segunda-feira, 28 de março de 2011

SILÊNCIO VÃO CANTAR OS PÁSSAROS



Após o recolhimento dos belos relâmpagos

algo rebentou em flor

a partir do chão


Organizados para assistir ao parto

das glicínias

regressaram em bandos

com asas de fogo

povoaram o deserto de cores

mas só tu pousaste

na minha mão preferida

Agora já não sei

como voar nas palavras

que sempre desejei

mais leves que as cinzas

Abri as janelas da casa

e ordenei aos cães

Silêncio

vão cantar os pássaros

36 comentários:

  1. Bom demais ouvir o cantar dos pássaros,..ao eco do silêncio

    Tenhas um final de tarde regado de muito amor

    Preciosa Maria

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  2. Continuas a voar nas palavras.
    Belíssimas!

    Beijo.

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  3. Lindo...
    Não ousarei interpretar além da beleza e sensibilidade que senti em cada verso.

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  4. Após as tempestades - internas e externas - vem sempre a bonança e os frutos da transformação chegam também. Quem sabe a luz dos relâmpagos, iluminou o chão de flores, para "perfumar" e compor o canto dos pássaros?

    ;)

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  5. E o canto eterniza-se como o perfume das glicínias!
    belo!
    Abraço!:)

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  6. Poeta

    Um eco no silêncio...um vôo para além das palavras...saciei-me de poesia e vou.

    Beijo
    Sonhadora

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  7. Dificil neste momento ouvir o canto dos pássaros mas os poetas ouvem-nos sempre!

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  8. Estimado amigo,
    indubitavelmente um dos traços distintivos da sua poesia é a leveza das palavras cheias de conteúdo.
    Redundante será dizer-lhe e ainda assim lho digo,
    Bem-haja

    Mel

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  9. Maravilhoso ouvir o canto dos pássaros e a voz dos poetas.
    Beijo

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  10. Vamos ouvi-los,deliciar-nos e aprender com eles.
    Um abraço,
    mário

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  11. Magnífica descrição do que se está a passar aqui no jardim:)) - posso fazer minhas as tuas palavras?

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  12. O riso da hienas não deixa ouvir o canto dos pássaros.
    Abraço

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  13. A mão que alberga o pássaro ocupa-se com preciosa e nobre tarefa.

    Um abraço em concordância absoluta com o comentário no bibliofilia. Muito obrigada.

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  14. silenciados os cães

    ficamos nós
    e o privilégio dos pássaros


    agora,
    vou pensar qual é a minha mão preferida

    um abraço

    manuela

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  15. Agora já não sei


    como voar nas palavras


    que sempre desejei

    Ah, você já sabia! Belo e belo o poema.
    Beijos,

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  16. É a Primavera que volta nas tuas palavras lindas!

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  17. Mar Arável,
    O seu sopro é sempre fresco e jovial. :)

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  18. Nesta Primavera
    eu voei com os pássaros
    quando eles
    "povoavam o deserto de cores"
    Os cães silenciaram
    quando eles cantavam
    e esvoaçavam
    por entre as glicínias
    multicolores
    Eu assisti ao concerto
    Inalei aquele ar perfumado
    ouvi o teu poema
    e parti...

    beijo

    princesa

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  19. Em silêncio "ouvi" a suavidade da Primavera...

    Bjs.

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  20. Sei superfulo
    vir dizer-lhe
    que os câes
    sempre obedeceram aos poetas

    Os pássaros cantarão

    Pode é ser longa a espera
    Nada garante que seja nesta primavera

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  21. Fico muito feliz em conhecer o seu blog... Acho que acompanhei o canto dos passaros!

    Um abraço carinhoso

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  22. Eufrázio
    vi e vou retribuir o link. Não por acaso, ou por reacção automática. Porque gostei, investiguei e sinto que vamos na mesma camioneta.
    Um abraço para começo

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  23. e os cães calaram os seus latidos, porque o Poeta ordenou.

    e os pássaros entoaram o canto do Poeta!

    beij

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  24. Não sei porque ainda não tinha cá vindo parar...
    Simplesmente adorei este poema :)

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  25. Sofre quem mora, onde os cães não se calam, nem os pássaros cantam.

    Bjos

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  26. Silêncio!
    O Eufrázio, começou a poetar e a seduzir os pássaros e eles em leveza começaram a amar...
    E os cães a uivar...
    (estou a tentar rimar, para o impressionar!)

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