Malhoa
Neste mar de searas
a espumar sede
na boca das sementes
procuro um relâmpago
para incender a noite
com um grito
despertar as estrelas
que dormem no chão
Esta terra precisa
ser fecundada às mãos cheias
no mais íntimo da pele
rasgar em pleno voo
os seus anjos preferidos
poisar nos galhos
contra os medos
dessedentar um grão de areia
e subir aos mastros
Neste mar de searas
e ventos mínimos
as uvas vindimadas nas escarpas
ainda hoje sangram
aos pés do povo
servem à mesa
o vinho dos amantes
Incendiar a noite e fecundar às mãos cheias.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Belo!
ResponderEliminarBjs
como um grãozinho na asa
ResponderEliminaresta terra precisa de sulcos amantes
um abraço
"Esta terra precisa ser fecundada às mãos cheias"... sim, tens razão, tens toda a razão. Belo poema, como sempre!
ResponderEliminar...e é tanto, o que esta terra precisa!
ResponderEliminarBeijo
Sónia
ResponderEliminarÉ preciso trincar o bago, sorver o suco agridoce e mergulhar as mãos na terra, antes que nos transformemos num desero de sementeiras.
Um abraço Eufrázio. A sua poesia, sempre a ser mastro e vela neste céu tão encoberto.
Obrigada!!
É preciso vindimar e beber antes que as pragas nos consumam. Muito bonito poema!
ResponderEliminarPoesia que arde na embriaguez das palavras.
ResponderEliminarBelíssimo!
Abraço
Engraçado, que esta belíssima tela apareceu hoje também num outro blogue que visito.
ResponderEliminarO poema é lindo.
Um abraço
E onde fica esse mar de searas que tanta falta nos faz?
ResponderEliminarAbraço
A terra precisa mas nós também!
ResponderEliminarAbraço
Tão forte Eufrázio!
ResponderEliminarJá li duas vezes sem conseguir comentar.
Vou pela Maria João, que anda muito inspirada nas suas observações, ao contrário de mim que estou mais em fase de sentir em silêncio a beleza das coisas.
E a sua poesia é sempre tão bela!
Beijos
Branca
De pensar que tudo isso apenas em uma taça.
ResponderEliminarbjs
Mar Arável,
ResponderEliminarPungente e necessário este poema, nos dias que correm.
Grata pela beleza da escrita e da tela!
Beijinho.
rasgar em pleno voo
ResponderEliminaros seus anjos preferidos
Belo poema!
Beijos,
Um poema empolgado e empolgante... em que o deixarmo-nos contagiar vale mesmo a pena.
ResponderEliminarUm grande abraço,
Poeta
ResponderEliminarUm grito por todos nós e que deveria ser escrito nas paredes deste cansado Portugal.
Um beijinho
Sonhadora
Saudades muitas, amigo!
ResponderEliminarBeijuuuuuuu
Desses anjos precisamos nós e afastar os diabos ue das nossas cearas!
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Belo e de leitura em baixa voz...
ResponderEliminarAbracinho meu...
"Esta terra precisa
ResponderEliminarser fecundada às mãos cheias..."
Levo comigo este sopro de ar fresco.
Lídia
Seara de palavras incendiadas !
ResponderEliminarUm poema que sangra.
ResponderEliminarabs
Que a paixão sempre vença os medos, que acordem as estrelas, e que ao sangrarem, vinhos, nos pés do povo, despertem para outras lutas, além do pleno voo dos anjos preferidos...
ResponderEliminarum poema que é um grito
ResponderEliminar(não dos amantes)
beijinho
que a paixão rebente sempre em Setembro, a época das vindimas.
ResponderEliminarum beij
Guarde um brinde.
ResponderEliminarSoberbo « vinho dos amantes» Um poema gritantemente belo.
ResponderEliminarBeijinho amigo e uma flor.
É preciso continuar a semear...
ResponderEliminarBelíssimo!
ResponderEliminarÉ mesmo isso: "Esta terra precisa
ser fecundada às mãos cheias "
Beijinho