Quando na limpidez dos silêncios
esculpida no espaço
dançaste em pontas
num palco de areias
por sobre as videiras
mais leve que o vento
eterna por um instante
despida de tudo
neste mar de terra arada
eu já tinha a tua sombra
projectada num lençol de linho
só me faltava a luz em arco
construir pontes
para não ferir as águas
Eu já tinha a tua sombra
quando em silêncio
as escarpas vindimadas
te colheram em pleno voo
livre
musical
num sonho de mãos inteiras
flores azuis e uvas maduras
nas paredes da casa
onde se deitam os meus olhos
Só faltas tu imensa
breve seara
E nada faltava, o desejar já a trazia em braços de vento, numa vela rasgada por vendavais, mas a tempo de chegar ao porto, que abraço a recebeu....
ResponderEliminar...perdão andei a navegar nos meus devaneios, beijos amado.
Palvras doces cheias de música...
ResponderEliminarBeijo
:)9
tão belo e musical, pleno de imagens delicadas e sensoriais como o amor já sonhado, antecipado, em espera.
ResponderEliminarabraço.
Sei poeta
ResponderEliminarTens tudo
(os poetas têm esse dom)
E tal como viste a sua sombra
ela te será presente
Imensa e madura
Mesmo que breve
Que diabo!, este encheu-me as medidas!
ResponderEliminarAbraço
Fisgou-me bela beleza: sonho de mãos inteiras, bonitoooo...
ResponderEliminarBeijos
Mar Arável,
ResponderEliminarA musicalidade deste poema,
a sugestão das cores,
a dança em pontas,
a fragrância das flores
misturadas com as uvas,
num sensual jogo de amor,
o voo livre do vazio
onde a seara permanece
em silêncio.
------- é belo.
Vindimamos todas as searas
ResponderEliminara partir de amanhã
na Festa que é nossa!
Beijo.
Palavras que são também pintura. Esboço que 'projecta' a imagem por vir... em aberto e pleno de movimento, inebriante no exercício de segui-lo. E quando termina, também nós ficamos em suspenso.
ResponderEliminarMeu querido Poeta
ResponderEliminarNos braços da madrugada e nas asas do vento, os nossos sonhos voam.
mais leve que o vento
eterna por um instante
despida de tudo
Apenas maravilhoso.
beijinhos
Sonhadora
Breve e vermelha na polpa dos dedos.
ResponderEliminarSacie sua alma e suas palavras !!!
ResponderEliminarBjs
Mas que posso eu dizer?!
ResponderEliminarAbraço.
O amor é uma imensa seara e contudo breve.
ResponderEliminar"... eu já tinha a tua sombra
ResponderEliminarprojectada num lençol de linho..." - depois, tempo de colheitas?!...
Abs
A antecipação é metade do prazer...
ResponderEliminarAbraço.
Seara Vermelha se chamou a primeira UCP, ali para os lados da vila morena.
ResponderEliminarAbraço
Adorei as palavras aqui escritas... tão profundas e carregadas de sensibilidade.
ResponderEliminarQUICAS
ResponderEliminarComo eu gostaria de responder
à sua inquietação
Abraço
Leio-o, estimado Eufrázio, em linhas longas de silêncio, profunda admiração, quão infinitamente belos são os seus trabalhos.
ResponderEliminarE falta-me que lhe dizer que não seja: bem-haja.
Abraço maior,
Mel
Palavras de música em pauta sutenida de sentir.
ResponderEliminarBelo
Bj.
... depende das searas, sem dúvida, poder haver colheitas! Mas, também, das mãos que acariciam e ceifam, quando não são ceifadas!
ResponderEliminarAbraço
Fiquei suspensa na leitura deste
ResponderEliminarESPLÊNDIDO poema!
Existem momentos como este... que faltam as palavras para o resumir.
Um bom fim de semana, na Festa da Nossa Luta!
Beijo.
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ResponderEliminar...bonito! Gosto do seu trabalho...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Sempre uma intensa poesia
ResponderEliminarque brota espontânea como o nosso sentir...
Um abraço
Poesia em ritmo certo, ora lento ora vivo, como se querem todos os actos de amor.
ResponderEliminarUma semana de paz, vim desejar. Na outra casa, lá estarei a espera-lo com o que tenho de melhor pra dar-te,repasso o amor de Deus em palavras que abraçam, bjos no coração.
ResponderEliminarPalavras compassdas de nuances e leituras imensas.
ResponderEliminar:))
Cheira a Setembro...
ResponderEliminarbeijinho*
Sem folego, leio-o e releio-o e sinto sempre na sua poesia, uma brisa imensa que me torna mais leve.
ResponderEliminarUm beijinho e obrigada, sempre!
terminadas as férias ,e o tempo de "jibóiar" ,retomo a leitura diária dos blogues do meu contentamento .nem sempre comento ( como sabes ) mas todos os dias retenho algo novo ....
ResponderEliminar...e ,mais uma vez ,sem engano ,perco.me nas leituras que deixei "penduradas" ,mas que não posso nem quero perder
( presente! )
.
um beijo
Eis um outro modo de dizer saudade.
ResponderEliminar~CC~
*
ResponderEliminardurável seara,
vermelha, a cor,
milho-rei, do meu olhar !
,
Abraço,
,
*
Li e reli e senti o conteúdo vasto, imenso, os sonhos, os afectos e a força de todo este momento de criação.
ResponderEliminarPoema muito forte e bonito.
Parabéns.
Beijos
Branca
Sublime
ResponderEliminareste seu poema!
À medida que nos deliciamos
com as palavras
que o compõem
vamos visualizando
e apreciando
uma tela lindíssima.
A cada pincelada
destaca-se
a beleza
das cores
de cada movimento
do ritmo
da sensualidade
do "sonho acordado"
da arte!...
...
princesa
searas breves. as que incendeiam...
ResponderEliminarabraço
Caro Eufrázio;
ResponderEliminarUm poema admirável, ENORME.
Gostei bastante.
Um forte abraço.