quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AS PRIMEIRAS CHUVAS



Desponta Setembro
neste jardim de desassossegos

outros céus
pássaros
e cores

mas só nos teus braços
em flor adormecem
as primeiras chuvas

vicejam ainda tímidos
os relâmpagos
à sombra das romãs

e já é tanto


36 comentários:

  1. Nas tuas mãos
    estrelas brilhantes e fugazes
    E no teu olhar
    um cheiro a terra molhada

    Beijo.

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  2. Alguns poemas
    não se comentam
    Saboreiam-se
    Toma-se o doce
    das palavras,
    uma a uma
    como bagas,
    enquanto as romãs amadurecem,
    após as primeiras chuvas de Setembro

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  3. Pois que venham as marés vivas de Setembro, mas não as chuvas...

    Tudo de bom.

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  4. "chove, a noite cai sobre mim...
    e eu tão só, tão só para amar..."

    Antes das tuas palavras foi a música que me ocorreu hoje várias vezes...
    (conjunto de Joãao Paulo ou Quinteto Académico)

    Coisas..
    Beijos

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  5. Meu querido Poeta
    Os seus poemas são lidos nas entrelinhas, dizem tanto.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  6. Estimado amigo,

    Hoje quando me assomei ao terraço virado a Sul e donde as margens do Tejo, fronteiriças, revelam contornos de terras de além-tejo, abençoei as primeiras chuvas que lavaram os ares e os deixaram assim, líquidos, transparentes. Dei-me conta dos cheiros subidos das minhas glícinias, da beleza malva dos seus cachos, das folhas luzidias das nespereiras...

    Fora eu poeta, Eufrázio, e faria, de tudo quanto vi, poesia.

    Fê-la o senhor, esta que, agradecida leio, porque a partilha - "e já é tanto".

    Obrigada, Eufrázio. Bem-haja.
    Abraço
    Mel

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  7. As estações passam, mas há sempre algo que nos prende, que nos toca, que nos preenche...
    Gostei muito do poema.

    Abraço

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  8. Poeta,
    Alma telúrica nos versos da natureza molhada...lindos versos.
    Um abraço,
    Genny

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  9. O cheiro da terra humedecida; o canto feliz das aves; o fulgor dos teus versos!

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  10. Perpassa a nostalgia no sonho de uma palavra de poeta.
    Lindo.
    Bj.

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  11. E eu que desgosto da chuva, que não do poema!
    Abraço

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  12. "As primeiras chuvas"
    anunciam-nos
    a chegada de
    novas cores
    novos sons
    novas luzes
    que rasgam céus
    e corações
    em cada quotidiano
    de qualquer leitor assíduo
    dos seus poemas.

    Felicidades!!!... Muitas!!!...
    Que continue a deliciar
    quem no seu "mar"
    costuma velejar!

    princesa

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  13. Belíssimo poema, caro amigo.
    Um mês de transição, onde as flores e a chuva coabitam.
    Abraço.

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  14. Setembrando em palavras liquidas.
    Belíssimo!
    Abraço

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  15. Quando "tão pouco" é tanto, vale a pena ser Setembro!
    Abraço

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  16. Num Jardim de desassossegos

    com cheiro a terra molhada...

    Tanto que se lê nas entrelinhas!

    Belíssimo!

    Beijo.

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  17. *
    um belo poema,
    ,
    chove na eira,
    lavando o restolho,
    laivos do estio,
    dissipam-se
    nos desabraços do verão !
    ,
    saudações, ficam,
    ,
    *

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  18. Chegaram as primeiras chuvas e são verdes os abraços com que se urdem os desejos...
    Um beijo, Amigo.

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  19. Nos braços certos, o pouco adquire contornos de incomensurável. E que melhor escolha para ilustrar 'jardins e cores' senão Klimt?

    'E é tanto'...

    Obrigada.

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  20. Cheira a Outono na cor das romãs.
    Sente-se o aconchego da chuva dormindo.
    Vêem-se outros céus, ouvem-se outros pássaros...
    Sabe a Setembro! "e já é tanto"

    Mais um poema que convoca todos os sentidos e por isso mesmo absorvente.

    Um beijo

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  21. Muito interesante este sentir na entrada de Setembro, a proximidadde do Outono, no entanto o Verão ainda à porta.

    Belísimo poema.
    Beijos
    Branca

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  22. cheiro a terra molhada. intenso...
    como húmus. e semente...

    abraço, Poeta

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  23. A brisa do encontro e o matar a saudade dos cheiros e sabores quentes!Belo o poema!

    Abraço

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  24. Abençoados aqueles que, em meio às chuvas e desassossegos, encontram braços de conforto.

    Abraço!

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  25. e ler nunca é demais. um beijinho, eufrázio.

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  26. É tanto, de facto!
    Melhor ainda à sombra das romãs, perdão à sombra destas palavras.

    :))))

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  27. Um prenúncio de acalmia, ou de um outro desassossego. Entretanto..."já é tanto"!

    Abraço, Poeta.

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  28. elegia do pouco que é tanto.... Gostei muito.
    Abraço

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