René Magritte
Nas minhas veias já fluia um rio
quando julgávamos saber tudo
mas ainda não tinha nascido a primavera
Aconteceste herética solta e doce
no meu cavalo
desobrigada de destinos
Eu sabia que partilhávamos o uivo
quase infinito dos cães
só não sabia se anoiteciam
ou iluminavam as nossas estrelas
Encontrámo-nos estranhos
numa povoação de salivas
e foi assim que partimos
a navegar azinhaga fora
Apanhávamos amoras e papoilas
despojados de tudo
menos da tua voz silvestre
onde um pássaro desconhecido
cantava um rio sem margens
até ficarmos presos nas silvas
Vamos construir um barco?
Que fizeste do meu cavalo
e do uivo dos cães?
Estão a chegar meu amor
Já passei varias vezes por aqui, esta madrugada. Os teus poemas são belos, cheios de metáforas, mensagens muito para além de...
ResponderEliminarNão sei comentar o teu poema.
Sei que é belo, entendo as letras em branco nas entrelinhas, mas não sei dizer... desculpa.
Beijo.
Muita paz na tua Pascoa
Deslumbro-me com o teu poetizar.
ResponderEliminarSublime.
Uma BOA PÁSCOA!
Beijos.
belo. Campestre e inocentemente lúcido de construção de vida.
ResponderEliminarcheiro a rosmaninho :)
beijinho
Porque as coisas visíveis podem sempre esconder outras coisas visíveis.
ResponderEliminarUma composição notável: Um poema lindíssimo ao nível de uma pintura magnífica de um grande pintor.
Um abraço Poeta
Sem palavras, simplesmente.
ResponderEliminarAbraço
lindissimo
ResponderEliminarBeijos
Paula
Tanta era a primavera por nascer...
ResponderEliminarBjos
Páscoa...
ResponderEliminarÉ ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...
somos melhores do que fomos ontem.
Feliz Páscoa!
Um abraço
Construir um barco com as palavras do silêncio.
ResponderEliminarBelíssimo!
Um beijo e uma Páscoa com Amor.
Adorei o seu poema.
ResponderEliminaruma Páscoa muito Feliz.
bjs
este poema é já um barco em construção. um grande beijinho e boa páscoa!
ResponderEliminarUau!
ResponderEliminarfazia tempo que eu não te visitava!
Que belo poema!
Um abraço!
Inês.
O amor em ritmo de écloga!Contudo, perturbante.
ResponderEliminarbelo...
ResponderEliminarPáscoa feliz.alegria...felicidade...amor. poesia e chocolates, se gostas.
abraço,
Véu de Maya
*
ResponderEliminara Primavera
desobriga os destinos
que se renovam
entre amoras e papoilas !
,
amendoadas conchinhas,
,
*
Muito elegante, esbelto, este seu poema!
ResponderEliminarUm abraço
Soltar-se-ão das silvas e aguardarão os barcos presos ainda nas ramadas altas.
ResponderEliminarLindooo!
Um fim que é um começo, e o poema poderia continuar e continuar...Gostei! :)
ResponderEliminar~CC~
PS. Peço desculpa, mas da última vez e sem saber como, apaguei o seu comentário...não o consegui recuperar.
presa de uma emboscada das águas
ResponderEliminarsurgiste com boca de amoras
e um canto de mel a desabrigar a primavera.
*
e tudo pode acontecer quando se canta um rio sem margens
lindo!muito, Eufrázio.
um beijo
Lindíssimo e cheio de imagens que saltam do texto.
ResponderEliminarUm barco é sempre bom quando há vida em sopro.
Beijomeu
Sim... é muito belo, e encontro-lhe sempre um encanto novo, de cada vez que o releio.
ResponderEliminarBeijo, noite feliz
Excelente!
ResponderEliminarUm barco, um rumo, uma comunhão...
Um abraço.
(Eis uma visita inesquecível!)
E tudo é tanto por descobrir, até transformarmos as verdades em segredos...
ResponderEliminarLindíssimo....
MUY HERMOSO POEMA.
ResponderEliminarMis cariños para ti.
mar
Inesgotável fonte, onde sacio a minha sede de ler boa poesia.
ResponderEliminarCito:
"Apanhávamos amoras e papoilas
despojados de tudo
menos da tua voz silvestre
onde um pássaro desconhecido
cantava um rio sem margens
até ficarmos presos nas silvas"
Versos feitos imagens na minha memória.
Beijos.
Os poemas deste Mar são barcos nos quais é possível navegar. E perante o roubo dos sonhos, que todos os dias vemos ouvimos e lemos, a poesia é a grande respiração.
ResponderEliminarAbraço
LFM
Que te posso dizer que não tenha dito já?!
ResponderEliminarUm abraço.
viajei num amor bucólico (será?)... foi onde andei e gostei!
ResponderEliminarum abraço
luísa
Lindo!
ResponderEliminar"Vamos construir um barco?"
Obrigada por todas as palavras desse imenso Mar...
Um abraço