SEM MUROS NEM AMOS
Tinhas um nome secreto
para acordar os pássaros
mas deixavas cair um sinal
muito antes dos barcos ancorarem
lá onde costumo pegar ao colo
os poemas e partias
No domínio dos silêncios interditos
desvendavam-se as escarpas
quando florias sem muros nem amos
no chão do Inverno
lá onde desmorono as arestas das palavras
só para te ver chegar e partir
tão secreta que nem eu sei
como envelhecemos assim
inscritos na rasgada escarpa
onde demorados
ainda hoje
dormem os pássaros
Benditas as escarpas que dificultem a progressão do mau...
ResponderEliminarLindo poema...adorei.
ResponderEliminarBeijinhos
Sonhadora
Há sempre um tempo para deixar escorrer os poemas pelos dedos. E para ver partir e chegar. Será este o tempo... apesar dos pássaros adormecidos.
ResponderEliminarBeijos.
Um mundo de poesia a tua:
ResponderEliminar"como envelhecemos assim
inscritos na rasgada escarpa
onde demorados
ainda hoje
dormem os pássaros"
Minha vénia,
Bjs
Maria
Viajei nos seus versos... Obrigada...
ResponderEliminarBelo poema de amor, capaz de, enfim, acordar os pássaros desse demorado sono... quem sabe!
ResponderEliminarUm abraço
Comecei pelo encantamento que a imagem me transmitiu em termos de serenidade... e deixei-me embalar na grande mensagem que o poema me ofereceu e revelou.
ResponderEliminarNão podia ter tido hoje melhor conforto espiritual do que este belo post, de que agradeço a publicação.
Simplesmente Lindo! E não costumo usar muito este vocábulo; mas tenho também a minha escarpa!... e a linguagem adequada na cumplicidade com os pássaros, tendo aprendido ao voar com eles!
Abraço
César Ramos
belíssimo o poema...traçado a régua e compasso na tua arejada escarpa.
ResponderEliminarabraço,
Véu de Maya
Os pássaros dormem enquanto a poesia voa.
ResponderEliminarBelíssimo.
Ainda há homens e mulheres que são como os pássaros, sem muros nem amarras.
ResponderEliminarAbraço
E fico, no dominio dos silêncios... porque é aí que as suas palavras, poeta, tomam a sua verdadeira dimensão.
ResponderEliminarGrata por tão bela partilha
Sem muros, nem amos...
ResponderEliminarNem amarras a impedir as palavras. Ainda bem.
Bjo
amigo amigo amigo.
ResponderEliminarsem escarpas.
sem arestas.
vivos no tempo.
gosto tanto de vir aqui.....sempre.
... passamos a vida a chegar e a partir, até começarmos a entardecer, que que ainda lá dormem os pássaros!
ResponderEliminarPerdoa entrar sem ter batido à porta, entrei pela Virginia e ela abriu-ma, fervia de curiosidade e espreitei! :)
Excelente poesia, suave e terna, mas com mensagem bem poderosa.
Abraço.
Escarpas que rasgam a terra, que nao queremos adormecida!
ResponderEliminarsempre encanto!
Bj
palavras encrustadas. como sal-gema. no corpo do poema. e no voo planado dos pássaros.
ResponderEliminarínspiradíssimo Poema.
abraço,caro Amigo.
É um belíssimo poema para este dia da poesia!
ResponderEliminarUm abraço, ótima semana
Silêncios interditos nunca são os que povoam os teus belissimos poema.
ResponderEliminarboa semana.
Várias vezes tento deixar no seu espaço um comentário e raramente o consigo, ainda não compreendi bem porquê.
ResponderEliminarGosto imenso da sua poesia.
Isto é absolutamente sincero.
Da muita poesia de blogs que temos a felicidade de aceder existem cerca de 4/5 pessoas de cuja leitura não prescindo e é sempre um deleite fazê-la.
Este Mar é um dos dedos dessa mão que se sabe mágica no embalo das palavras com que acaricia a escrita.
Até já Mar, até já, por favor ...
e os poemas permanecem belos
ResponderEliminarcomo o sono dos pássaros
como a sua secreta floração
Como se as palavras se tivessem escrito a elas próprias e fosse o poema a pegar-nos ao colo...
ResponderEliminarUm beijo
sublime encanto de versos
ResponderEliminarSaudações
eu também gostava de ter um nome assim... beijinho grande, eufrázio*
ResponderEliminarviste na madrugada dos pássaros
ResponderEliminarquando um barco
ainda gemia o espanto da lua.
deixavas-me o orvalho dos trevos
e a promessa de um nome.
depois partias
anónima
na incerteza das águas.
_____ beijo Eufrázio
de um lugar onde os barcos ancoram
Belíssimo.
ResponderEliminarBeijinho*
Eufrázio,
ResponderEliminara sua poesia, de que sou profundamente admiradora, aliás como já tive o prazer de lho manifestar, nunca deixa de me causar espanto pela simultânea delicadeza e robustez que emana.
Sinceros parabéns pelo eu-lírico que o habita, estimado Eufrázio.
Perdõe se não venho mais vezes, mas, sou-lhe sincera, lendo, faltam-me atributos ao que leio e, dizer "gostei, que lindo", não é o meu jeito :)
Fica um fraterno e grato abraço
da Mel
Eu gosto de palavras brincadas.
ResponderEliminarGosto de poemas
Gosto de aqui vir.
:)))
Bonito poema,
ResponderEliminaracompanhado duma bela foto...
gostei
Beijos
Um poema com a marca dos eleitos que sabem burilar a poética.
ResponderEliminarTalvez pássaros não envelheçam em essências....
ResponderEliminarE tu , sempre encontrará algo entre muros.
Pois que tens também uma essência muito bela.
Podemos encontrar flores em chão de inverno se as soubermos cultivar e cuidar...
ResponderEliminarBoa poesia!
Beijos
A paixão e a liberdade sublimada no incessante voo dos passaros.
ResponderEliminarExcelente.
Um abraço
(Em nome do Sam, da Eva, do Miguel e do meu, estás convidado a visitar A Voz das Palavras.
Aparece)
Amigo...Lindo demais este teu poema!
ResponderEliminarAdorei cada um, e o todo dos versos que o compõem .
PARABÉNS!
Beijo,
Margusta
Imagens muito belas, neste teu poema:))
ResponderEliminar*
ResponderEliminarpoema arável
em lavradas palavras,
,
parabéns,
,
conchinhas,
*
Muito bom. Gostei muito.
ResponderEliminarAbraço
Um poema sem muros, sem escarpas, sem palavras interditas.
ResponderEliminarFantástico!
Um beijo, amigo.
se isso não é a verdadeira poesia, então, não sei o nome. bravo!
ResponderEliminarmeu carinho,
anderson fabiano
ps: espero por você no meu novo espaço:
letras-profanas.blogspot.com
Adorei o seu poema, esse domínio de silêncios interditos, sem muros nem amos.
ResponderEliminarum beijo
Os pássaros do amor sempre cantam, mesmo quando os julgamos adormecidos.
ResponderEliminarAbraços.
Ah como gostei!
ResponderEliminarUm beijo.
Aplausos.
ResponderEliminarParece-me estar a ouvir Eugénio de Andrade.
Abs.
Fiquei presa nesse escorregar de poesia e imagem de barro fresco...
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