terça-feira, 14 de setembro de 2010

CLARIDADES

publicado no "Que fizeste das nossas flores"



Os objectos movem-se
nas paredes da casa
enquanto a luz vertebrada da vela
se consome em babas de cera

porque somos frágeis como o cristal
e por vezes mais fortes que o seu brilho

Nas cabeleiras deste lume
ardem palavras de sonho

mas não as suas claridades

44 comentários:

  1. Leio e releio o poema
    Mergulho nele
    Reformulo seus versos
    para o sentir e sinto
    que somos frágeis como o cristal
    e por vezes mais fortes que o seu brilho

    Não vislumbro porque o poeta me diz ser inevitável que
    ardam palavras de sonho

    será por sentir intensa
    a ausência das suas claridades?

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  2. Em nossa fragilidade nos consumimos como essa vela.

    abs

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  3. "porque somos frágeis como o cristal
    e por vezes mais fortes que o seu brilho". Há quem tenha dificuldade em descobrir o seu brilho... E fica eternamente frágil.

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  4. Versos repletos de luz e sombras...assim, iluminamos nosso brilho diante da sutil penumbra de nossas fragilidades...
    Beijos.
    Genny

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  5. Sempre que passo por aqui, leio os inéditos para meus olhos e sempre receio comentar, porque parece-me que ao fazê-lo crio um hiato, uma frequência estranha aos teus versos.
    Mas ao mesmo tempo se leio e sito, vejo-me em débito, por teres criado esaatmosferatão envolvente.
    Obrigada, eis o que me ocorre.

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  6. As oposições - sombra e claridade;fragilidade e força; sonho e realidade a darem corpo a este belo poema.


    Um beijo

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  7. as palavras
    jazem fósseis...

    (sorriso):)

    "Que fizeste das nossas flores" é um livro?

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  8. é a fragilidade que mora dentro de cada um de nós...

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  9. Somos tão frágeis e tão fortes quanto as palavras com que dizemos o sentimos. Belo poema, amigo.
    Um beijo.

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  10. Os sonhos alumiam sempre.

    E somos mais frágeis quando os sonhos se apagam.

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  11. Visualizei a cena:
    a luz da vela que faz mover os objectos.
    E sonhei palavras
    mas o brilho das tuas era mais forte.

    Bjos

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  12. As palavras tem esse dom..esse verso e reverso de se clarearem

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  13. "porque somos frágeis como o cristal
    e por vezes mais fortes que o seu brilho"

    Ameiiiiiiiiiiii

    :)))

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  14. Como nós, a vela quereria sonhar não consumir-se, ser claridade(s)!
    Abraço

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  15. ....e mais não somos do que resistentes cotos de velas.......


    .....todavia
    enquanto tal!

    .
    um beijo

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  16. Felizmente há 'claridades' perenes, que nunca se extinguem.

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  17. Genial, mesmo! Poesia que faz arder a alma!
    E eu quero saber desse livro.
    Sem falsos elogios, todos sabem que não fico com todos os livros, são caros,:)) e ando com falta de inspiração, preciso de mestres... :))

    Beijos
    Branca

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  18. Parabéns!
    Vou procurar este livro. Vai surpreender-me como sempre que entro aqui.

    Flores
    uma aqui
    outra ali
    aqui...


    :)

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  19. Frágeis... sem dúvida!
    Mesmo dentro de todas as claridades.

    Um beijinho

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  20. Todo tiene su principio, todo tiene su final, pero en energía el amor y la paz son eternos.
    Besos para ti.
    mar

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  21. Eufrázio, meu bom amigo,
    de uma vida, ficam, as paredes da casa, desabitadas. E as obras dos homens, perpetuadas em claridades que, de estradas feitas, farão mais livres, mais largas, e mais claras outras estradas.
    Assim, sempre,inconfundíveis, as suas palavras que sei residem espelhadas límpidas, no fundo de duas lagoas de um mar maior.

    Bem-haja.
    (E este era um livro que eu tanto gostava de ter... )

    Abraço, grata.
    Mel

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  22. O que me maravilha e espanta na natureza humana é esta bipolaridade de estados: a fragilidade e a resiliência de que somos feitos, considerando sempre os vários matizes entre os dois pólos, que compõem a diversidade que também nos é intrínseca.

    Bom fim-de-semana!

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  23. Belo!

    Um jogo de luz e de sombra muito bem recriado.

    Um abraço

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  24. Olá,

    muito bonito!Palavras soltas e cheias de claridade.

    Grata pelas visitas!;0)

    Um beijo e bom fim de semana*

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  25. Estou encantada com sua escrita...
    Tens o dom divino de um poeta..
    Parabéns, tenhas sempre o branco do cristal e a dureza de um diamante....
    Te sigo com carinho, se permites estarei sempre passeando nesse espaço de ternura...
    Abraços.
    Preciosa Maria

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  26. Belíssima construção poética: no chiaroescuro se tecem com palavras em chama a nossa comunial fragilidade.
    grato pela partilha,
    luís filipe pereira

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  27. poema belíssimo.em timbre de cristal.

    vibrante e nitido. como a chama das bandeiras. rubras...

    abraços, Poeta

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  28. Estou de regresso e sem dúvida que "porque somos frágeis como o cristal" os nossos movimentos, atitudes, têm de ser concretizados com o brilho da luz, mesmo que seja necessário atravessar as sombras.

    Abraço!

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  29. Estarei sempre navegando em seu mar.
    Espero tbm que me sigas, pois assim não perdemos o contato dos poemas que saem da alma...
    Ótima semana para tí e para os seus

    Fiquei muito feliz com sua visita em meu blog...
    Preciosa Maria

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  30. Os seus poemas
    são como que
    oásis no deserto
    Belos, deliciosos...
    necessários
    a quem procura
    algum conforto
    ou mesmo um abrigo
    no indizível
    "...ardem palavras de sonho..."
    mas nunca
    os sonhos sentidos
    perto das cabeleiras
    desse lume!!!...

    princesa

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  31. a seda das palavras é um tecido apetecível ao olhar... beijinhos*

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  32. assim vou (des)tecendo o poema em claridades que se me ofuscam



    .
    um beijo

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