Transumantes de silêncios
filtram ventos
na folhagem
latidos de cães
nos mastros ancorados
temperam relâmpagos
com arremesso de pedras
aos pássaros
apascentam desertos
povoados de estrelas
legitimam os céus
Herdeiros de silencios
afloram
paletas de searas
dão de beber às fontes
às pedras esculpidas
à chuva
na boca dos amantes
Gostava de usar as palavras certas
ResponderEliminarQue dessem de beber às pedras
...mas teu poema o consegue!
Gostava de ter engenho e arte para comentar os seus poemas. Infelizmente não tenho. Assim limito-me a senti-lo.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
rendo-me à tua sapiência, Eufrázio
ResponderEliminarum abraço.
Algo de muito profundo e forte se sente, ao ler este poema.
ResponderEliminarBjs
Toda a fantasia e loucura,à chuva na boca dos amantes.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
No silêncio dos amantes é possível sentir-se, "ler-se" tudo...
ResponderEliminarAbracinho meu
ResponderEliminarO título, por si só, já é um poema, belo e inteiro...
Abraços,
ResponderEliminarMar Arável
O título deste poema 'Chuva na boca dos amantes' e o primeiro verso 'Transumantes de silêncio' já são de si, motivos suficientes para nos quedarmos aqui enamorados das suas palavras. E nesta transumância poética acredito que até as estátuas ganharão vida.
Abraço
Olinda
Porque até as pedras têm sede de amor.
ResponderEliminarAbraço
Muito belo e cheio de caminhos...
ResponderEliminar
ResponderEliminarUm sabor amargo serpenteia, silencioso, por entre as estrofes.
Senti-o.
Lídia
Cada palavra uma imagem! Maravilhoso!
ResponderEliminarGostei da comunhão da escultura com o poema.
ResponderEliminarBeijinho. :)
Adorei tua poesia. Fico.
ResponderEliminarUm grande bj
Denso
ResponderEliminaralguns mistérios
que tento desvendar
Belo, belo!
Abraço, poeta!
poema envolvente - como a chuva na boca dos amantes...
ResponderEliminarabraço, meu caro Amigo
Bem esbelto, este seu poema!
ResponderEliminarSaudações poéticas!
Eros despertando Psique com um beijo de amor, tudo aqui recende poesia, da imagem, ao título, passando pelas metáforas do poema, mas ,gostei sobretudo, da imagem que fizeste brotar de mim, nessa estrofe do seu poema:
ResponderEliminar"Herdeiros de silêncios
afloram
paletas de searas
dão de beber às fontes
às pedras esculpidas", ninguém morre de sede quando bebe a sua poesia, Eufrázio, ninguém!
Beijo!
Salvam-se as pedras...
ResponderEliminarOuço a chuva...em silêncio...
ResponderEliminarDeixo um beijo
Sónia
latidos de cães
ResponderEliminara cortar o silêncio e a chuva a cruzar as pedras do mar
os amantes
um abraço
Gosto dos seus poemas, possui sem dúvida sensibilidade poética. Também tenho alguma poesia à espera de "sair do armário. Talvez um dia...Beijo de amizade e obrigado. leonor
ResponderEliminar