publicado no "Que fizeste das nossas flores"
Um círculo de garças
Um círculo de garças
nem brancas nem esguias
adormecem nos barcos ancorados
com olhos excessivos
Nesta ilha sem vista para o mar
navegam águas improváveis
faúlhas num incêndio
de partículas sitiadas
Aqui paira o aroma da cânfora
em ressonâncias quase divinas
pousam lábios em cálices de cicuta
O mar não é sempre azul
e talvez por isso se agite
nos mapas imaginários
rasgue caminhos
para não se perderem os náufragos
Nesta ilha de bálsamos
onde os destinos se desmentem
afagamos ruínas soltamos hinos
por sobre a memória das pedras
damos voz aos silêncios
até que as garças
se tornem brancas e esguias
como flores de espuma
Bonita a imagem. Belo o poema.
ResponderEliminarConheço a sensação. Olhar uma ruína tão deslocada quanto eu.
ResponderEliminarNão há réplicas possiveis
ResponderEliminarao poema que o é
só me resta replicá-lo
se for capaz
rebocá-lo
sair daqui e levá-lo atrás
para tentar
dar
voz aos silêncios
até que as garças
se tornem brancas e esguias
como flores de espuma
Encantado com esta ilha de bálsamos,
ResponderEliminaronde as coisas ainda parecem ter o nome original...
Abraço
Eu leio a nostalgia das impossibilidades. Mas tão pequenos são os meus olhos! Talvez nem saiba ler ainda...
ResponderEliminarUm abraço
Meu querido Poeta
ResponderEliminarE eu naveguei em silêncio nas tuas palavras.
Beijo
Sonhadora
Presente
ResponderEliminare
boa noite...
:))
Caro Eufrázio;
ResponderEliminarBelo poema, onde a sensibilidade do poeta se projecta numa beleza contemplativa, que me "obrigou" a fazer uma viagem amplamente agradável.
Gostei bastante.
Um forte abraço.
Que jamais se deixe de dar voz aos silêncios.
ResponderEliminarÉ preciso emergir da espuma dos dias.
Um abraço
E podemos refugiar-nos na ilha?
ResponderEliminarAbraço
é sempre tão BOM
ResponderEliminarler aqui o homem que é.
obrigada. E.
forte ABRAÇO.
IMF.
Silêncios...
ResponderEliminarum mar
de silêncios
e flores de espuma!
Belo.
Abraço. :)
afagar ruinas e caminhar.
ResponderEliminaraté a voz do silêncio se fazer eco.
e flores de espuma enfeitem donairosas garças.
enorme Poeta. que és.
abraço
E assim termina uma viagem de flores sempre a renascer...de afectos, porque o "Que fizeste das nossas flores" é também um fruto de todos os marea percorridos, um jardim plantado nas águas, onde se agitam novos caminhos.
ResponderEliminarUm abraço
Branca
Gosto, sempre.
ResponderEliminarUm dia roubo-lhe palavras, palavra!
:)
Bjos*
Salve, poeta!
ResponderEliminarO mar, sempre o mar! Sou fascinado pelo mar, entro em delírio diante do mar.
Grande abraço.
sensivel e muito bom
ResponderEliminare daremos vozes e cantos aos silencios.
um beij
Não há destinos certos num mar nem sempre azul e cercado por uma ilha...
ResponderEliminarAbraço.
...E da espuma dos dias, da imensa capacidade criativa e da verve brotem os poemas.
ResponderEliminarQue "rasgar caminhos para não se perderem os náufragos" e "dar voz aos silêncios" não façam parte do domínio do improvável.
ResponderEliminarGostei muito da atmosfera deste poema. Como diria uma amigo: é uma grande viagem! :)
É fundamental dar voz aos silêncios e que as garças voem em círculos ao aroma das cânforas... em mapas imaginários!
ResponderEliminar"... e o mar não é sempre azul" - na flores que guardam memórias da espuma dum tempo... parabéns, pelo poema...
ResponderEliminarAbraço
Chris
Não , nem sempre o mar é azul. Por vezes é verde... e branco... e negro...
ResponderEliminarMas uma fascinante maravilha sempre.
Bom dia.
Já tinha saudades de ler estas palavras.
ResponderEliminaraté que o canto......
ResponderEliminar.... cantemos ,então!
.
um beijo
é caso para dizer que também as palavras têm uma memória de pedra. um beijinho, eufrázio*
ResponderEliminarBelíssima poesia pode ser lida neste espaço.
ResponderEliminarCongratulo-me por isso.
Um abraço
O mar tem a cor dos nossos olhos e o silêncio que o coração reclama.
ResponderEliminarBelo poema. Um beijo, amigo.
Brancas flores a esvoaçar sobre as águas...
ResponderEliminarsalpicos de espuma
um bj
Para começar, uma bonita imagem.
ResponderEliminarDepois, é mesmo preciso devolver às garças a graciosidade e a pureza.
Bjins
Todo o poema é uma paisagem. De incêndio e de espuma. Que bonito!
ResponderEliminarAbraço, Poeta.
Muito bem feita a relação
ResponderEliminarimagem - texto.
Demais seu blog.
Abrçs
João;
Tão bonito o versejar!
ResponderEliminarCertamente faria uma bela tela por pintar!
ADOREI, como sempre!
Bom fim de semana.
Bjs.
O mar permite sensações absolutas. na tua ilha...ou na tua encosta.
ResponderEliminarDeixo-te uma abraço.
Mar, peço permissão para publicar este poema nos meus "tesouros".
ResponderEliminarbeijo meu.