sábado, 2 de julho de 2011

A ROTA DAS AVES



Nos sapais onde nidificam
as garças
eram simples de explicar
as nossas pátrias

Ali nos despíamos
e habitávamos
horas longas

até a noite nos transportar
para outras cores
num passo de dança
por sobre as águas

Nos sapais
ao ritmo das marés
(e)ternos
até os cães uivarem nas margens

Corría-nos a maresia nas veias
cumpriamos a rota das aves



33 comentários:

  1. Hoje devo andar avariada... tudo me faz recordar uma música e neste caso das aves, não foi especificamente uma garça mas...

    I'd rather be a sparrow than a snail.
    Yes I would.
    If I could,
    I surely would.
    I'd rather be a hammer than a nail.
    Yes I would.
    If I could,
    I surely would.
    ;)

    Bjos

    ResponderEliminar
  2. Isso era há uns anos. Agora os sapais são coelheiras mal cheirosas.
    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Todos cumprimos a nossa rota... de uma forma ou de outra!

    ResponderEliminar
  4. Que bela projecção vital...Poeta.

    "corria-nos a maresia nas veias
    cumpríamos a rota das aves".

    abraço,

    véu de maya

    ResponderEliminar
  5. E nesse compasso ondulante, pelas marés a vagar assim vemos percorrer a vida, em seu caminhar.

    beijos de boa noite!


    Mariz

    ResponderEliminar
  6. Há locais com uma magia própria para namorar e outros para conspirar e os mesmos para conspirar amores.

    ResponderEliminar
  7. Nunca será fácil explicar o ritmo das marés, se nas nossas veias deixar de correr maresia.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  8. A Ilha das Garças, de Sue Monk Kidd, foi dos livros mais belos que li recentemente.
    Não pude deixar de o lembrar ao ler este seu poema igualmente belo, meu amigo.

    Um abraço daqui
    Mel

    ResponderEliminar
  9. serão sempre belos os sapais, principalmente se cantados por ti...
    (e)ternos, cumprindo a rota das aves azuis.

    beijo, Mar!

    ResponderEliminar
  10. Existem locais assim onde se cumprem destinos incertos... quais, não importa, deste que captemos a sua magia.

    ResponderEliminar
  11. Eufrázio
    Lindo!!!
    Todos nós temos um ou outro local que muito nos diz...faz parte do nosso percurso da vida.
    Beijo

    ResponderEliminar
  12. muito belo, e vamos na rota das aves ou tao somente nas nossas...

    beij

    ResponderEliminar
  13. Na rota das aves, nos sapais, ao ritmo das marés o amor faz-se...
    E ele é tudo!
    Barco, pescador
    Rede e peixe
    Mar agitado,
    Céu azul,
    Vento, maresia,
    Orvalho, sol escaldante,
    Amante!...

    Adorei o seu poema.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  14. Carinhosamente venho desejar
    uma linda semana.
    e muitos sonhos realizados.
    beijos e beijos,Evanir.

    ResponderEliminar
  15. esta rota será sempre a do encantamento.





    abraçoooooooooooooooooooooooooooooo.



    imf.

    ResponderEliminar
  16. Saudade da maresia nas veias. Saudade de me sentir no turbilhão das ondas.

    ResponderEliminar
  17. A maresia traz sempre boas recordações!

    O poema e a imagem estão muito bem interligados.
    Abraço!

    ResponderEliminar
  18. Gosto das tuas palavras, da tua forma leve de escrever.
    Beijito.

    ResponderEliminar
  19. no presente

    corre-nos a maresia nas veias
    e cumpriremos tudo

    se no canto dos poetas permanecerem as garças e os sapais e as marés e as horas

    ResponderEliminar
  20. É preciso tentar cumpri-las, essas rotas por vezes dificeis eque o poema tão bem desvenda.

    ResponderEliminar
  21. Caro Mar Arável, em momentos como este, é ingrato comentar a poesia. Melhor seria poder imprimir aqui a emoção proporcionada pela leitura.

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  22. O poeta carrega a razão: em algum momento perdemos a razoabilidade das explicações simples. Tudo é, agora, um arrazoado de complexidade, que não raras vezes transtorna a rota.
    Um abraço!

    ResponderEliminar
  23. no tempo em que os sapais eram habitados. por garças...

    ... agora a poluição tolda-(lhes) o olhar!

    abraço, caro amigo

    ResponderEliminar
  24. dias e noites sempre nos trazem cores, além de sentimentos outros que as horas não nos permitem sentir. mas aqui a emoção é a tônica de todos os momentos!

    belo poema, o que nem é novidade.

    ;)

    ResponderEliminar
  25. transportados na noite, sobre águas, dançavam ao ritmo das marés...

    como que por encanto, vindo deste poema.

    Um abraço
    oa.s

    ResponderEliminar