«A cidade é um chão de palavras pisadas a palavra criança a palavra segredo. A cidade é um céu de palavras paradas a palavra distância e a palavra medo.
A cidade é um saco um pulmão que respira pela palavra água pela palavra brisa A cidade é um poro um corpo que transpira pela palavra sangue pela palavra ira.
A cidade tem praças de palavras abertas como estátuas mandadas apear. A cidade tem ruas de palavras desertas como jardins mandados arrancar.
A palavra sarcasmo é uma rosa rubra. A palavra silêncio é uma rosa chá. Não há céu de palavras que a cidade não cubra não há rua de sons que a palavra não corra à procura da sombra de uma luz que não há.»
Desse bairro sem espaços, onde o cantar se abafa, mora um alguem, que se atreveu a sonhar.
Onde a escrita não chega, chega o cantar.
Onde o cansaço se instala e impede os dedos de escrever e a garganta de cantar, mora do outro lado do bairro alguem que te ouve mesmo mudo e te lê mesmo sem palavras.
1 Perguntas-me: e se fosse livro onde me esconderia? Respondo: no medo apenas de morrer semente depois de todas as primaveras.
2 Tento filosofar com as pedras. Desperto no grito dos meus silêncios.
3 Escrevo quase verdades. O sangue que corre por fora das veias. O corpo que soluça tantas almas. E a Terra em forma de esfera onde cabe o centro todo do meu universo.
o espaço,é uma criação humana,pois mesmo no meio da multidão,podemos estar só e com a nossa razão ter uma folha em branco sempre á mão Paula Costa (bogger fragmentos de bondade)
Pois cantemos na rua lutando.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
mas amanhã, voltas a escrever
ResponderEliminarpela hora dos pássaros.
beijo
:)
Havemos de cantar, sim, Poeta. As nossas palavras são precisas.
ResponderEliminarAbraço.
E eu digo o mesmo, metendo-me totalmente por dentro deste poema. É tempo de fazer poesia nas ruas...
ResponderEliminarBeijos
Branca
ResponderEliminar[como escrevia, salvo o erro, Maeterlinck, "a palavra é tempo, o silêncio a eternidade".]
Um imenso abraço,
Leonardo B.
No dia em que os poetas
ResponderEliminarDeixarem de escrever
Se estiverem na rua
Tudo pode acontecer
ResponderEliminar«A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.
A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.
A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.
A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.»
Ary dos Santos
Um beijo
Desse bairro sem espaços,
ResponderEliminaronde o cantar se abafa,
mora um alguem,
que se atreveu a sonhar.
Onde a escrita não chega,
chega o cantar.
Onde o cansaço se instala
e impede os dedos de escrever e a garganta de cantar,
mora do outro lado do bairro
alguem que te ouve mesmo mudo e te lê mesmo sem palavras.
Não, não escrevo por tí,
escrevo em tí.
opré
Me4smo a recusa do poeta...é poesia!
ResponderEliminarBeijos,
Só hoje, porque amanhã será um novo dia, com a sua poesia
ResponderEliminarBjs
"O pássaro que ontem cantava, já não canta. Morreu de uma flor na boca, não do espinho na garganta"
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ResponderEliminarEscreve, poeta!
Que cantarão as vozes em praças vazias de poemas?
Um abraço, Eufrázio.
"Canta, canta amigo canta, vem canatar a nossa canção..."
ResponderEliminarNos próximos dias continuará a não haver, mas espero que volte a cantar...
ResponderEliminarEm homenagem a Sebastião Alba:
ResponderEliminarhttp://fragmentosdebondade.blogspot.pt/2012/02/intifada.html
Cantemos a revolta!
ResponderEliminarAbraço
Posso não cantar, mas no sábado vou para a rua gritar bem alto!
ResponderEliminarbeijinho e uma flor
O silêncio é canto estrangulado. E neste interdito a poesia foi escrita!
ResponderEliminarOs silêncios também falam e dizem tanto!!!!
ResponderEliminarBeijinho
Filipe,
ResponderEliminarnão faça isso.
MariaJB
Escreveste sem escrever. E bem!
ResponderEliminarOnde não há o canto o silêncio grita.
ResponderEliminarPoesia nem precisa de muita escrita.
Os silêncios também falam e dizem tanto...
ResponderEliminarBeijinho
Só um cantro de raiva imenso...
ResponderEliminarQue os gritos rasguem o silêncio, com todas as vozes unidas...
ResponderEliminarBeijo
Sónia
não escreverei nem mais uma linha, não cantarei nem mais um verso... mas alguém vai ter de me ouvir gritar!...
ResponderEliminarUm abraço em verso ins-crito
Há sempre espaço para cantar, porque a cantiga pode ser uma arma... :)
ResponderEliminarUm forte abraço!
a poesia também é arma, como tu bem sabes.
ResponderEliminarhá que trazer a poesia à rua. novamente ...
abraço, meu caro Eufrázio,
Silenciemos então, poeta... também o silêncio pode ser um Grito.
ResponderEliminarabraço
cvb
Três poemas em forma de mim...
ResponderEliminar1
Perguntas-me:
e se fosse livro
onde me esconderia?
Respondo:
no medo apenas
de morrer semente
depois de todas as primaveras.
2
Tento filosofar
com as pedras.
Desperto no grito
dos meus silêncios.
3
Escrevo quase verdades.
O sangue que corre
por fora das veias.
O corpo que soluça
tantas almas.
E a Terra em forma de esfera
onde cabe o centro todo
do meu universo.
Maria José Meireles
É preciso que o canto dos poetas não se silencie.
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ResponderEliminar...nem para sorrir...
Saudades
de mim
do cão
dos passaros
das pedras
do mar
das dunas no deserto
do ninho
do casal de andorinas
dos afectos
saudades
...
princesa
Ouço o teu silêncio.
ResponderEliminarabs
o espaço,é uma criação humana,pois mesmo no meio da multidão,podemos estar só e com a nossa razão ter uma folha em branco sempre á mão
ResponderEliminarPaula Costa (bogger fragmentos de bondade)
mesmo no meio da multidão á um espaço,para a solidão,em que uma folha em branco está sempre á mão
ResponderEliminarPaula Costa (blogger fragmentos de bondade)