraço
Olinda
Uma rosa de sal já basta a eternidade.
ResponderEliminarbjs
a sulcar os mares
ResponderEliminarnum olhar azul
beijo
Uma rosa de sal para temperar as nossas vidas.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
ResponderEliminarHaja ainda sempre uma rosa, ainda que de sal, para oferecer ao rio.
"Nus de tudo
soprámos o espinho
que nos sangrava as pétalas"
Belíssimo
Um abraço
ResponderEliminar"Dulcíssimos"... Parei aqui e fiquei a observar o gesto de oferecer ao rio uma "rosa de sal"
Como a poesia nos acarinha... E como ela nos "atiça".
Um beijo
Oxalá a rosa de sal sirva para salgar a terra!
ResponderEliminarAbraço
(Tive o sorte de trabalhar com o João Apolinário depois da seu regresso do exílio. Um Grande Homem que dignou ser meu amigo)
uma rosa de sal....sem espinhos.
ResponderEliminarum beij
Nus de tudo, fica-nos a poesia para encher a alma.
ResponderEliminarSim. Porque a maré pode trazer do mar, uma rosa de sal à flor da água.
ResponderEliminarUma rosa de sal a temperar o rio...
ResponderEliminarBeijo
Sónia
Delicada rosa, soberba poesia.
ResponderEliminarAbraço
cvb
Precisamos de ter muita força
ResponderEliminare não deixar que o sal nos
queime a esperança - o sonho
e o discernimento.
Um bj.
Irene Alves
"descobrimos as mãos
ResponderEliminare os lábios
ao entardecer"
Doce
rosa de sal
Abraço, poeta!
Nada como despir-se de tudo, transportando apenas "um sol de mãos cheias"
ResponderEliminarBjs
que os espinhos se desdobrem em pétalas. sempre...
ResponderEliminar... e sal (da lágrima) seja dulcíssimos lábios. em flor.
abraço,amigo Poeta
Muito belo!
ResponderEliminarRosas na poesia é um gosto meu, muito antigo.
Há beleza maior que as rosas mesmo quando as suas pétalas caem?
Que o sal salve esta rosa e a preserve das intempéries que vêm dos lados de S. Bento.
Beijinho.
O seu mar ficou mais salgado
ResponderEliminaré que o desagua muito perto...
enquanto conseguirmos soprar os espinhos das pétals
...mas não tarda falta.nos a força...
saudades
princesa
« Uma rosa de sal» É o que nos resta oferecer ao rio. Neste caso uma rosa de soberba poesia. Comovente sensibilidade.
ResponderEliminarBeijinho amigo e uma flor.
Obrigada por proporcionar conhecer seu blog tão cheio de bons fluidos,poemas sentidos e lindos.
ResponderEliminarGostei muito do propósito do blog_ 'respirar por guelras" é bom demais! rsrs
não podemos ter medo de nos afogar, coloquemos a cabeça fora d'água até a tempestade passar.
Muito boa a 'florinha'_ incólume .
meu abraço
Meu querido Poeta
ResponderEliminarQue dos espinhos dessa rosa nasçam as mais belas pétalas.
Sempre intenso.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
ou dos ventos
ResponderEliminarum abraço
uma poesia sempre bela, ainda que o tempo que vivemos, seja, efectivamente, de espinhos cravados na voz e de sal nos olhos de um rio que se faz mar.
ResponderEliminarbem-haja, sempre, pela partilha
abraço daqui
Mel
"Nus de tudo
ResponderEliminarsoprámos o espinho
que nos sangrava as pétalas"
Teu poema está em curso!
Para mim é impossível não lembrar do poema do Pablo Neruda, A Dança (http://pensador.uol.com.br/frase/MzMxMDI/).
ResponderEliminarE é tão lindo e significativo quanto o poema do nosso querido escritor chileno.
Gosto quando leio: "nus de tudo", pois é como se nos despissemos do peso da existência e a água do mar, a água de sal nos libertasse das impurezas da alma, das coisas do espírito, e nos recubrissemos de pétalas de rosas, cheiros e outros sóis.
Lindo, como sempre!
belíssimo post e espaço que você possue!
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