óleo de SVETLANA NOVIKOVA
A noite carregava
a sua própria sombra
mas nós carregávamos uma noite
que não era a nossa
quando uma luz de sal
despontou nas paredes do cais
para ergueres as pálpebras
e veres claramente
espalhadas no chão dos barcos
o que pareciam ser
as últimas flores do Inverno
Tu sabias
que estavam a medrar
novas marés
quando subiste à gávea
dos barcos ancorados
para confirmar o rosto branco
da madrugada
Tu sabias
que alguém andava
a lavrar desertos
para nascer uma flor
mais vermelha que os teus lábios
Haja poesia tão bela quanto a tua para nos lavar a alma de tanta coisa feia que nos atiram á cara!
ResponderEliminarUm abraço.
... a net fugiu-me e o meu comentário perdeu-se :((( e já não sei repôr as palavras...
ResponderEliminarSenti que tens no coração uma tamanha saudade...., e tens também uma paixão fascinante, para que possa ser comparável a uma imagem como a desse óleo...
O teu poema é de uma beleza incomparável e impressionou-me particularmente a última parte:
"Tu sabias
que alguém andava
a lavrar desertos
para nascer uma flor
mais vermelha que os teus lábios"
Beijo.
Lindo poema!
ResponderEliminarParabéns!
Bj.
Puro como vento forte...Belo.
ResponderEliminarabraço
Amigo,
ResponderEliminar...Belíssimo poema !
Quantas vezes carregamos uma noite que não é nossa...mas...haja sempre essa maravilhosa esperança de que alguém lavra desertos para nascer uma flor...lindo demais!
Adorei também a pintura escolhida.
Um beijo e um dia Feliz!
Margusta
Este poema aqui, quando carrego a noite duma grande decepção envolta em sombras de má-fé que não vi. Eu!
ResponderEliminarUm abraço
Nos lábios da Primavera a tua poesia é vermelha.
ResponderEliminarAbraço
A tua poesia enrola em mim todos os seus arquétipos.
ResponderEliminarÉ no deserto que nascem os feiticeiros da sede. E as feiticeiras também...
ResponderEliminarUm belo poema, amigo.
Beijos.
Entre o poema e a tela... qual deles o mais belo. Lindos!
ResponderEliminarBeijo
Se alguma vez for ao deserto gostava de trazer de lá um cravo vermelho.
ResponderEliminarAbraço
Gostei, poema muito bom. Sensual, como deve ser a poesia, sugestivo, envolvente. Os adjetivos ficam pobres diante da beleza do peoma.
ResponderEliminarAbraços.
:)))
ResponderEliminarQuantos desertos estão á espera, de serem lavrados... quantos jardins de serem plantados..
ResponderEliminarE há tanta gente que não sabe disso...
Um abraço
Amigo, parabéns: por aqui, sempre a "medrar" a magia das palavras sentidas em verso! Mais um belo poema, como sempre!
ResponderEliminarAbraço
*
ResponderEliminarum belo poema,
parabéns !
,
o vermelhão do ocaso,
entra na noite dos sonhos
onde a barca da madrugada
espera o cais da manhã .
,
avermelhadas conchinhas,
ficam,
*
Venturosas as rosas que nascem dos desertos... assim como as palavras...
ResponderEliminarBjos
VIRGÍNIA
ResponderEliminarporque não as rosas
se os cravos existem
vermelhos
Mais vermelhos ainda, Eufrázio... como sangue...
ResponderEliminarBjos :)
que as marés cresçam. e as mulheres de vermelho se ergam. com uma flor nos lábios...
ResponderEliminarabraço, Poeta.
Uma imensa força neste poema,diria para além da força da poesia e da beleza...
ResponderEliminarQuero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
ResponderEliminarNem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa
Um domingo de paz e amor junto aos seus!
abraço
E as flores vermelhas já pululam pelos campos desenhados das madrugadas.
ResponderEliminarAbraços
belo poema, sempre com uma imagética marítima, a anunciar primavera.
ResponderEliminarabraço.
Lavraremos desertos para que uma flor vermelha se apresente. Fá-lo-emos.
ResponderEliminarAbraço, Amigo.
Que seja uma flor vermelha.
ResponderEliminarLinda esta Primavera de palavras...
Beijinho*
a flor
ResponderEliminarrefúgio
último reduto
do verdugo da sede.
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as papoilas aparecem
até nas escarpas mais agrestes
beijo Eufrázio
serão papoilas, senhor!
ResponderEliminarlivre papoilas adejando com o vento que te beijarão os lábios.
as tuas palavras fazem ver uma bela imagem.
um abraço
luísa
Mar Arável
ResponderEliminarEste é um poema feito de poesia. Um poema de amor, de beleza e significado.
Lindo.
Abraço
Que não sejam precisos desertos para que se destaque uma flor...
ResponderEliminarA noite apaga-nos na sombra
ResponderEliminarmas na madrugada se abrem as flores à luz.
Boa Páscoa!
bjos
Lavrando desertos
ResponderEliminarconquista-se a terra,
para que cresçam
todas as flores!
Belo poema, amigo!
Abraço
sempre belas, as tuas palavras, que lavram desertos...
ResponderEliminarum beijo e boa Páscoa
Venho agradecer a tua presença na minha vida e as doces palavras que sempre me diriges.
ResponderEliminarDentro de dias um dos meus blogues faz o 2º aniversário, queria estar pronta para a festa...não sei se terei forças.
Muito próximo da Páscoa, aqui te desejo uma Boa Páscoa.
Estou a regressar muito lentamente, depois de 8 dias de internamento; agora ainda vou ficar mais uns dias de cama mas já em casa. Tem sido muito complicado!
Beijos.
PRECIOSO POEMA!
ResponderEliminarCariños para ti desde Chile.
mar
As tuas palavras iluminam o espaço, como o rosto branco da madrugada...
ResponderEliminarUm abraço e uma excelente Páscoa
Chris
Paixão
ResponderEliminarnas tuas palavras, como sempre ao rubro.
Beijos meus
foi aqui que me apaixonei pelas palavras que te escrevem.
ResponderEliminarjulgo-me (modéstia à parte)ser merecedora de publicar este poema de um poeta que amo, no meu blog.
não peço licença.
aguardo o puxão de orelhas :)
beijo.
podes reclamar do que não gostares, que eu corrijo ou retiro :)**
outro beijo.