quinta-feira, 4 de março de 2010

NO DECLIVE DOS TEUS OLHOS

                                                                               RENOIR



Nos dias que se repetem desiguais
chovias inteira

Há dias assim
a gotejarem sílaba a sílaba
no mais íntimo do corpo

exactamente o que sobra de um traço
onde tento decifrar
porque se desmorona a água
em pleno vôo
e a chuva cai

mesmo quando flui
no declive dos teus olhos

41 comentários:

  1. Muito bom.
    O olhar liquido das Palavras.
    Um abraço

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  2. São lágrimas...

    Belas como sempre
    as cascatas das palavras tuas...

    Beijo
    :))

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  3. Felizmente que ainda há dias se repetem desiguais !!

    gostei do seu poema.

    bj

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  4. Há dias assim... em que ler-te é um lavar da alma. Lindo!


    Beijo meu.

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  5. Belo.

    Chove tanto lá fora, como aqui poesia...

    Um abraço :)

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  6. Sempre surpreendente este encontro com os teus poemas.
    Imagens poeticamente deliciosas e belas.

    Beijo

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  7. assim lavamos os silêncio...belíssimo em dias que se repetem desiguais
    Bom fim de semana!
    beijinho
    tb

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  8. Há dias assim, repetidos desiguais...
    - talvez porque "chovias inteira"!
    Um abraço

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  9. Poesia líquida, que se sorve nos poros, necessariamente.

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  10. declivo-me. nesta declinação. que em si é sempre alta inclinação.



    o meu abraço.


    sempre.


    amigo.






    (imf)

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  11. dias, sílabas, corpos, chuvas... e tudo, bem diante de teus olhos...
    meu carinho,
    anderson fabiano

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  12. Se toda a chuva fosse clara e sentida como este teu poema, bons seriam estes dias.

    Abraço.

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  13. No declive das marés há sempre um traço onde a chuva flui e as sílabas gotejam...

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  14. Glosando Augusto Abelaira, eis um poema magnífico, escrito na água.

    Saudações

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  15. Belíssimo momento poético. parabéns.
    FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
    Saudações Florestais !

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  16. ... o JPD tirou-me o chapéu de chuva da mão, que é como quem diz, a palavra da boca: um poema escrito na água da chuva, em tempo do nosso descontentamento. Valham-nos as tuas letras.

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  17. Gostei deste mar de lágrimas evaporadas em chuva.

    Um encanto ler-te.

    Beijos

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  18. poema de humanidade líquida...
    terno e belo.

    poema enorme.

    abraço, meu caro Poeta.

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  19. :) muito bonito, eufrázio. um grande beijinho.

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  20. Parabéns pela beleza da imagem desenhada nas formas das palavras.

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  21. A tua poesia é admirável, mas aqui te ultrapassaste.

    Fica bem.

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  22. "Há dias assim a gotejarem sílaba a sílaba"... poemas que nos enchem a alma.

    Um beijo

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  23. "Dias que se repetem desiguais" - no fluir das palavras simples e intensas.
    Um abraço
    Chris

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  24. belos os olhos
    em desfiladeiro de tristezas

    o corpo mais denso da água
    indecifradamente
    no movimento dos dias

    ___ beijos Eufrázio

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  25. "Há dias assim
    a gotejarem sílaba a sílaba
    no mais íntimo do corpo".
    A água reclamando a sede...
    Um beijo.

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  26. __________________________________

    ...águas que lavam a Natureza e purificam a alma...


    Bonito o seu poema!


    Beijos de luz e o meu carinho...

    ________________________________

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  27. Hummm... Isto é para ler e reler.
    Abração.

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  28. São as marés do coração....liquefeitas gotas de sangue....lindo!

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  29. Mar...., bom dia!
    Vim te ver e me adoçar na poesia do teu chover de sentires.
    Me encanto, aqui.

    Beijo

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