Ver-te assim tão indecifrável
nos contornos e nas arestas
ancorada nas marés
em chama viva
a entrar pela casa vazia
sem desistires do silêncio
a resistir mesmo quando doem
os passos e as pontes
fez-me pedir ajuda
a um cântaro de água fresca
às pedras que cantam e tropeçam
nos pés das videiras
Foi assim que nos despimos
e vindimámos
para os barcos cumprirem
o seu efémero destino
As uvas morreram nas tuas mãos
mas o pão cresceu nas nossas bocas
Adorei! Belo, muito belo! Beijos.
ResponderEliminarBelo! O pão do amor.
ResponderEliminarUm abraço daqui
Belíssimo!
ResponderEliminarUm adeus, onde abre-se mão dos sonhos, para ficar com "o pão nosso de cada dia"?
ResponderEliminarÉ... a morte é um efémero destino. E casa sempre será vazia, as uvas sempre morrerão e o pão azedará nas nossas bocas.
Adoro viajar nos seus versos! :)
bjs
Olá, querido flaneur...
ResponderEliminarBelo poema, lembrou-me um amor que tenho...
Beijos.
Resta ainda o vinho, enebriante, da poesia!
ResponderEliminarO amor é assim forte como este poema.
ResponderEliminar"O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova."
ResponderEliminarMiguel Torga.
............
Belo!
Bj.
- Então Eros? Isso avança ou precisas de ajuda cá do rapaz?
ResponderEliminar- Ao largo Dionísio! Não manches de carrascão, a alva toalha onde dividimos as vitualhas do nosso puro amor.
- Não te amofines Eros! Já não está cá quem falou que vou pregar para outra freguesia...
Eufrázio,
ResponderEliminarLi e senti este lindíssimo poema, como sendo a parte II do 'a casa vazia' ...
É bela a sua escrita.
um abraço e um sorriso :)
mariam
e dessa vindima, a criação
ResponderEliminarQue belo. E se não passearam depois sobre as vinhas vindimadas é porque outros pães foram mais importantes nas vossas bocas. O meu bravo para a sua poesia meu caro Eufrázio.
ResponderEliminar...como só os poetas o dizem.
ResponderEliminarBeijos, boa semanita de ainda verão.
Meu amigo, considero este um dos mais bonitos poemas que nos ofereceste até hoje!
ResponderEliminarUm grande abraço.
Para cada morte, um renascimento porque tudo é efémero.
ResponderEliminarAssim se vindimam palavras intensas, providas de sentido.
ResponderEliminarbj
Chris
"As uvas morreram nas tuas mãos
ResponderEliminarmas o pão cresceu nas nossas bocas".
Lindos versos. Bela construção poética, Eufrázio.
Obrigada pela visita ao Novidades & Velharias. Navegarei mais vezes pelas águas de seu espaço.
Abraço caloroso,
H.F.
Grandiosa vindima!
ResponderEliminarBjs
ancorados nas marés
ResponderEliminarsomos espuma
mas saciamos as areias
onde cumprimos destinos.
das uvas
fica o paladar
a molhar os silêncios
______
das minhas mãos a irreverência das marés
De como o pão pode crescer nas nossas bocas. Muito belo poema.
ResponderEliminarmomentos sublimes. em que a vida se faz poesia...
ResponderEliminar... momentos que os deuses invejam! por tão luminosos.
belíssimo, Poeta!
abraço. forte
Belo poema que no final me soube a beijos com sabor a mosto...
ResponderEliminar:))
"o pão cresceu nas nossas bocas"
ResponderEliminarBelíssimo! contém tudo quanto o sentimento é capaz de pressentir.
Beijos.
Estimado Amigo,
ResponderEliminarSimplesmente belo!
São as palavras que asolam o meu pensamento depois de te ler.
Quem sente assim só pode possuir uma alma especial.
Um especial abraço amigo,
Maria Faia
hum.......
ResponderEliminarQue extraordinário poema !
Sinceros parabéns. É belíssimo.
Mar Arável,
ResponderEliminarque lindo...o pão, as uvas, esse sentimento...voltar aqui é um presente
bela demais - esta forma de poetar uvas e pão
ResponderEliminar.
um beijo
nem sei o que dizer deste poema.
ResponderEliminarQue o senti profundamente é uma tentativa válida.
puro.