Celebro no mais íntimo da pele
a exuberância aprumada
da árvore ao fundo
quando acorda a cantar
e adormece com os pássaros
no outro lado do cais
quando desponta no deserto
esculpe grãos de areia com rosto
e se levanta nas dunas
contra o vento
Celebro os contornos da luz
as esquinas e os becos
no rasgo lúcido de um traço
quando se desnudam na tela
espaços em branco
mãos vertebradas por todo o corpo
frutos silvestres
folhas persistentes
a vasta sede
Celebramos a dança perdida dos sonhos no esvoaçar caduco de uma folha de cada dia...
ResponderEliminarLindo poema!
Bj.
Sem mais palavras
ResponderEliminarCelebro o (teu) poema
Celebração da sede.
ResponderEliminar"Celebro os contornos da luz
ResponderEliminaras esquinas e os becos
no rasgo lúcido de um traço"
destaco mas realça ainda mais em toda esta celebração.
a celebrar infinitos, o seu poema.
ResponderEliminarbelíssimo.
abraço daqui
Mel
"...a exuberância aprumada da árvore...quando desponta no deserto...e se levanta nas dunas contra o vento...contornos da luz...".
ResponderEliminarEstá lá tudo.
Um abraço,
mário
Haverá sempre palavras enquanto a poesia nos for esta persistência.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio
Apesar de todas as contrariedades, ainda e sempre um hino (muito belo, por sinal) à vida.
ResponderEliminarAbraço
Mar Arável,
ResponderEliminarA árvore ao fundo está sempre ali à espera dos contornos suaves do lápis e das palavras gravadas em forma de poema! :)
E eu também celebro o seu poema.Belíssimo!
ResponderEliminarBeijos
Eufrázio
ResponderEliminarCelebramos a árvore que se levanta nas dunas, mesmo encontrando todas as contrariedades que virão.
Beijo
Celebras muito bem!
ResponderEliminar(E depois, quando se está triste, há as árvores de folha caduca...)
Celebremos a natureza... o nosso último espaço de liberdade!
ResponderEliminarCelebra a árvore da vida, na vida da árvore.
ResponderEliminarAbraço
Quando a sede é vasta só a poesia a consegue saciar.
ResponderEliminarCom certeza, a árvore celebra junto - somos todos da mesma natureza - e, nesse momento, a palavra, a poesia, nos faz um.
ResponderEliminarRespirar a vida nas palavras (tuas)!
ResponderEliminarabraço
É incrível como a natureza é fêmea...
ResponderEliminarA sede de palavras construindo e reconstruindo poemas. O teu comentário transformou-se, em parte,em verso final do meu novo poema. Agradeço e peço licença!
ResponderEliminarCelebrando a vida!
ResponderEliminarMagnifica celebração, esta, à natureza e sua luz em nós.
ResponderEliminarCelebremos em suas palavras...
um abraço
oa.s
Perfeito enlace entre a natureza e o amor.
ResponderEliminarbeijinhos
lindo
ResponderEliminarBjinhos
Paula
há árvores assim - que se aprumam. como Hino...
ResponderEliminar... e Poetas que as conhecem de cor.
admirável Poema.
abraço, meu amigo.
Celebrar é o verbo aceso nos becos e contornos da alma do poeta.
ResponderEliminarL.B.
As formas, aqui, expressas ainda me surpreende...
Celebrar a vida... a cada dia.
ResponderEliminarQue celebres sempre os contornos da luz e da alegria!
ResponderEliminarUm abraço
Felizmente já desapareceu a mensagem de blogue malicioso que andava por aqui há cerca de uma semana.
ResponderEliminarAbraço
LINO
ResponderEliminarEu a prepara-me para a manif de sábado
sem me aperceber de um vírus em casa
Fui alertado
Agora só falta uma grande participação
contra os vírus
que nos desgovernam
O poema é belíssimo, sempre a excelência e a arte de transpor mundos para a poesia e de nos deixar mensagens infinitas nas palavras e nas entrelinhas, que se leem e sentem em silêncio, muitas vezes incomentáveis.
ResponderEliminarTenho andado desde o primeiro momento deste poema para passar por cá, vencida pelo cansaço distraí-me, ausentei-me, mas cheguei a tempo felizmente de não ver vírus maliciosos e dizer sim à "participação
contra os vírus
que nos desgovernam", o que também é poesia, na rua.
Beijos
Branca
Celebremos,sim, sob pena das sombras ofuscarem a luz.
ResponderEliminare com contornos de luz celebrados se constroi um poema.
ResponderEliminarbeij
Não sei se conseguiu encontrar o meu comentário porque ontem à noite tudo que escrevia e publicava desaparecia a seguir.
ResponderEliminarPois bem, aqui fica uma nova referência a este belíssimo poema, que só consegui sentir, mas difícilmente sei comentar porque todo ele é a celebração da vida que se diz mais num silêncio de palavras sentidas como as tuas, que lemos como quem reza.
Tenho andado tão distraída que não tive oportunidade de encontrar vírus, mas vou consigo combater os que nos desgovernam [No Porto na Praça da Batalha onde chegarão outros concelhos e na Praça dos Leões para os residentes, para um encontro final na Avenida da Liberdade - tudo nomes sugestivis, :)]
Beijos
Branca
A celebração deve estar sempre presente nas nossas vidas.
ResponderEliminarCelebrar o que de mais belo existe, para que a memória não nos falhe.
A celebração do Amor, a celebração da vida, a celebração das Estações, a celebração daquilo que é importante para nós.
Quem não celebra, morre prematuramente. Quem não celebra a Vida e em Vida, quem acha que nada existe para celebrar, definhou-se na não existência.
Um abraço
Blue
Essa vasta sede é o cais onde aportam os teus poemas. Acho eu :)
ResponderEliminare com contornos de luz celebrados se constroi um poema.
ResponderEliminarbeij
e com contornos de luz celebrados se constroi um poema.
ResponderEliminarbeij
Emendo: Avenida dos Aliados e não da Liberdade.
ResponderEliminarPois, que nos aliemos todos.
Beijos
Essa vasta sede é o cais onde aportam os teus poemas. Acho eu :)
ResponderEliminar____________________________________
ResponderEliminarCelebremos, então!
Gostei do seu poema...
Beijos de luz e o meu carinho!
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Celebremos! Há sempre vida nas folhas persistentes.
ResponderEliminarUm abraço
Celebremos, sim, porque ainda nos restam motivos. Que nos reste também a sabedoria para os reconhecer.
ResponderEliminarUm abraço.
Estou a receber comentários
ResponderEliminarpor email
que não aparecem no blogue
Anda aqui coelho
Pois, coisas esquisitas que acontecem e o Brancamar na noite de quarta desapareceu tal como já aconteceu com outro sítio, mas depois de me explicarem que por questões de segurança e de tentativas de manobras no meu sítio me bloquearam, mudei passes e em segundos tudo voltou ao normal. Também um amigo do Brasil me avisou que ao tentar entrar no meu blog não conseguiu e enviou-me por mail a cópia do aviso que recebeu, que referia um site que constava dos meus conteúdos e que de imediato eliminei e tudo normalizou, até porque estava inactivo. Ao abrir ontem o meu painel, o que não tenho feito, pasmei porque aparecia um blog que nunca me propus seguir, uma baralhação que anda no blogger, porque afinal outros se têm queixado, mas fica o aviso.
ResponderEliminarAgora descobri que sempre que entro numa caixa de comentários uma espécie de janela de pop up me bloqueia,se me esqueço de a desligar o comentário aparece publicado, aparece na caixa de correio do destinatário, mas desaparece daqui mal eu saio, se a desbloqueio então sim o comentário fica registado. Agora nunca me esqueço de a desbloquear e vou tratar do assunto e do coelho, :))
Beijos
Celebremos, sim, porque ainda nos restam motivos. Que nos reste também a sabedoria para os reconhecer.
ResponderEliminarUm abraço.
(descobri o coelho :))
O importante é celebrar...
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Bom domingo, abraço.
belo e inteiro.
ResponderEliminarabraço,
Véu de Maya
Hoje encontrei disponibilidade para percorrero seu blog com a atenção que merece...
ResponderEliminarEscolhi este poema para deixar o comentário, apenas porque é o que mais me prende pela beleza com celebra as árvores, símbolo de vida.
Gosto de todos...! Obrigada...
Rosário