Os objectos movem-se
nas paredes da casa
enquanto a luz vertebrada da vela
se consome em babas de cera
porque somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho
Nas cabeleiras deste lume
ardem palavras de sonho
mas não as suas claridades
Porque somos frágeis e porque as palavras ardem.
ResponderEliminarLeio e releio o poema
ResponderEliminarMergulho nele
Reformulo seus versos
para o sentir e sinto
que somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho
Não vislumbro porque o poeta me diz ser inevitável que
ardam palavras de sonho
será por sentir intensa
a ausência das suas claridades?
Em nossa fragilidade nos consumimos como essa vela.
ResponderEliminarabs
"porque somos frágeis como o cristal
ResponderEliminare por vezes mais fortes que o seu brilho". Há quem tenha dificuldade em descobrir o seu brilho... E fica eternamente frágil.
Versos repletos de luz e sombras...assim, iluminamos nosso brilho diante da sutil penumbra de nossas fragilidades...
ResponderEliminarBeijos.
Genny
Lindíssimo!
ResponderEliminarPalavras como chamas.
Sempre que passo por aqui, leio os inéditos para meus olhos e sempre receio comentar, porque parece-me que ao fazê-lo crio um hiato, uma frequência estranha aos teus versos.
ResponderEliminarMas ao mesmo tempo se leio e sito, vejo-me em débito, por teres criado esaatmosferatão envolvente.
Obrigada, eis o que me ocorre.
Belo!
ResponderEliminarAbraço
As oposições - sombra e claridade;fragilidade e força; sonho e realidade a darem corpo a este belo poema.
ResponderEliminarUm beijo
as palavras
ResponderEliminarjazem fósseis...
(sorriso):)
"Que fizeste das nossas flores" é um livro?
é a fragilidade que mora dentro de cada um de nós...
ResponderEliminarAna
ResponderEliminarParece que sim
Disse-me a editora
Beujinhos, mar de palavras doceis...
ResponderEliminar.))
Quando as palavras são a claridade.
ResponderEliminarSomos tão frágeis e tão fortes quanto as palavras com que dizemos o sentimos. Belo poema, amigo.
ResponderEliminarUm beijo.
Não ardem as claridades. Não podem arder.
ResponderEliminarBelo, Poeta.
Os sonhos alumiam sempre.
ResponderEliminarE somos mais frágeis quando os sonhos se apagam.
Visualizei a cena:
ResponderEliminara luz da vela que faz mover os objectos.
E sonhei palavras
mas o brilho das tuas era mais forte.
Bjos
lindissimo
ResponderEliminarBeijos
Paula
... e quando as palavras ardem...
ResponderEliminarBeijo
As palavras tem esse dom..esse verso e reverso de se clarearem
ResponderEliminar"porque somos frágeis como o cristal
ResponderEliminare por vezes mais fortes que o seu brilho"
Ameiiiiiiiiiiii
:)))
Como nós, a vela quereria sonhar não consumir-se, ser claridade(s)!
ResponderEliminarAbraço
....e mais não somos do que resistentes cotos de velas.......
ResponderEliminar.....todavia
enquanto tal!
.
um beijo
Felizmente há 'claridades' perenes, que nunca se extinguem.
ResponderEliminarGenial, mesmo! Poesia que faz arder a alma!
ResponderEliminarE eu quero saber desse livro.
Sem falsos elogios, todos sabem que não fico com todos os livros, são caros,:)) e ando com falta de inspiração, preciso de mestres... :))
Beijos
Branca
Parabéns!
ResponderEliminarVou procurar este livro. Vai surpreender-me como sempre que entro aqui.
Flores
uma aqui
outra ali
aqui...
:)
Frágeis... sem dúvida!
ResponderEliminarMesmo dentro de todas as claridades.
Um beijinho
Todo tiene su principio, todo tiene su final, pero en energía el amor y la paz son eternos.
ResponderEliminarBesos para ti.
mar
Eufrázio, meu bom amigo,
ResponderEliminarde uma vida, ficam, as paredes da casa, desabitadas. E as obras dos homens, perpetuadas em claridades que, de estradas feitas, farão mais livres, mais largas, e mais claras outras estradas.
Assim, sempre,inconfundíveis, as suas palavras que sei residem espelhadas límpidas, no fundo de duas lagoas de um mar maior.
Bem-haja.
(E este era um livro que eu tanto gostava de ter... )
Abraço, grata.
Mel
O que me maravilha e espanta na natureza humana é esta bipolaridade de estados: a fragilidade e a resiliência de que somos feitos, considerando sempre os vários matizes entre os dois pólos, que compõem a diversidade que também nos é intrínseca.
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
Claras palavras na cera do sentir.
ResponderEliminarBelo!
ResponderEliminarUm jogo de luz e de sombra muito bem recriado.
Um abraço
e quando a luz arde sem chama?...
ResponderEliminarMagnífico
Olá,
ResponderEliminarmuito bonito!Palavras soltas e cheias de claridade.
Grata pelas visitas!;0)
Um beijo e bom fim de semana*
Estou encantada com sua escrita...
ResponderEliminarTens o dom divino de um poeta..
Parabéns, tenhas sempre o branco do cristal e a dureza de um diamante....
Te sigo com carinho, se permites estarei sempre passeando nesse espaço de ternura...
Abraços.
Preciosa Maria
Belíssima construção poética: no chiaroescuro se tecem com palavras em chama a nossa comunial fragilidade.
ResponderEliminargrato pela partilha,
luís filipe pereira
poema belíssimo.em timbre de cristal.
ResponderEliminarvibrante e nitido. como a chama das bandeiras. rubras...
abraços, Poeta
Estou de regresso e sem dúvida que "porque somos frágeis como o cristal" os nossos movimentos, atitudes, têm de ser concretizados com o brilho da luz, mesmo que seja necessário atravessar as sombras.
ResponderEliminarAbraço!
Estarei sempre navegando em seu mar.
ResponderEliminarEspero tbm que me sigas, pois assim não perdemos o contato dos poemas que saem da alma...
Ótima semana para tí e para os seus
Fiquei muito feliz com sua visita em meu blog...
Preciosa Maria
Os seus poemas
ResponderEliminarsão como que
oásis no deserto
Belos, deliciosos...
necessários
a quem procura
algum conforto
ou mesmo um abrigo
no indizível
"...ardem palavras de sonho..."
mas nunca
os sonhos sentidos
perto das cabeleiras
desse lume!!!...
princesa
a seda das palavras é um tecido apetecível ao olhar... beijinhos*
ResponderEliminarassim vou (des)tecendo o poema em claridades que se me ofuscam
ResponderEliminar.
um beijo
que façamos das fraquezas forças. Abraço
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