Talvez por excesso de sonhos
acordei-te na minha escarpa
com sussurros de Primavera
memórias vivas de praias distantes
onde nidificam marés
Sem repouso nem pressas
porque tudo deve ser lento
no teu corpo
acordei-te devagar
para voares mais alto
que as aves no apeadeiro dos mastros
Sem a paciência do vento
a esculpir pedras
nem o sangue da velha araucária
que se renova
quiseste permanecer no cais
ancorada à sombra dos barcos
Muito belo. Poeta.
ResponderEliminarabraço,
Véu de Maya
..."Sem repouso nem pressas
ResponderEliminarporque tudo deve ser lento
no teu corpo
acordei-te devagar
para voares mais alto
que as aves no apeadeiro dos mastros"
Belo poema, Eufrazio!
Voei com teu voo daqui...
Um afetuoso abraço
Marlene
ancorados ao cais
ResponderEliminarfica-se por vezes mais seguro...
Beijo meu
:))
Tema recorrente mas sempre belo e com ritmos e palavras diferentes. Gostei muito.
ResponderEliminar"porque tudo deve ser lento" quando se percorrem poemas assim. Terno.
ResponderEliminarBeijinho
Rosário
Voará,lenta e bela,quando os barcos se fizerem contra a maré.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
De uma beleza extrordinária...
ResponderEliminarPalavras leves, subtis, bem urdidas...
Caro Eufrázio
ResponderEliminarOs meus comentários são um bocado repetitivos. Especialmente quando digo que não percebo nada de poesia.
Talvez não seja bem assim. Quando leio um poema, nunca fico só por uma leitura, faço-o várias vezes. Tento por-me no lugar do poeta e perceber qual o estado de espírito do momento em que o escreveu. Mas os poetas são assim... pôem-nos a pensar.
paciente
ResponderEliminarnão é o que espera
é o que vai à frente
depois
há sempre uma hora do dia, em que nos desassombramos
muito bonito, o seu poema!
um abraço
manuela
"Porque tudo deve ser lento no teu corpo..."
ResponderEliminarSim, devagar... com vagar!
Os portugueses bem precisam de voar mais alto; para terem amanhãs têm de se inspirar nas tuas musas.
ResponderEliminarAbraço
Escolhas...
ResponderEliminarpoema de grande subtileza. Belíssimo!
Um abraço
"Talvez por excesso de sonhos..."
ResponderEliminarCaro poeta,
deixemos apenas um pé na terra, e sonhemos sempre, na procura do infinito.
Lindo seu poema!
Saudações
"Os sussurros de primavera"... a mais bela melodia da natureza.
ResponderEliminarBeijo.
O excesso de realidade, quando se procura a quimera no sonho, é uma vaga gigante que se precipita sobre as recordações que flutuam no mar de todos os amares; como se um momento único houvesse sido parado no tempo, congelado a memória que vai aquecendo o poiso de embarque dos cais!... Vezes há em que se deseja a partida e a libertação da memória, todavia, os barcos estão ancorados a uma profunda tatuagem no coração!... Como uma sombra inseparável da Luz…
ResponderEliminarAbraço
Eu cá fiquei ancorada a estas palavras.
ResponderEliminarO tempo certo para o amor, para o voo, para a esperança de nova viagem. Muito bonito, Eufrázio. Como sempre.
ResponderEliminarBeijo.
Permanecer onde se sente confortável e segura.
ResponderEliminarBelo e expressivo!
ResponderEliminarO cais é sempre um porto seguro... mas há que voar.
:)
São os sonhos que dão sentido à vida.
ResponderEliminarQue seriamos se "descarnados de sonhos"?
Belíssimo, estimado amigo.
Abraço daqui extensivo aos camaradas de quatro patas.
Mel
A sombra dos barcos está esculpida nos cais onde sussurram Primaveras...
ResponderEliminarDeixei-lhe um presente no (IN)Cultura.
ResponderEliminarancorada no cais
ResponderEliminardas palavras
subtis
beij
Convém ser devagar, com gentileza, porque haverá tempo para ondas gigantes ...
ResponderEliminarvoei com o teu sopro, lá do meu canto e, "devagarmente", amarei neste chão de mar que é teu a beber-te a beleza das palavras incomparáveis à sombra dos teus barcos :)
ResponderEliminarbeijo.
Nunca sei como comentar as tuas palavras poéticas! Apenas, gostar. Muito.
ResponderEliminarBeijo de boa noite
Muy pero muy bello!!!
ResponderEliminarTe felicito.
Mi abrazo para ti.
mar
Muito bom esse poema, navegando perfeitamente com a imagem.
ResponderEliminarQuerido amigo,
ResponderEliminarMuito belo e de uma leveza singela, ficar ancorada à sombra dos mastros onde o amor está mais presente...adorei!
mil beijos!
Num tempo em que não se limitam a roubar-nos os sonhos de hoje mas também os de amanhã e do futuro próximo, o "excesso de sonhos" é quase obrigatório para quem quiser a sobrevivência da alma... mas é tarefa dura... uma sorte, para quem tem ADN de poeta ;)
ResponderEliminarBjos
De uma admirável beleza!
ResponderEliminarOlá! :)
ResponderEliminarHoje passo para te desejar um bom fim de semana.
Beijito.
Pode, tantas e tantas vezes, ser mais seguro voar, partindo do cais. Ali, sabemos que os barcos vêm e voltam, ao ritmo lento das marés, mesmo que carregados de sombra.
ResponderEliminarUm abraço sempre grato, pelos momentos privilegiados de boa poesia.
Como sempre um belíssimo poema, que gostei de ler.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
MARÇO
para mim, MARÇO é um mês que significa muito na minha vida; tantas coisas têm acontecido nos MARÇOS da minha existência.
Hoje estou numa de recordações. Houve tempos em que queria esquecer a fase final do meu KALINKA, mas agora já aceito, porque eu mudei e fui à procura de uma nova vida.
SIM, com a ajuda daquela pessoa que tudo fez para que eu tivesse um blogue, a minha sobrinha TÂNIA, que partiu deste Mundo, há quase 2 anos - vai fazer domingo - dia 27 que a princesa nos deixou.
Era um SER ESPECIAL e DEUS quer junto d'Ele todos os seres especiais.
Daí que eu esteja numa fase de introspecção neste fim de semana, pois a TÂNIA faz-me muita falta, mesmo muita.
Com ela partilhava tudo!
Estou aqui a recordar o início do blog "KALINKA"
20 de Março de 2005 – Início de uma nova vida!
HÁ 6 ANOS QUE FAÇO PARTE DA BLOGOSFERA.
"Deabrilemdiante" festeja a existência de 30.000 visitantes, é uma espécie de continuação do Kalinka.
Não sei como vir aqui sem me perder do dia, das horas, da minha pele...quando volto a mim, sou um bichinho zarolho e naufrago morrendo de sede num mar arável por demais!
ResponderEliminarCaro POETA Eufrázio;
ResponderEliminarMais uma poema de enorme qualidade literária.
Gostei imenso.
Parabéns.
Um forte abraço.
Ah, os versos! qão bom são quando lidos na sorvencia dos seus sabores...ou na leveza das suas texturas.
ResponderEliminarBelo poema!
Beijos,
Genny
Um belíssimo poema. Aqui, e por ele, fiquei ancorada.
ResponderEliminarBem-hajas!
Abraço fraterno
São estas leituras, estes poemas e estes sonhos que têm que nos alimentar a alma para podermos sobreviver.
ResponderEliminarLindo, lindo!
Bjos
A claridade emerge das metáforas como um luar de Agosto.
ResponderEliminarPara viajar nas palavras.
L.B.
Nem sempre o voo se afigura vantajoso. Por vezes apetece o abrigo de um porto seguro.
ResponderEliminarUm abraço.
O cais, por vezes, nem sequer é o lugar mais seguro (que o digam, por exemplo, os barcos que estavam nos portos aquando do tsunami japonês...), mas o instinto de defesa chega a ser mais forte que o chamamento do voo...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei.
belas as mulheres que permancem - como Sibila ou Penélope - para bálsamo de viajantes ... e poetas!
ResponderEliminarinsuperável. sempre.
abraço, meu amigo.
Deve ser bom repousar do mar à sombra dos barcos.
ResponderEliminarUm abraço de admiração, sempre
"acordei-te devagar
ResponderEliminarpara voares mais alto
que as aves no apeadeiro dos mastros" Uma beleza que diz tudo...
Beijos.
"acordei-te devagar
ResponderEliminarpara voares mais alto
que as aves no apeadeiro dos mastros"
Em gesto abusivo, (ou não)
acho que vou dar destaque
a estes versos
em qualquer parte
_________________
Venho aqui frequentemente.
Leio e releio e, quando comento,
faço-o porque algo mexeu comigo, por dentro.
Dou uma explicação para o que faço, porque o faço e
gostava que comentasse o efeito provocado
voltei...
ResponderEliminarpara dizer-te de como é linda esta estrofe:
"acordei-te devagar
para voares mais alto
que as aves no apeadeiro dos mastros"
beijo:)
à sombra mantem-se mistério
ResponderEliminarA imagem que em mim fica é de aproximação. Sim. O poema nos aproxima dele, dá-nos tranquilidade e segurança para irmos mais perto e além. Um passeio à beira de sentimentos suaves, perenes.
ResponderEliminarNa contramão da pressa e da falta de tempo da pós-modernidade, tu traze-nos um poema que conta um desejo (e uma história) construído(a), pelo conhecimento, pelo vagar, e não uma simples momento de passagem. E repleto de liberdade!
...e lá permanecerei!...
ResponderEliminarassistirei aos teus êxitos
aplaudirei de pé...
Saberei esperar
pela renovação
nem que seja
numa primavera distante!
Contemplarei
pacientemente
a tua subida
ao mais alto dos mastros
até que as marés nidifiquem!...
princesa
Está visto, vou ter que passar por cá assiduamente...
ResponderEliminarLindo, lindo!