Tinhas um quase deus escondido
no oráculo das mãos
todos os azuis descompassados
à hora incerta das marés
e foi assim que acordaste
sentada no cais
a celebrar o único barco
que se fez ao mar
para te prender ao voo dos pássaros
e foi assim que soletraste
os miríficos relâmpagos
floriste em concha
soltaste areias por entre os dedos
até o vento desgrenhado
te afagar as tempestades
Tudo é possível, quando o poeta é vento e mar...
ResponderEliminarMuito bom!
Abraço
Belíssimo!
ResponderEliminarUm abraço
fiquei ali no cais,
ResponderEliminarolhando nas marés tuas palavras
deitadas sobre as ondas do mar...
Belo !
Beijinhos
[quantas as margens do mar, para que todo o vento aconteça? quantas as praias, onde o voo se adormeça? tantas, possibilidades, tantas]
ResponderEliminarum imenso abraço,
Leonardo B.
"até o vento desgrenhado
ResponderEliminarte afagar as tempestades"
É belo de ler e de ouvir...
Mas diz-me poeta:
Quando será que tal vento
repetirá esse afagar
em suas serenas bonanças?
E é sempre assim que eu fico, aqui...
ResponderEliminarcomo num cais, a celebrar o último barco.
Um beijinho
Belísssimo! Um poema de amor e liberdade.
ResponderEliminarUm beijo, amigo.
quando, de intemporais, as tempestades se tornam bonanças.
ResponderEliminarEm tempos de regresso, uma visita para constatar mais um bonito poema, com o mar sempre presente.
ResponderEliminarBeijos
Como sºao belos os azuis descompassdos...
ResponderEliminarFica bem.
Palavras para quê?
ResponderEliminarAbraço
... lê-se de um ritmado fôlego com o coração (oráculo) nas mãos e pedindo mais tempestades destas.
ResponderEliminarAdorei esse «vento desgrenhado que afaga tempestades».
ResponderEliminarbjs
Esta imagem, a do vento desgrenhado, é magnífica. Verdadeiramente estimulante da nossa capacidade imagética. Antecipo lembrar-me dela em dias (ou noites) de ventania.
ResponderEliminarObrigada e um abraço!
PS: Obrigada pelo comentário que deixou a propósito do "Elogio del Horizonte". Um verdadeiro poema em três versos, devo dizê-lo.
O quanto gosto destes trabalhos, tão despojados de artificialismos.
ResponderEliminarMeu bom amigo, os seus poemas são ventos alísios aos sentidos de quem o lê. Fazem acreditar no lado bom, generoso, do ser humano.
Abraço saudoso
Mel
Belo.
ResponderEliminarA imagem bafejada do vento foi muito bem escolhida.
O vento arrasta a espuma do
mar
em concha florescem as algas.
Abraço. :)
Encantadora a harmonia que atravessa a desordem...
ResponderEliminar[gosto sempre deste travo a tranquilidade!]
Um abraço
*
ResponderEliminardesgrenhado,
fiquei ao ler este poema,
e sem vento . . .
,
conchinhas,
,
*
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ResponderEliminar...bonito!
" tinhas um quase deus escondido no oráculo das mãos..."
Beijos de luz e o meu carinho!
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A natureza encerra, em si mesma, a sabedoria dos melhores antídotos.
ResponderEliminarUm abraço.
na simplicidade despojada de um poema a mestria pura das palavras.
ResponderEliminarPerfeito!
Olá,
ResponderEliminargostei muito - e o vento desgrenhado disse-me: temos poeta!
;0)
Muito bonito!
Beijinhos de sol*
O amor nasce de um beijo, cresce de um sorriso, alimenta-se de um carinho e ressuscita de um perdão."
ResponderEliminarUma boa semana
Bjs com carinho
E foi assim que se fez um tempo e um momento singular em que o desalinho era afinal a vida toda a acontecer.
ResponderEliminarMuito bonito, tal como os outros de que estou a gostar imenso.
Obrigada,
Branca
Os elementos como forma de realçar ...
ResponderEliminar"até o vento desgrenhado
te afagar as tempestades"
:)))
Há sereias assim, apaixonadas e musas inspiradoras!
ResponderEliminarAbraço
Um canto à ousadia de ser, de se cumprir como destino...
ResponderEliminarBelo!
Abraço
Poesia "desgrenhante" e desconcertante...
ResponderEliminarOlá Eufrázio, também a mim me trouxeram os ventos, a este cais seguro de poesia azul.
ResponderEliminarGosto muito desta imagem que deixas
"e foi assim que acordaste
sentada no cais
a celebrar o único barco
que se fez ao mar
para te prender ao voo dos pássaros."
Magnifica.
Um abraço.
Retribuo a visita ao meu blogue, e como gostei do que li aqui, fiquei;)
ResponderEliminarUm poema intenso,cheio de azul e mar
beijinhos
os ventos desgrenhados amaciam os incêndios...
ResponderEliminarabraços
Ali sentada, depois de sabido o único barco, quando o mar parecer chama, o vento virá e o teu cabelo será seda de novo.
ResponderEliminarTão bonito, Poeta.
Aragem com sabor a maresia...
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