quarta-feira, 12 de setembro de 2012

NÃO HÁ ESPAÇO PARA CANTAR




 
 
Hoje não escrevo
alguém
escreva por mim
 
Neste bairro
não há espaço
para cantar
 
  

 

35 comentários:

  1. Havemos de cantar, sim, Poeta. As nossas palavras são precisas.
    Abraço.

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  2. E eu digo o mesmo, metendo-me totalmente por dentro deste poema. É tempo de fazer poesia nas ruas...

    Beijos
    Branca

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  3. [como escrevia, salvo o erro, Maeterlinck, "a palavra é tempo, o silêncio a eternidade".]

    Um imenso abraço,

    Leonardo B.

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  4. No dia em que os poetas
    Deixarem de escrever
    Se estiverem na rua
    Tudo pode acontecer

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  5. «A cidade é um chão de palavras pisadas
    a palavra criança a palavra segredo.
    A cidade é um céu de palavras paradas
    a palavra distância e a palavra medo.

    A cidade é um saco um pulmão que respira
    pela palavra água pela palavra brisa
    A cidade é um poro um corpo que transpira
    pela palavra sangue pela palavra ira.

    A cidade tem praças de palavras abertas
    como estátuas mandadas apear.
    A cidade tem ruas de palavras desertas
    como jardins mandados arrancar.

    A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
    A palavra silêncio é uma rosa chá.
    Não há céu de palavras que a cidade não cubra
    não há rua de sons que a palavra não corra
    à procura da sombra de uma luz que não há.»

    Ary dos Santos

    Um beijo

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  6. Desse bairro sem espaços,
    onde o cantar se abafa,
    mora um alguem,
    que se atreveu a sonhar.

    Onde a escrita não chega,
    chega o cantar.

    Onde o cansaço se instala
    e impede os dedos de escrever e a garganta de cantar,
    mora do outro lado do bairro
    alguem que te ouve mesmo mudo e te lê mesmo sem palavras.

    Não, não escrevo por tí,
    escrevo em tí.

    opré

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  7. Só hoje, porque amanhã será um novo dia, com a sua poesia

    Bjs

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  8. "O pássaro que ontem cantava, já não canta. Morreu de uma flor na boca, não do espinho na garganta"

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  9. Escreve, poeta!
    Que cantarão as vozes em praças vazias de poemas?

    Um abraço, Eufrázio.

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  10. "Canta, canta amigo canta, vem canatar a nossa canção..."

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  11. Nos próximos dias continuará a não haver, mas espero que volte a cantar...

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  12. Em homenagem a Sebastião Alba:
    http://fragmentosdebondade.blogspot.pt/2012/02/intifada.html

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  13. Posso não cantar, mas no sábado vou para a rua gritar bem alto!

    beijinho e uma flor

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  14. O silêncio é canto estrangulado. E neste interdito a poesia foi escrita!

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  15. Os silêncios também falam e dizem tanto!!!!
    Beijinho

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  16. Onde não há o canto o silêncio grita.
    Poesia nem precisa de muita escrita.

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  17. Os silêncios também falam e dizem tanto...
    Beijinho

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  18. Que os gritos rasguem o silêncio, com todas as vozes unidas...

    Beijo
    Sónia

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  19. não escreverei nem mais uma linha, não cantarei nem mais um verso... mas alguém vai ter de me ouvir gritar!...
    Um abraço em verso ins-crito

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  20. Há sempre espaço para cantar, porque a cantiga pode ser uma arma... :)
    Um forte abraço!

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  21. a poesia também é arma, como tu bem sabes.

    há que trazer a poesia à rua. novamente ...

    abraço, meu caro Eufrázio,

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  22. Silenciemos então, poeta... também o silêncio pode ser um Grito.

    abraço
    cvb

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  23. Três poemas em forma de mim...

    1
    Perguntas-me:
    e se fosse livro
    onde me esconderia?
    Respondo:
    no medo apenas
    de morrer semente
    depois de todas as primaveras.

    2
    Tento filosofar
    com as pedras.
    Desperto no grito
    dos meus silêncios.

    3
    Escrevo quase verdades.
    O sangue que corre
    por fora das veias.
    O corpo que soluça
    tantas almas.
    E a Terra em forma de esfera
    onde cabe o centro todo
    do meu universo.

    Maria José Meireles

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  24. É preciso que o canto dos poetas não se silencie.

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  25. ...nem para sorrir...

    Saudades
    de mim
    do cão
    dos passaros
    das pedras
    do mar
    das dunas no deserto
    do ninho
    do casal de andorinas
    dos afectos
    saudades
    ...

    princesa

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  26. o espaço,é uma criação humana,pois mesmo no meio da multidão,podemos estar só e com a nossa razão ter uma folha em branco sempre á mão
    Paula Costa (bogger fragmentos de bondade)

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  27. mesmo no meio da multidão á um espaço,para a solidão,em que uma folha em branco está sempre á mão
    Paula Costa (blogger fragmentos de bondade)

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